Investimento estrangeiro em acções: determinantes e efeitos nos preços e volatilidade do mercado português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, António Albino Costa
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2935
Resumo: Os fluxos de capitais privados estrangeiros que entram numa economia são, geralmente, classificados em três grandes categorias: investimento directo, investimento de carteira e crédito bancário. Até final da década 1980, nos mercados desenvolvidos e emergentes, o investimento directo e o crédito bancário estrangeiro representavam a maioria dos fluxos que entravam nestas economias. A partir do início da década de 1990, a composição dos fluxos altera-se, passando a posição maioritária para os fluxos de carteira, representando os fluxos em acções uma fracção considerável desta maioria (Ahmed e Gooptu, 1993; Gavin e Haegeli, 1999, López-Mejía, 1999; Tesar, 1999, Perrault, 2002). Este facto traduziu a abertura dos mercados e o progressivo relaxamento das restrições de investimento ao capital estrangeiro e, simultaneamente, o reconhecimento pelos investidores dos benefícios da diversificação internacional de carteiras. A partir do início da década de 1990, o aumento dos fluxos estrangeiros em acções para os mercados emergentes, incluindo Portugal, foi significativo. Os países desenvolvidos iniciaram processos de liberalização dos mercados de capitais a partir do início da década de 1980, passando muitos deles a mercados inteiramente liberalizados a partir de meados desta década. Por sua vez, os mercados emergentes iniciaram processos de liberalização mais tardios; no final da década de 1990, havia ainda alguns mercados que impunham restrições às posições de investimento estrangeiro, sendo a Coreia do Sul um destes casos (Choe, Kho, e Stulz, 1999; Kim e Wei, 2002,a,b). Decorrente do aumento significativo dos fluxos estrangeiros em acções, nalguns mercados os investidores estrangeiros alcançaram posições de investimento significativas, como foi o caso português onde, em meados de 2004, a posição de investimento estrangeiro, englobando os diversos canais de investimento, representava cerca de um terço da capitalização accionista da bolsa portuguesa. O problema de investigação deste trabalho é, pois, a relação entre as aquisições líquidas de acções nacionais pelos investidores estrangeiros e: 1) a rendibilidade e volatilidade do mercado português; 2) os factores de risco económico e financeiro, locais e globais, que as motivam.
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