Análise da disponibilidade da potência instalada no sector electroprodutor português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/59916 |
Resumo: | Desde há algum tempo que se vem tornando claro o excesso de capacidade instalada do sistema eletroprodutor português. Têm sido discutidos os méritos e deméritos de diversos subsectores que cresceram nos últimos anos (eólico, hídrico, gás, solar), mas tem faltado uma análise global na perspetiva da necessidade efetiva da capacidade relacionada com a segurança do sistema. Assim, nesta dissertação é feito o estudo da disponibilidade da potência instalada no setor elétrico português, com base na evolução dos consumos e da análise da capacidade para o período de 2014-2017. Dois indicadores principais que permitem analisar a capacidade e a segurança: a disponibilidade real e o índice de cobertura, ambos analisados em base diária e semanal. Ao longo deste período a potência instalada aumentou 11%, sendo que a capacidade hídrica cresceu 27%, contra apenas 7% da capacidade eólica, sendo estas fontes a par da energia térmica os grandes pilares de abastecimento do sistema elétrico português. O estudo da disponibilidade mínima real do sistema permitiu concluir que o sistema apresentou durante o período de análise uma capacidade de excedência elevada face às pontas máximas de consumo registadas. O índice de cobertura semanal, que avalia a segurança de abastecimento do sistema elétrico, relaciona a disponibilidade mínima real com a ponta máxima de consumo em cada semana do período de estudo de 2014-2017. O índice de cobertura semanal médio neste período foi de 1,71 e o índice de cobertura mínimo registado foi de 1,30 (uma situação de risco seria denotada por um índice de cobertura próximo ou inferior a 1,0). Esta situação muito folgada em termos de segurança resulta da conjugação de um decréscimo de consumos (em grande parte por via da eficiência energética), e do aumento (porventura não justificado) da capacidade instalada. Na análise de segurança nos cenários analisados o sistema apresenta sempre uma capacidade de resposta bastante satisfatória perante as necessidades avaliadas, sendo os únicos fatores de risco identificados com a paragens das centrais térmicas a carvão do Pego e de Sines e a central térmica a gás da Tapada do Outeiro. Para evitar os riscos de segurança associados ao descomissionamento destas centrais, será importante equacionar o contributo para a segurança do sistema da exploração do potencial de eficiência energética conhecido, bem como o esperado crescimento da energia solar e novas tecnologias. Com o progressivo encerramento das centrais térmicas, as energias renováveis aparecem como fontes emergentes., sendo a sua aposta uma necessidade essencial para o futuro da energia elétrica do país; mas são necessárias algumas mudanças no paradigma das renováveis em Portugal, que consigam apresentar soluções eficientes, bem como uma consciencialização da população para o uso de outras formas de energia e a aposta na eficiência energética. |
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