Política anti-LGBT+: uma análise sobre as correlações e o Modus Operandi da instituição do ódio como estratégia de poder na Hungria e Polónia

• Autor(a) principal: Bach, Anderson Alex
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/142640
• topic: Políticas anti-LGBT+; Direitos LGBT+; Hungria; Polónia; Anti-LGBT+ politics; LGBT+ Rights; Hungary; Poland; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas

Como resultado de décadas de luta organizada, os Direitos LGBT+ tem feito parte da realidade política e social internacional nos últimos 50 anos. Entretanto, inúmeros reveses políticos e sociais têm acometido cidadãos LGBT+ em diversas nações. Analisando a conjuntura da União Europeia, Hungria e Polônia destacam-se a partir de sua agenda nacionalista conservadora como protagonistas de uma política homofóbica dentro do bloco. Este estudo investiga correlações entre estas nações que auxiliam no entendimento da utilização de políticas anti-LGBT+ como estratégia de governo, desde variáveis históricas que possibilitaram suas implementações, até o estabelecimento de padrões entre suas aplicações. Verificou-se a existência de três determinantes que pavimentaram a instauração de um ambiente desfavorável aos avanços das pautas LGBT+ nestes países, onde o inferior desenvolvimento econômico em comparação aos pares, o tardamento na instituição organizada de um movimento LGBT+, assim como o viés religioso fundamentalista foram fatores significativos que possibilitaram o atual desenvolvimento de políticas anti-LGBT+ na Hungria e Polônia. Este trabalho também realizou um levantamento de informação do período de gestão dos atuais governos do Fidesz e PiS que constatou a existência de padrões em suas campanhas eleitorais, discursos de ódio e atuação política anti-LGBT+. Esta investigação também evidenciou a substancial piora nos direitos da população LGBT+ na Hungria e Polônia nos últimos anos, onde estas populações têm vivenciado deteriorados índices de insegurança e descriminação, fomentados principalmente por aqueles que os deveriam proteger, seus próprios governantes.