Aplicações inteligentes dos têxteis em arquitectura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/204 |
Resumo: | O curso de Mestrado em Design e Marketing tem a particularidade e virtude de reunir três áreas complementares: a Engenharia Têxtil, o Design e o Marketing que cada vez mais são indissociáveis em produtos que se querem de qualidade. Em Portugal, os têxteis técnicos para construção ainda não têm conhecido uma implantação ao nível de outros países, como os Estados Unidos, o Japão ou a Alemanha, como se pode concluir da recolha bibliográfica realizada e dos exemplos apresentados ao longo deste trabalho, onde se faz uma análise histórica sobre a evolução da arquitectura têxtil, se apresentam projectos recentes significativos, não só em termos de escala, como em termos conceptuais. O facto de muitas construções têxteis terem uma ocupação efémera não significa que nelas possa ser descurado o design. Na Expo 92 de Sevilha, uma série de coberturas têxteis relevantes mostrou as potencialidades deste tipo de estruturas e veio provar que as telas arquitectónicas não só são adequadas a construções de carácter secundário, mas podem constituir soluções efectivas especialmente inovadoras. As questões do comportamento térmico das coberturas têxteis constituíram o principal factor de estudo neste trabalho, por entendermos serem as preocupações de rentabilização energética, (no aproveitamento das energias alternativas, na eficácia estrutural e no conforto em geral) os elementos mais importantes na classificação de um edifício como Inteligente”. Como trabalhos práticos, desenvolveram-se duas hipóteses de utilização de têxteis em arquitectura, nomeadamente uma tela reactiva com pigmentos cromotrópicos e uma biblioteca móvel, que se pretendem exemplos de soluções Inteligentes”. O primeiro trabalho prático consiste numa tela “reactiva”. Uma das desvantagens apontadas às construções têxteis diz respeito ao seu deficiente comportamento térmico, devido à sua pouca inércia térmica, não muito adequadas a climas como o de Portugal, em que a amplitude térmica faz oscilar a temperatura ambiente exterior entre valores mais baixos e mais elevados que as temperaturas de conforto interiores ideais. Esta solução solar activa tem a vantagem de ser autónoma e não apresentar nenhum acréscimo de peso, lá que as construções têxteis, pela forma livre” e sistema construtivo ligeiro não comportariam soluções complexas, tais como sensores térmicos ligados a sistemas mecânicos. As fibras e tratamentos químicos que hoje se fazem aos têxteis, permitem que pela sua durabilidade, resistência e outras propriedades possam ser usadas na concepção de produtos e soluções eficientes, e por isso ditas “inteligentes”, duma forma passiva, quando se pretendem grandes vãos livres ou características de iluminação interior uniforme. O trabalho prático da segunda proposta, é uma construção móvel, com cobertura têxtil, que no caso é uma biblioteca, realizada com base num atrelado semireboque. Se em itinerância tem a dimensão dum contentor, quando desdobrado apresenta uma área útil coberta cerca de cinco vezes maior. Foi concebida para países quentes e húmidos, com temperaturas sempre superiores à temperatura de conforto ideal, sem isolamento térmico e características de ventilação e iluminação naturais. |
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