Prescrição Antibiótica no Ambulatório em Doentes Pediátricos com Patologia Respiratória
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/37186 https://doi.org/Andrade, J., Vasconcelos, P., Campos, J., Camurça, T. Antibiotic Prescribing in Ambulatory Care of Pediatric Patients with Respiratory Infections. Acta Médica Portuguesa. 2019;32(2):101-110. doi:http://dx.doi.org/10.20344/amp.11111 https://doi.org/10.20344/amp.11111 |
Resumo: | Introdução: As infeções do trato respiratório são das patologias que mais frequentemente motivam a prescrição antibiótica em idade pediátrica. Os objetivos deste estudo foram identifiar a frequência e padrão de prescrição de antibacterianos na patologia respiratória. Material e Métodos: Durante dois anos (divididos pela apresentação das normas de orientação clínica), os dados foram obtidos através da consulta de processos clínicos de crianças com patologia respiratória. Utilizaram-se os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher para testar associações entre variáveis, assumindo-se signifiado estatístico quando p < 0,05. Resultados: Realizaram-se 547 consultas (idade média de seis anos ± 5,3, 55% do género masculino). A pesquisa do antigénio do Streptococcus do grupo A na orofaringe foi realizada mais frequentemente por internos de Pediatria (p = 0,005). A radiografi de tórax foi mais pedida pelo especialista de Medicina Geral e Familiar (p = 0,033). Prescreveu-se antibiótico em 87% pneumonias, 84% otites médias agudas, 68% amigdalites, 25% laringites, 17% infeções respiratórias superiores e 16% bronquiolites agudas. O especialista de Medicina Geral e Familiar prescreveu mais antibiótico que o interno de Pediatria na amigdalite aguda (p = 0,003) e na otite média aguda (p = 0,013). O antibiótico mais prescrito foi amoxicilina (61%). Não houve diferenças entre os dois períodos estudados quanto ao número de prescrições e escolha de antibiótico das patologias estudadas. Discussão: A prescrição de antibióticos foi elevada e numa proporção signifiativa a antibioterapia poderia ser ajustada. Realça-se que não houve diferenças na prescrição após a apresentação das normas de orientação clínica. Conclusão: Considera-se necessária uma melhoria da prescrição antibiótica pediátrica no ambulatório. |
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Prescrição Antibiótica no Ambulatório em Doentes Pediátricos com Patologia RespiratóriaAntibiotic Prescribing in Ambulatory Care of Pediatric Patients with Respiratory InfectionsAdolescentAmbulatory CareAmoxicillinAnti-Bacterial AgentsAntibodies, BacterialBronchitisChi-Square DistributionChildChild, PreschoolCommunity-Acquired InfectionsFemaleGeneral PracticeHumansInfantInfant, NewbornInternship and ResidencyMaleOtitis MediaPediatricsPneumoniaProspective StudiesRespiratory Tract InfectionsRetrospective StudiesStreptococcus pyogenesTonsillitisPractice Patterns, Physicians'Introdução: As infeções do trato respiratório são das patologias que mais frequentemente motivam a prescrição antibiótica em idade pediátrica. Os objetivos deste estudo foram identifiar a frequência e padrão de prescrição de antibacterianos na patologia respiratória. Material e Métodos: Durante dois anos (divididos pela apresentação das normas de orientação clínica), os dados foram obtidos através da consulta de processos clínicos de crianças com patologia respiratória. Utilizaram-se os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher para testar associações entre variáveis, assumindo-se signifiado estatístico quando p < 0,05. Resultados: Realizaram-se 547 consultas (idade média de seis anos ± 5,3, 55% do género masculino). A pesquisa do antigénio do Streptococcus do grupo A na orofaringe foi realizada mais frequentemente por internos de Pediatria (p = 0,005). A radiografi de tórax foi mais pedida pelo especialista de Medicina Geral e Familiar (p = 0,033). Prescreveu-se antibiótico em 87% pneumonias, 84% otites médias agudas, 68% amigdalites, 25% laringites, 17% infeções respiratórias superiores e 16% bronquiolites agudas. O especialista de Medicina Geral e Familiar prescreveu mais antibiótico que o interno de Pediatria na amigdalite aguda (p = 0,003) e na otite média aguda (p = 0,013). O antibiótico mais prescrito foi amoxicilina (61%). Não houve diferenças entre os dois períodos estudados quanto ao número de prescrições e escolha de antibiótico das patologias estudadas. Discussão: A prescrição de antibióticos foi elevada e numa proporção signifiativa a antibioterapia poderia ser ajustada. Realça-se que não houve diferenças na prescrição após a apresentação das normas de orientação clínica. Conclusão: Considera-se necessária