A Língua portuguesa em cenários inclusivos: relato de experiências no âmbito do programa investir na capacidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/4864 |
Resumo: | O desiderato da escola inclusiva, equitativa e democrática, bem como o eixo de ação dedicado à educação inclusiva do Quadro Estratégico para a Educação e a Formação para 2020 trazem desafios que se colocam às políticas e práticas educativas corroboradas, também, no Relatório Conjunto da Comissão Europeia e dos Países Membros da União Europeia (2014). A sociedade de conhecimento dificilmente se poderá desligar deste modelo de educação inclusiva, com ela partilhando espaços e tensões que implicam a adaptação de conteúdos curriculares e a (re)criação de instrumentos didáticos. Ainda que o acesso à informação seja mais democrático, rápido e instantâneo, tal inibe o domínio de um assunto com profundidade, bem como a construção de redes de intertextualidades ou de representações mentais. A profundidade, a velocidade, a consistência e a densidade com que se tece o conhecimento e como este se mobiliza são algumas das características apontadas às crianças sobredotadas e talentosas, cujo desempenho e performance poderão ser descritos como extraordinários. Não obstante a prematuridade da investigação no espaço educativo, cabe à escola para todos abrir espaço a crianças precoces e com capacidades acima da média, bem como abrir caminho à reflexão sobre as suas capacidades e talentos. Neste contexto, capitalizar as capacidades das crianças sobredotadas ou talentosas é, também, um objetivo da educação inclusiva. Propomos, nesta comunicação, fazer o relato de experiências levadas a cabo, entre os anos de 2013 e 2015, na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) a partir de uma parceria desenvolvida com um agrupamento de escolas (AEN) do mesmo distrito. Convidada para a operacionalização do Programa Investir na Capacidade (PIC), a participação e envolvimento da ESEV implicaram a conceção e a implementação de um programa de atividades que redimensionam a Língua Portuguesa como espaço de reflexão e como ferramenta para o desenvolvimento da criatividade. A abordagem deste programa de atividades privilegiou o envolvimento dos alunos em tarefas de enriquecimento de conteúdos, pelo acesso a tópicos não abordados no currículo, e pelo facto de se implicarem de forma mais profunda do que a que ocorreria no quotidiano, meta almejada pelo PIC. Tendo como objetivo desenvolver as capacidades de um grupo de alunos do ensino básico, propomo-nos a: a. apresentar as atividades inseridas nos domínios de Criatividade e Comunicação, realizadas com alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos; b. refletir sobre a forma como os alunos desenvolveram as suas capacidades, a partir das diversas dimensões da Língua Portuguesa na resolução de problemas. Como principais resultados evidenciados, salientamos a ampliação do capital lexical nas suas múltiplas dimensões e mobilização para diferentes contextos semântico-pragmáticos; a otimização de estratégias de seleção e organização de informação oral e escrita em diferentes suportes; a exploração e desenvolvimento de estratégias de planificação e o redimensionamento das redes de intertextualidades autorizadas pela exploração estética e semântica de textos de literatura para a infância. |
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