Padrão de jogo e perturbação de videojogos em adolescentes portugueses : um estudo sobre a vinculação aos pais e aos pares, os estilos educativos parentais e a comunicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ana Margarida Marques
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/44184
Resumo: Introdução: A perturbação de videojogos tem sido objeto de crescente interesse na literatura, associando­se a padrões de vinculação insegura e a estilos educativos parentais autoritários e permissivos. No entanto, há ainda uma lacuna de conhecimento no que concerne à relação da perturbação de videojogos com a comunicação parentofilial, uma das componentes basilares da vinculação aos pais. Em particular, no contexto português, investigações que versem estas temáticas e as suas inter­relações são ainda escassas, permanecendo assim pouco exploradas. Objetivo: O estudo visa a análise do padrão de uso e da perturbação de videojogos, bem como das suas relações com a vinculação aos pais e aos pares, os estilos educativos parentais e a comunicação na parentalidade. Metodologia: A amostra foi constituída por 150 adolescentes portugueses com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos. Para a recolha de dados foi utilizado um Questionário Sociodemográfico e Académico, um Questionário sobre os Padrões de Jogo de Videojogos, a Escala de Transtorno de Videojogos – Versão Reduzida 9, o questionário Pessoas na Minha Vida, a versão portuguesa de heterorrelato do Parenting Styles and Dimensions Questionnaire: Short Version e a Escala de Avaliação da Comunicação na Parentalidade. Resultados: A maioria da amostra apontou a 3ª infância (n = 81, 54.0%), como a idade de início de jogo de videojogos e um tempo de jogo inferior ou igual a 2 horas (n =111, 74.0%), sendo que apenas foram encontrados 2 participantes com índice de perturbação de videojogos (1.3%). Foram encontradas uma associação positiva entre a perturbação de videojogos e a média de horas de jogo, bem como uma associação negativa com a idade de início do jogo. Verificou­se ainda que a perturbação de videojogos está relacionada negativamente com menor qualidade de vinculação aos pais e pares, positivamente com um estilo educativo parental autoritário e negativamente com uma comunicação parento­filial menos disponível, aberta e afetiva. Conclusão: Este estudo oferece uma compreensão aprofundada do comportamento dos adolescentes em relação aos videojogos, contribuindo para o conhecimento da temática no contexto português. Além disso, a identificação dos fatores que se encontram associados à perturbação de videojogos impulsiona a elaboração de programas de remediação e prevenção sobre esta perturbação aditiva.
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spelling Padrão de jogo e perturbação de videojogos em adolescentes portugueses : um estudo sobre a vinculação aos pais e aos pares, os estilos educativos parentais e a comunicaçãoAdolescentesUso de videojogosPerturbação de videojogosComunicação na parentalidadeEstilos educativos parentaisVinculaçãoAdolescentsVideo game usageVideo game disorderCommunication in parentingParenting stylesAttachmentDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaIntrodução: A perturbação de videojogos tem sido objeto de crescente interesse na literatura, associando­se a padrões de vinculação insegura e a estilos educativos parentais autoritários e permissivos. No entanto, há ainda uma lacuna de conhecimento no que concerne à relação da perturbação de videojogos com a comunicação parentofilial, uma das componentes basilares da vinculação aos pais. Em particular, no contexto português, investigações que versem estas temáticas e as suas inter­relações são ainda escassas, permanecendo assim pouco exploradas. Objetivo: O estudo visa a análise do padrão de uso e da perturbação de videojogos, bem como das suas relações com a vinculação aos pais e aos pares, os estilos educativos parentais e a comunicação na parentalidade. Metodologia: A amostra foi constituída por 150 adolescentes portugueses com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos. Para a recolha de dados foi utilizado um Questionário Sociodemográfico e Académico, um Questionário sobre os Padrões de Jogo de Videojogos, a Escala de Transtorno de Videojogos – Versão Reduzida 9, o questionário Pessoas na Minha Vida, a versão portuguesa de heterorrelato do Parenting Styles and Dimensions Questionnaire: Short Version e a Escala de Avaliação da Comunicação na Parentalidade. Resultados: A maioria da amostra apontou a 3ª infância (n = 81, 54.0%), como a idade de início de jogo de videojogos e um tempo de jogo inferior ou igual a 2 horas (n =111, 74.0%), sendo que apenas foram encontrados 2 participantes com índice de perturbação de videojogos (1.3%). Foram encontradas uma associação positiva entre a perturbação de videojogos e a média de horas de jogo, bem como uma associação negativa com a idade de início do jogo. Verificou­se ainda que a perturbação de videojogos está relacionada negativamente com menor qualidade de vinculação aos pais e pares, positivamente com um estilo educativo parental autoritário e negativamente com uma comunicação parento­filial menos disponível, aberta e afetiva. Conclusão: Este estudo oferece uma compreensão aprofundada do comportamento dos adolescentes em relação aos videojogos, contribuindo para o conhecimento da