Aplicação do Score de CHA2DS2-VASc na Avaliação de Doentes Coronários em Reabilitação Cardíaca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Margarida Mota; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Bento, Sofia; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal, Dias, Jorge; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal, Antunes, Sara; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal, Pereira, Ângela; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal, Lameiras, Melanie; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal, Bento, Luísa; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25759/spmfr.450
Resumo: Introdução: A reabilitação cardíaca (RC) melhora o prognóstico e aumenta a qualidade de vida dos doentes com doença coronária.O score de CHA2DS2-VASc estratifica o risco cardiovascular dos doentes tendo em conta a presença de insuficiência cardíaca, hipertensão, idade, diabetes mellitus, eventos cerebrovasculares ou embólicos prévios e lesão vascular. O objetivo deste trabalho é aplicar esta escala a doentes coronários integrados num programa de RC de modo a avaliar a sua aplicabilidade como preditor de evolução da capacidade funcional e adaptação ao exercício.Material e Métodos: Foram incluídos neste estudo 69 doentes com doença coronária referenciados para um programa de RC. Os doentes foram divididos em três grupos de acordo com a classificação obtida no score de CHA2DS2-VASc: baixo risco (1-2), risco intermédio (3) e alto risco (≥4). A capacidade funcional foi avaliada através de prova de esforço realizada antes do tratamento e às 12 semanas do programa de recondicionamento ao esforço. Como valor comparativo entre doentes e entre provas, consideraram-se os equivalentes metabólicos (METs) obtidos por prova, para avaliação da capacidade ao exercício.Resultados: Quanto à evolução nas provas de esforço, os doentes de baixo risco passaram de uma média de 10,43 METs para 12,44; os doentes de risco moderado evoluíram de 9,33 para 10,85 METs e os doentes de alto risco apresentaram uma média inicial de 8,46 METs e de 10,74 METs às 12 semanas. Quando comparámos os vários grupos de doentes classificados através do score de CHA2DS2-VASc, verificámos que os doentes classificados como alto risco cardiovascular apresentam menor capacidade funcional traduzida em METs tanto na primeira prova de esforço (p=0,009) como na segunda (p=0,011). Verificou-se a existência de uma correlação negativa de - 0,451 entre o resultado obtido na primeira prova de esforço e a classificação na escala de CHA2DS2-VASc.Conclusão: O score de CHA2DS2-VASc correlaciona-se com a capacidade funcional de doentes coronários integrados em programas de RC, podendo ter um papel preditivo na evolução da capacidade funcional.
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spelling Aplicação do Score de CHA2DS2-VASc na Avaliação de Doentes Coronários em Reabilitação CardíacaThe Use of the CHA2DS2-VASc Score in Patients with Coronary Artery Disease Participating in a Cardiac Rehabilitation ProgramDoença da Artéria Coronária/reabilitação; Reabilitação Cardíaca; Síndrome Coronária Aguda/ reabilitaçãoAcute Coronary Syndrome/rehabilitation; Cardiac Rehabilitation; Coronary Artery Disease/ rehabilitationIntrodução: A reabilitação cardíaca (RC) melhora o prognóstico e aumenta a qualidade de vida dos doentes com doença coronária.O score de CHA2DS2-VASc estratifica o risco cardiovascular dos doentes tendo em conta a presença de insuficiência cardíaca, hipertensão, idade, diabetes mellitus, eventos cerebrovasculares ou embólicos prévios e lesão vascular. O objetivo deste trabalho é aplicar esta escala a doentes coronários integrados num programa de RC de modo a avaliar a sua aplicabilidade como preditor de evolução da capacidade funcional e adaptação ao exercício.Material e Métodos: Foram incluídos neste estudo 69 doentes com doença coronária referenciados para um programa de RC. Os doentes foram divididos em três grupos de acordo com a classificação obtida no score de CHA2DS2-VASc: baixo risco (1-2), risco intermédio (3) e alto risco (≥4). A capacidade funcional foi avaliada através de prova de esforço realizada antes do tratamento e às 12 semanas do programa de recondicionamento ao esforço. Como valor comparativo entre doentes e entre provas, consideraram-se os equivalentes metabólicos (METs) obtidos por prova, para avaliação da capacidade ao exercício.Resultados: Quanto à evolução nas provas de esforço, os doentes de baixo risco passaram de uma média de 10,43 METs para 12,44; os doentes de risco moderado evoluíram de 9,33 para 10,85 METs e os doentes de alto risco apresentaram uma média inicial de 8,46 METs e de 10,74 METs às 12 semanas. Quando comparámos os vários grupos de doentes classificados através do score de CHA2DS2-VASc, verificámos que os doentes classificados como alto risco cardiovascular apresentam menor capacidade funcional traduzida em METs tanto na primeira prova de esforço (p=0,009) como na segunda (p=0,011). Verificou-se a existência de uma correlação negativa de - 0,451 entre o resultado obtido na primeira prova de esforço e a classificação na escala de CHA2DS2-VASc.Conclusão: O score de CHA2DS2-VASc correlaciona-se com a capacidade funcional de doentes coronários integrados em programas de RC, podendo ter um papel preditivo na evolução da capacidade funcional.Introduction: Exercise based cardiac rehabilitation (CR) improves prognosis and quality of life in patients with coronary artery disease.CHA2DS2-VASc score stratifies the cardiovascular risk of patients given the presence of heart failure, hypertension, age over 75 years old, diabetes mellitus, previous cerebrovascular or embolic events, and vascular disease. We aimed to investigate whether the CHA2DS2-VASc score may be a predictor of improvement in exercise capacity in acute coronary syndrome patients participating in a CR program.Material and Methods: This study included 69 patients with coronary artery disease referred for CR treatment. As inclusion criteria, patients should have a history of previous hospitalization for acute myocardial infarction. The patients were divided in three groups according to the CHA2DS2- VASc score: low risk (1-2), intermediate risk (3) and high risk (≥4). Functional exercise capacity was assessed through two treadmill stress tests performed at baseline and at 12 weeks. As a comparative value between patients and between tests, we considered the metabolic equivalents (METs) spent per test to evaluate exercise adaptation.Results: There was a statistically significant difference between the METs spent in the first and last cardiac stress tests for all groups. As for the evolution in treadmill stress tests, low-risk patients increased from an average of 10.43 METs to 12.44; moderate risk patients progressed from 9.33 to 10.85 METs and high-risk patients had an initial average of 8.46 METs and of 10.74 METs at 12 weeks. When we compared the 3 groups of patients, we found that patients with high cardiovascular risk had lower functional capacity in the first cardiac stress test (p=0.009) and in the second one (p=0.011). There was a negative correlation of -0.451 between the result obtained in the first cardiac stress teste and the classification using the CHA2DS2-VASc scale.Conclusion: CHA2DS2-VASc score may be considered as a readily available predictor of exercise capacity improvement. It might be useful for tailoring specific CR and for better resource allocation.Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação2022-05-08T00:00:00Zjournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.25759/spmfr.450oai:ojs.spmfrjournal.org:article/450Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; v. 34, n. 1 (2022): Ano 30; 37-440872-9204reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/450https://doi.org/10.25759/spmfr.450https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/450/241https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/downloadSuppFile/450/91Copyright (c) 2022 Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFreitas, Margarida Mota; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalBento, Sofia; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalDias, Jorge; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalAntunes, Sara; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalPereira, Ângela; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalLameiras, Melanie; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, PortugalBento, Luísa; Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Garcia de Orta, Portugal2022-09-20T15:28:37Zoai:ojs.spmfrjournal.org:article/450Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:14.896196Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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