Incidência de úlceras por pressão associadas a dispositivos médicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1656 |
Resumo: | Os cuidados de enfermagem, no que respeita à pessoa em situação crítica, têm vindo a evoluir significativamente ao longo dos tempos. Este facto traduz um aumento de técnicas e intervenções cada vez mais invasivas e procedimentos mais complexos, com o objetivo de otimizar o estado de saúde da pessoa, o que pode ter como consequência o surgimento de úlceras por pressão associadas a dispositivos médicos (UPADM). Estas ocorrem em qualquer pessoa que seja sujeita à aplicação de um dispositivo médico e dependem frequentemente da condição da pessoa e da necessidade dos meios de suporte para assegurar as melhores condições para a recuperação da saúde. O presente estudo foi realizado numa Unidade de Cuidados Intermédios de um Hospital Central da Região Norte, sendo um estudo descritivo – correlacional, que tem com o objetivo de descrever a incidência das UPADM e analisar fatores relacionados com estas. A amostra foi constituída por 134 pessoas com internamento no período de 1 de maio de 2015 a 30 de outubro de 2015. As idades variaram entre os 17 e os 100 anos, com média de 65,13 ± 17,56 anos e mediana 68 anos, predominando o sexo masculino (57,5%). Os diagnósticos mais comuns foram do foro traumático e metabólico e 91,8% das pessoas apresentaram uma ou mais comorbilidades. O tempo de internamento variou entre 0 e 15 dias, com a média de 3,49 ± 2,873 dias. 64,2% das pessoas apresentavam necessidade de posicionamento de 3 em 3 horas e o risco de UP avaliado através da escala de Braden foi maioritariamente alto (60,4%). Na admissão, estavam presentes úlceras por pressão em 11,2% das pessoas internadas. O dispositivo mais utilizado foi o oxímetro (100%), seguido das tubuladuras, catéteres venosos periféricos e adesivos (97,8 %) e do cateter urinário (91,0%). A taxa de incidência de UPADM foi de 11,9%, predominando nas pessoas com máscara de ventilação não invasiva (VNI), seguidas das pessoas com sonda nasogástrica (SNG), não se observando úlceras relacionadas com a utilização de outros dispositivos. O tempo para o surgimento de UPADM nas máscaras de VNI variou entre 1 e 5 dias, com média de 1,86 ± 1,099 dias e nas SNG variou entre 1 e 2 dias, com média de 1,5 ± 0,707 dias. No que respeita às categorias, foram verificadas UPADM de categorias I e II, todas na região do nariz. Observou-se associação entre a presença de UPADM e o foro do diagnóstico de admissão, o tempo de internamento e a avaliação de risco pela Escala de Braden.O desenvolvimento de UPADM tem relação com questões principalmente de ordem clínica. No entanto, cabe ao enfermeiro e ao enfermeiro especialista em enfermagem em pessoa em situação crítica avaliar a pessoa de forma holística estando atento a todas as suas necessidades quando estabelece o risco, planeia, executa e avalia os cuidados de enfermagem e atitudes terapêuticas. |
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O presente estudo foi realizado numa Unidade de Cuidados Intermédios de um Hospital Central da Região Norte, sendo um estudo descritivo – correlacional, que tem com o objetivo de descrever a incidência das UPADM e analisar fatores relacionados com estas. A amostra foi constituída por 134 pessoas com internamento no período de 1 de maio de 2015 a 30 de outubro de 2015. As idades variaram entre os 17 e os 100 anos, com média de 65,13 ± 17,56 anos e mediana 68 anos, predominando o sexo masculino (57,5%). Os diagnósticos mais comuns foram do foro traumático e metabólico e 91,8% das pessoas apresentaram uma ou mais comorbilidades. O tempo de internamento variou entre 0 e 15 dias, com a média de 3,49 ± 2,873 dias. 64,2% das pessoas apresentavam necessidade de posicionamento de 3 em 3 horas e o risco de UP avaliado através da escala de Braden foi maioritariamente alto (60,4%). Na admissão, estavam presentes úlceras por pressão em 11,2% das pessoas internadas. O dispositivo mais utilizado foi o oxímetro (100%), seguido das tubuladuras, catéteres venosos periféricos e adesivos (97,8 %) e do cateter urinário (91,0%). A taxa de incidência de UPADM foi de 11,9%, predominando nas pessoas com máscara de ventilação não invasiva (VNI), seguidas das pessoas com sonda nasogástrica (SNG), não se observando úlceras relacionadas com a utilização de outros dispositivos. O tempo para o surgimento de UPADM nas máscaras de VNI variou entre 1 e 5 dias, com média de 1,86 ± 1,099 dias e nas SNG variou entre 1 e 2 dias, com média de 1,5 ± 0,707 dias. No que respeita às categorias, foram verificadas UPADM de categorias I e II, todas na região do nariz. Observou-se associação entre a presença de UPADM e o foro do diagnóstico de admissão, o tempo de internamento e a avaliação de risco pela Escala de Braden.O desenvolvimento de UPADM tem relação com questões principalmente de ordem clínica. No entanto, cabe ao enfermeiro e ao enfermeiro especialista em enfermagem em pessoa em situação crítica avaliar a pessoa de forma holística estando atento a todas as suas necessidades quando estabelece o risco, planeia, executa e avalia os cuidados de enfermagem e atitudes terapêuticas.Nursing care in relation to the person in critical condition, have evolved significantly over time. This reflects an increase of techniques, more invasive interventions and more complex procedures with the objective of optimizing the health of the person, which may result in the appearance