temática no contexto português. Além disso, a identificação dos fatores que se encontram associados à perturbação de videojogos impulsiona a elaboração de programas de remediação e prevenção sobre esta perturbação aditiva.Introduction: Video game addiction has been the subject of increasing interest in the literature, being associated with patterns of insecure attachment and authoritarian and permissive parenting styles. However, there is still a knowledge gap regarding the relationship between video game addiction and parent­child communication, one of the fundamental components of parental attachment. In particular, in the Portuguese context, research on these topics and their interrelationships is still scarce, remaining largely unexplored. Objective: The study aims to analyze the pattern of video game use and addiction, as well as their relationships with attachment to parents and peers, parental parenting styles, and parenting communication. Methodology: The sample consisted of 150 Portuguese adolescents aged between 10 and 19 years. Data collection included a Sociodemographic and Academic Questionnaire, a Video Game Playing Patterns Questionnaire, the Video Game Addiction Scale ­ Short Version 9, the People in My Life Questionnaire, the Portuguese version of the Parenting Styles and Dimensions Questionnaire: Short Version, and the Parenting Communication Assessment Scale. Results: The majority of the sample reported starting video game play during the 3rd childhood (n = 81, 54.0%), with a playtime of less than or equal to 2 hours (n = 111, 74.0%), and only 2 participants were found to have a video game addiction index (1.3%). A positive association was found between video game addiction and the average hours of play, as well as a negative association with the age of starting to play. It was also found that video game addiction is negatively related to lower quality of attachment to parents and peers, positively related to an authoritarian parenting style, and negatively related to less available, open, and affectionate parent­child communication. Conclusion: This study provides an in­depth understanding of adolescent behavior regarding video games, contributing to the knowledge of the topic in the Portuguese context. Furthermore, the identification of factors associated with video game addiction encourages the development of remediation and prevention programs for this addictive disorder.Maia, Berta Maria Marinho RodriguesDias, Paulo César AzevedoVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaRibeiro, Ana Margarida Marques2024-02-232023-102025-03-08T00:00:00Z2024-02-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/44184TID:203539095porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-12T01:39:46Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/44184Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T04:00:23.894969Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução: A perturbação de videojogos tem sido objeto de crescente interesse na literatura, associando­se a padrões de vinculação insegura e a estilos educativos parentais autoritários e permissivos. No entanto, há ainda uma lacuna de conhecimento no que concerne à relação da perturbação de videojogos com a comunicação parentofilial, uma das componentes basilares da vinculação aos pais. Em particular, no contexto português, investigações que versem estas temáticas e as suas inter­relações são ainda escassas, permanecendo assim pouco exploradas. Objetivo: O estudo visa a análise do padrão de uso e da perturbação de videojogos, bem como das suas relações com a vinculação aos pais e aos pares, os estilos educativos parentais e a comunicação na parentalidade. Metodologia: A amostra foi constituída por 150 adolescentes portugueses com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos. Para a recolha de dados foi utilizado um Questionário Sociodemográfico e Académico, um Questionário sobre os Padrões de Jogo de Videojogos, a Escala de Transtorno de Videojogos – Versão Reduzida 9, o questionário Pessoas na Minha Vida, a versão portuguesa de heterorrelato do Parenting Styles and Dimensions Questionnaire: Short Version e a Escala de Avaliação da Comunicação na Parentalidade. Resultados: A maioria da amostra apontou a 3ª infância (n = 81, 54.0%), como a idade de início de jogo de videojogos e um tempo de jogo inferior ou igual a 2 horas (n =111, 74.0%), sendo que apenas foram encontrados 2 participantes com índice de perturbação de videojogos (1.3%). Foram encontradas uma associação positiva entre a perturbação de videojogos e a média de horas de jogo, bem como uma associação negativa com a idade de início do jogo. Verificou­se ainda que a perturbação de videojogos está relacionada negativamente com menor qualidade de vinculação aos pais e pares, positivamente com um estilo educativo parental autoritário e negativamente com uma comunicação parento­filial menos disponível, aberta e afetiva. Conclusão: Este estudo oferece uma compreensão aprofundada do comportamento dos adolescentes em relação aos videojogos, contribuindo para o conhecimento da temática no contexto português. Além disso, a identificação dos fatores que se encontram associados à perturbação de videojogos impulsiona a elaboração de programas de remediação e prevenção sobre esta perturbação aditiva.
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