uma melhoria da prescrição antibiótica pediátrica no ambulatório.Introduction: Respiratory tract infections represent the most frequent conditions in pediatric clinical practice that motivate antibiotic prescribing. The objective was to identify the frequency and pattern of antibacterial prescribing in respiratory diseases. Material and Methods: Over a period of two years (divided by the presentation of the clinical guideline standards) data was collected from clinical records of children with respiratory disease. Chi-square tests or Fisher’s exact test were used to test associations between variables, statistical significance p < 0.05. Results: There were 547 visits (mean age 6 years ± 5.3, 55% male gender). Analysis for Group A Streptococcus of the oropharynx was most frequently requested by pediatric residents (p = 0.005). Chest x-rays were more frequently requested by the Family Physician (p = 0.033). An antibiotic was prescribed in 87% of pneumonias, 84% acute otitis media, 68% acute tonsillitis, 25% laryngitis, 17% upper respiratory infections, 16% acute bronchiolitis. The Family Physician prescribed antibiotics more often than the Pediatrics resident in acute tonsillitis (p = 0.003) and in acute otitis media (p = 0.013). The most frequently prescribed antibiotic was amoxicillin (61%). There were no significant differences between the two periods studied regarding the number of prescriptions and antibiotic choice of the conditions studied. Discussion: Antibiotic prescribing in pediatric acute respiratory infections was high and the choice of antibiotic therapy could be adjusted. We found no difference in antibiotic prescribing after the presentation of the clinical guideline standards. Conclusion: An improvement in the antibiotic prescription in children and adolescents in the outpatient clinic is considered necessary.info:eu-repo/semantics/publishedVersionOrdem dos Médicos2021-07-23T08:25:00Z2021-07-232019-02-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10400.26/37186https://doi.org/Andrade, J., Vasconcelos, P., Campos, J., Camurça, T. Antibiotic Prescribing in Ambulatory Care of Pediatric Patients with Respiratory Infections. Acta Médica Portuguesa. 2019;32(2):101-110. doi:http://dx.doi.org/10.20344/amp.11111http://hdl.handle.net/10400.26/37186https://doi.org/10.20344/amp.11111por1646-0758https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11111http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessAndrade, Joana VerdelhoVasconcelos, PedroCampos, JoanaCamurça, Teresareponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-03T04:39:16Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/37186Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:07:55.852335Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: As infeções do trato respiratório são das patologias que mais frequentemente motivam a prescrição antibiótica em idade pediátrica. Os objetivos deste estudo foram identifiar a frequência e padrão de prescrição de antibacterianos na patologia respiratória. Material e Métodos: Durante dois anos (divididos pela apresentação das normas de orientação clínica), os dados foram obtidos através da consulta de processos clínicos de crianças com patologia respiratória. Utilizaram-se os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher para testar associações entre variáveis, assumindo-se signifiado estatístico quando p < 0,05. Resultados: Realizaram-se 547 consultas (idade média de seis anos ± 5,3, 55% do género masculino). A pesquisa do antigénio do Streptococcus do grupo A na orofaringe foi realizada mais frequentemente por internos de Pediatria (p = 0,005). A radiografi de tórax foi mais pedida pelo especialista de Medicina Geral e Familiar (p = 0,033). Prescreveu-se antibiótico em 87% pneumonias, 84% otites médias agudas, 68% amigdalites, 25% laringites, 17% infeções respiratórias superiores e 16% bronquiolites agudas. O especialista de Medicina Geral e Familiar prescreveu mais antibiótico que o interno de Pediatria na amigdalite aguda (p = 0,003) e na otite média aguda (p = 0,013). O antibiótico mais prescrito foi amoxicilina (61%). Não houve diferenças entre os dois períodos estudados quanto ao número de prescrições e escolha de antibiótico das patologias estudadas. Discussão: A prescrição de antibióticos foi elevada e numa proporção signifiativa a antibioterapia poderia ser ajustada. Realça-se que não houve diferenças na prescrição após a apresentação das normas de orientação clínica. Conclusão: Considera-se necessária uma melhoria da prescrição antibiótica pediátrica no ambulatório. |
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