of medical devices related pressure ulcers (MDRPU). These occur in any person who is subject to the application of a medical device and often depend on the person's condition and the need of the support means to ensure the best conditions for the recovery of health. This study was conducted in an Intermediate Care Unit of Central Hospital in the Northern Region of Portugal. Is a descriptive – correlational study, which is aiming to describe the incidence of UPADM and analyze factors related to these. The sample consisted of 134 people with internment in the period from 1 May 2015 to 30 October 2015. The ages range between 17 and 100 years, with a mean of 65.13 ± 17.56 years, median 68 years, predominantly males (57.5%). The most common diagnoses were the traumatic and metabolic disorders and 91.8% of people had one or more comorbidities. The length of stay varied between 0 and 15 days, with a mean of 3.49 ± 2.873 days. 64.2% of people had need to position 3 in 3 hours and the risk of PU assessed by the Braden Scale was mostly high (60.4%). On admission, were present pressure ulcers in 11.2% of hospitalized people. The most widely used device was the oximeter (100%), followed by necked, peripheral venous catheters and adhesives (97.8%) and the urinary catheter (91.0%). The rate of incidence of MDRPU was 11.9%, dominating in people with non-invasive ventilation mask (NIV), followed by people with a nasogastric tube (NGT), not observing ulcers related to the use of other devices. The time for the emergence of MDRPU in the NIV masks ranged between 1 and 5 days, with a mean of 1.86 ± 1.099 days and in SNG ranged between 1 and 2 days, averaging 1.5 ± 0.707 days. As regards the categories MDRPU were checked categories I and II, all in the nose region. It is observed association between the presence of MDRPU and the admission diagnosis, length of stay and risk assessment by the Braden Scale. The development of MDRPU is mainly clinical order. However, it is the nurse and the nurse specialist in person in critical condition that should evaluate holistically the person,being attentive to all their needs when establishing the risk, plans, executes and evaluates the nursing care and therapeutic approaches.2016-10-21T09:53:31Z2016-07-27T00:00:00Z2016-07-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1656TID:201262592porTorres, Ruben Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:43:27Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1656Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:37.167315Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os cuidados de enfermagem, no que respeita à pessoa em situação crítica, têm vindo a evoluir significativamente ao longo dos tempos. Este facto traduz um aumento de técnicas e intervenções cada vez mais invasivas e procedimentos mais complexos, com o objetivo de otimizar o estado de saúde da pessoa, o que pode ter como consequência o surgimento de úlceras por pressão associadas a dispositivos médicos (UPADM). Estas ocorrem em qualquer pessoa que seja sujeita à aplicação de um dispositivo médico e dependem frequentemente da condição da pessoa e da necessidade dos meios de suporte para assegurar as melhores condições para a recuperação da saúde. O presente estudo foi realizado numa Unidade de Cuidados Intermédios de um Hospital Central da Região Norte, sendo um estudo descritivo – correlacional, que tem com o objetivo de descrever a incidência das UPADM e analisar fatores relacionados com estas. A amostra foi constituída por 134 pessoas com internamento no período de 1 de maio de 2015 a 30 de outubro de 2015. As idades variaram entre os 17 e os 100 anos, com média de 65,13 ± 17,56 anos e mediana 68 anos, predominando o sexo masculino (57,5%). Os diagnósticos mais comuns foram do foro traumático e metabólico e 91,8% das pessoas apresentaram uma ou mais comorbilidades. O tempo de internamento variou entre 0 e 15 dias, com a média de 3,49 ± 2,873 dias. 64,2% das pessoas apresentavam necessidade de posicionamento de 3 em 3 horas e o risco de UP avaliado através da escala de Braden foi maioritariamente alto (60,4%). Na admissão, estavam presentes úlceras por pressão em 11,2% das pessoas internadas. O dispositivo mais utilizado foi o oxímetro (100%), seguido das tubuladuras, catéteres venosos periféricos e adesivos (97,8 %) e do cateter urinário (91,0%). A taxa de incidência de UPADM foi de 11,9%, predominando nas pessoas com máscara de ventilação não invasiva (VNI), seguidas das pessoas com sonda nasogástrica (SNG), não se observando úlceras relacionadas com a utilização de outros dispositivos. O tempo para o surgimento de UPADM nas máscaras de VNI variou entre 1 e 5 dias, com média de 1,86 ± 1,099 dias e nas SNG variou entre 1 e 2 dias, com média de 1,5 ± 0,707 dias. No que respeita às categorias, foram verificadas UPADM de categorias I e II, todas na região do nariz. Observou-se associação entre a presença de UPADM e o foro do diagnóstico de admissão, o tempo de internamento e a avaliação de risco pela Escala de Braden.O desenvolvimento de UPADM tem relação com questões principalmente de ordem clínica. No entanto, cabe ao enfermeiro e ao enfermeiro especialista em enfermagem em pessoa em situação crítica avaliar a pessoa de forma holística estando atento a todas as suas necessidades quando estabelece o risco, planeia, executa e avalia os cuidados de enfermagem e atitudes terapêuticas. |
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