Mobilidade e comportamentos sexuais de imigrantes originários da África Subsariana residentes no distrito de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/60858 |
Resumo: | A crescente mobilidade de pessoas associada ao processo de globalização tem vindo a colocar novos desafios de saúde pública, nomeadamente na área das infeções sexualmente transmissíveis, na qual os migrantes internacionais têm sido identificados como uma população vulnerável. Verifica-se que as pessoas com origem nos países africanos subsarianos representam uma larga percentagem dos novos casos de VIH na população migrante, a nível global. Sendo Portugal um país tipicamente recetor de migrantes originários da África Subsariana, e perante o aumento da mobilidade populacional, surgiu a necessidade de caracterizar o padrão de mobilidade de migrantes originários da África Subsariana, após a sua chegada a Portugal, avaliando a relação entre a mobilidade e os comportamentos sexuais adotados, objetivo geral da presente tese. Através do método não probabilístico venue-based, selecionaram-se, em Lisboa, 790 migrantes originários da África Subsariana, residentes em Portugal, com vida sexual iniciada e idade igual ou superior a 18 anos. Para responder aos objetivos delineados, seguiu-se um desenho de estudo observacional, analítico e transversal. Partindo de estudos anteriores, que verificaram uma maior adoção de comportamentos sexuais de risco em associação ao ato de viajar, analisou-se a relação entre mobilidade e comportamentos de risco. Sendo a transmissão sexual o principal método de transmissão de VIH entre a população migrante, destacaram-se dois fatores de risco: o uso inconsistente do preservativo e o desconhecimento do estatuto serológico dos parceiros sexuais. Em adição, verificou-se não existir diferença significativa no número de parceiros ocasionais entre os migrantes que viajaram ou não. Contudo, as restantes hipóteses testadas conduzem à necessidade de investigação futura de modo a obter um maior conhecimento sobre fatores específicos da mobilidade, como a motivação dos migrantes para viajaram, após se estabelecerem em Portugal, e a sua perceção do risco para a aquisição e/ou transmissão de infeções sexualmente transmissíveis. Perante as conclusões obtidas impera-se a necessidade de continuar a intervir no seio das comunidades de migrantes, bem como na personalização de cuidados por parte dos profissionais de saúde na prevenção e tratamento, consciencializando e capacitando os migrantes para a adoção de comportamentos promotores de saúde. |
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Sendo Portugal um país tipicamente recetor de migrantes originários da África Subsariana, e perante o aumento da mobilidade populacional, surgiu a necessidade de caracterizar o padrão de mobilidade de migrantes originários da África Subsariana, após a sua chegada a Portugal, avaliando a relação entre a mobilidade e os comportamentos sexuais adotados, objetivo geral da presente tese. Através do método não probabilístico venue-based, selecionaram-se, em Lisboa, 790 migrantes originários da África Subsariana, residentes em Portugal, com vida sexual iniciada e idade igual ou superior a 18 anos. Para responder aos objetivos delineados, seguiu-se um desenho de estudo observacional, analítico e transversal. Partindo de estudos anteriores, que verificaram uma maior adoção de comportamentos sexuais de risco em associação ao ato de viajar, analisou-se a relação entre mobilidade e comportamentos de risco. Sendo a transmissão sexual o principal método de transmissão de VIH entre a população migrante, destacaram-se dois fatores de risco: o uso inconsistente do preservativo e o desconhecimento do estatuto serológico dos parceiros sexuais. Em adição, verificou-se não existir diferença significativa no número de parceiros ocasionais entre os migrantes que viajaram ou não. Contudo, as restantes hipóteses testadas conduzem à necessidade de investigação futura de modo a obter um maior conhecimento sobre fatores específicos da mobilidade, como a motivação dos migrantes para viajaram, após se estabelecerem em Portugal, e a sua perceção do risco para a aquisição e/ou transmissão de infeções sexualmente transmissíveis. Perante as conclusões obtidas impera-se a necessidade de continuar a intervir no seio das comunidades de migrantes, bem como na personalização de cuidados por parte dos profissionais de saúde na prevenção e tratamento, consciencializando e capacitando os migrantes para a adoção de comportamentos promotores de saúde.The increasing mobility of people associated with the globalization process has been posing new public health challenges, particularly in the area of sexually transmitted infections, in which international migrants have been identified as a vulnerable population. People from sub-Saharan African countries represent a large proportion of new HIV cases in the migrant population globally. As Portugal is a country that typically receives migrants from sub-Saharan Africa, and considering the population mobility increase, the need to characterize the mobility pattern of migrants from sub-Saharan Africa after their arrival in Portugal was felt, as well as assessing the relation between mobility and the sexual behaviors adopted, the main objective of this thesis. Through the non-probabilistic venue-based method, 790 migrants from Sub- Saharan Africa, living in Portugal, with their sexual life started and aged 18 years or over, were selected in Lisbon. To follow the objectives outlined, an observational, analytical and cross-sectional study design was followed. Based on previous studies that verified a greater adoption of sexual risk behaviors associated with the act of traveling, the relation between mobility and sexual risk behaviors was analyzed. Since sexual transmission is the main HIV transmission method among the migrant population, two risk factors were highlighted: inconsistent condom use and lack of knowledge of the sexual partners' HIV status. In addition, it was verified that there was no significant difference in the number of casual partners among migrants who traveled or not. Nevertheless, the remaining hypotheses tested led to the need for future research in order to gain a better understanding of mobility-specific factors such as the motivation of migrants to travel after establishing themselves in Portugal, and their risk perception for the acquisition and/or transmission of sexually transmitted infections. In view of the conclusions drawn, there is a need to continue to intervene within migrant communities, as well as continuing the personalization of care by caregivers both for prevention and treatment and making migrants more aware and empowering them to adopt health promoting behaviors.Instituto de Higiene e Medicina TropicalDIAS, SóniaFRONTEIRA, InêsRUNBORGES, Mónica Ferreira2019-02-18T14:46:45Z201920192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/60858TID:202167976porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:28:58Zoai:run.unl.pt:10362/60858Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:33:32.646974Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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