Estudo bioecológico do Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) no aquipélago da Madeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIVEIROS, Bela Conceição Costa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/19210
Resumo: Desde o seu registo no Funchal em 2005 que o Aedes aegypti, principal vector do vírus da dengue e da febre amarela, tem vindo a expandir-se territorialmente apesar da implementação de medidas de controlo pelas autoridades regionais. Face a esta situação, tornava-se necessário conhecer a bioecologia desta espécie no Arquipélago da Madeira, de forma a criar um planeamento o mais adequado possível para o seu controlo. De forma a contribuir para aquele conhecimento, o presente trabalho teve como principais objectivos o estudo da variação sazonal, a caracterização dos biótopos larvares e a detecção de eventuais preferências, a determinação das associações larvares e o padrão de distribuição do Aedes aegypti no Arquipélago da Madeira. Os trabalhos de campo realizaram-se entre Janeiro e Agosto de 2009, sendo colocadas 53 armadilhas para a detecção de posturas (oviposição), feitas 395 observações e prospectados os potenciais biótopos. O estudo revelou a presença da espécie apenas em três dos pontos de amostragem localizados nos concelhos de Funchal e de Câmara de Lobos entre, 0 e 235 metros de altitude. Aedes aegypti demonstrou uma variação acentuada na sua actividade ao longo deste período, sendo baixa na estação fria e alta na estação quente, com um pico em Agosto. O estudo demonstrou igualmente que o Aedes aegypti colonizou 7,14% dos biótopos larvares detectados na área infestada, com preferência por biótopos larvares do tipo artificial, do subtipo plástico. Os biótopos larvares de Aedes aegypti eram maioritariamente de pequena capacidade, dependentes da água de rega, com água incolor e límpida e com presença de matéria orgânica vegetal.
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