Avaliação, controlo e monitorização da condição física da selecção portuguesa de voleibol sénior masculina - época de 2004
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000100008 |
Resumo: | O presente estudo teve os seguintes objectivos: (i) ajustar procedimentos de avaliação e controlo da condição física dos voleibolistas (força, potência, velocidade, agilidade, resistência e flexibilidade) a fim de obter dados credíveis e úteis, em laboratório e em testes de terreno; (ii) colaborar na prescrição de programas de treino de preparação física; (iii) monitorizar os resultados da condição física da Selecção Portuguesa de Voleibol e quantificar as alterações em dois momentos de avaliação e (iv) estabelecer valores de referência nacional das principais características e capacidades atléticas exigidas no voleibol. A amostra foi constituída por 10 atletas que fizeram parte da Selecção Portuguesa de Voleibol sénior masculina na época de 2004. Estes jogadores foram submetidos a avaliações antropométricas e ao nível das principais capacidades motoras. Para a avaliação da força máxima (fmáx), realizaram os seguintes testes: leg extension, leg press e para a força rápida, o lançamento da bola medicinal. Para a força de impulsão vertical, utilizámos os testes: squat jump (SJ); drop jump (DJ) 40 cm; counter movement jump (CMJ), CMJ com bloco, CMJ com remate e potência mecânica média (PMM) 15seg. A força isocinética dos extensores e dos flexores do joelho (90 e 360º/seg) foi avaliada com dinamómetro isocinético. No que respeita à velocidade, resistência e flexibilidade, os atletas realizaram, respectivamente, os testes: Japonês, 10 metros sprint e "take-off reactive test"; Yo-Yo; flexão frontal do tronco e rotação de ombros. Os testes executaram-se em Março e Julho de 2004 no Laboratório do Movimento Humano do ISMAI. Em todas as variáveis foram calculadas as médias e desvios padrão. Para a análise comparativa dos principais componentes foram verificadas as diferenças de valores entre os dois momentos de avaliação com recurso ao teste de significância pelo "test student-t" (emparelhado). Pela análise dos resultados constatamos que os atletas da Selecção Nacional apresentam resultados bastante idênticos do 1º para o 2º momento de avaliação. Tal facto é comprovado já que na grande maioria das variáveis (3 excepções num universo de 26) não encontrámos diferenças estatisticamente significativas (p≤0,05). Constatamos, no entanto, incrementos dos valores médios de fmáx. isométrica de 3,3% (147,5 vs 152 Kg) e ganhos da fmáx. dinâmica de 5,7% (229 vs 242 Kg) que foram estatisticamente significativos (p=0,028). Na força isocinética dos antagonistas encontrámos aumentos em ambos os membros inferiores e em ambas as velocidades angulares avaliadas, o que corresponde a um atenuar dos desequilíbrios agonista/antagonista. Em nenhum dos testes de força de impulsão vertical se verificaram diferenças significativas. Constatamos melhorias percentuais de 3,6; 1,7; 1,1 e 2% respectivamente no SJ (41,1 para 42,6 cm), no DJ (39,7 para 40,4 cm), no CMJ (43,5 para 44 cm) e na PMM (38,7 para 39,5 cm). Nos testes de impulsão mais específicos como são o CMJ c/ bl e o CMJ c/rt deparámos com ligeiros decréscimos da ordem dos 2,3 e 1,8%; 55,1 para 53,8 cm no primeiro teste e no segundo de 68,8 para 67,5 cm. Os resultados da resistência aeróbia foram melhores no 2º momento, concretamente, de 612 para 688 m, percentualmente de 12%. Genericamente, podemos dizer que a condição física da Selecção Nacional de Voleibol evidenciou algumas melhorias, nomeadamente, ao nível da força, da potência e da resistência. |
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