O perigo das carnes vermelhas e processadas : vegetarianismo como prevenção primária do cancro colo-rectal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/30902 |
Resumo: | Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2017 |
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O perigo das carnes vermelhas e processadas : vegetarianismo como prevenção primária do cancro colo-rectalCarne vermelhaCarne processadaCancro colo-rectalDieta vegetarianaVegetarianismoMecanismos de carcinogénese da carneDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2017O cancro colo-rectal (CCR) é o terceiro cancro mais diagnosticado e a quarta causa oncológica responsável por mais mortes a nível mundial. Prevê-se que até 2030, as taxas de incidência e de mortalidade do CCR deverão aumentar em 60% para mais de 2,2 milhões de novos casos e 1,1 milhões de mortes, respetivamente. Urge, portanto, a necessidade de priorizar a prevenção primária do CCR. A alimentação é o fator modificável com maior potencial nesta batalha, e estima-se que a correção dos padrões alimentares possa reduzir a incidência de CCR em 70% dos casos. Pode-se considerar uma dieta saudável aquela que é rica em fibra, vegetais, cereais integrais, alho e cálcio e por outro lado, pobre em bebidas alcoólicas, carne vermelha e carne processada. Na literatura científica existem evidências suficientes para podermos afirmar que as carnes vermelhas e processadas constituem um perigo para a nossa saúde e potenciam o desenvolvimento de CCR, sendo que atualmente a carne processada é considerada um agente cancerígeno e a carne vermelha, um agente provavelmente cancerígeno. A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou em 2015, o risco de desenvolver CCR aumenta 18% por cada 50 gramas diárias de carne processada e, para o consumo de 100 gramas diárias de carne vermelha, o risco aumenta 17%. Deste modo, a OMS apela à redução do consumo de carne vermelha e à abstenção de carne processada. Os mecanismos carcinogénicos pelos quais a carne aumenta o risco relativo de CCR ainda não estão claramente desvendados, mas são conhecidas várias substâncias envolvidas neste processo: ferro heme, compostos N-nitrosos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e aminas aromáticas heterocíclicas. Partindo do princípio que a carne é prejudicial para a saúde, seria expectável observar uma menor incidência de CCR em populações vegetarianas. De facto, são vários os estudos epidemiológicos que têm documentado benefícios importantes e mensuráveis das dietas vegetarianas não só a nível do CCR como também na redução da prevalência de outras doenças oncológicas, obesidade, doenças cardiovasculares, dislipidemias, hipertensão, diabetes e aumento da longevidade. Será o vegetarianismo uma estratégia necessária para otimizar a prevenção primária do CCR? À medida que o vegetarianismo está em crescimento em Portugal e no resto do Mundo, a visão sobre o consumo de carne encontra-se em transição e o papel futuro da carne na nossa sociedade será influenciado não só por fatores relacionados com a saúde, como também por fatores económicos e ambientais.Colorectal cancer (CCR) is the third most diagnosed cancer and the fourth oncological cause responsible for more deaths worldwide. By 2030, the colorectal cancer incidence and mortality rate are expected to increase by 60% to more than 2.2 million new cases and 1.1 million deaths, respectively. There is, therefore, a need to prioritize primary prevention of colorectal cancer. Diet is the modifiable factor with the greatest potential in this battle, and it’s estimated that correcting eating patterns can reduce the incidence of cancer in 70% of cases. We can consider a healthy diet that is rich in fiber, vegetables, whole grains, garlic and calcium and by the other hand, low in alcoholic beverages, red meat and processed meat. There is sufficient evidence in the scientific database to be able to affirm that red and processed meat constitute a danger to our health and can potentiate the development of CCR, that’s way processed meat is currently considered a carcinogen and red meat is a probable carcinogen. The World Health Organization announced in 2015, an 18% increase in the risk of developing CCR for every 50 grams of daily processed meat consumed and for the daily consumption of 100 grams of red meat, the risk increases by 17%. For this reason, the population is encouraged to reduce the consumption of red meat and the total abstention of processed meat. The carcinogenic mechanisms by which meat increases the relative risk of CCR are not yet clearly unraveled, but several substances are known to be involved in this process: the iron heme group, the N-nitroso compounds, the polycyclic aromatic hydrocarbons and the heterocyclic aromatic amines. Assuming that meat is harmful to health, it would be expected to observe a lower incidence of CCR in vegetarian populations. In fact, several epidemiological studies have documented important and measurable benefits of vegetarian diets not only at the CCR level but also in reducing the prevalence of other oncological diseases, obesity, cardiovascular diseases, dyslipidemias, hypertension, diabetes and increased longevity. Is vegetarianism a necessary strategy to optimize primary CCR prevention? As vegetarianism is growing in Portugal and in the rest of the world, the view of meat consumption is in transition and the future role of meat in our society will be influenced not only by health-related factors but also by economic and environmental factors.Alves, NatáliaRepositório da Universidade de LisboaDias, Beatriz Maia2018-01-24T15:07:27Z20172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/30902TID:201779307porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:24:00Zoai:repositorio.ul.pt:10451/30902Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:46:30.640587Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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