Polo de desenvolvimento sustentável no território costeiro de Fernão Dias em São Tomé e Príncipe: Projeto de requalificação da roça Fernão Dias

• Autor(a) principal: Casimiro, Alexandra Moreno Vaz
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27796
• topic: Património cultural -- Cultural heritage; Economia do mar; Vila piscatória; Roça; Fernão Dias; São Tomé e Príncipe; Fishing economy; Fishermen village; São Tomé and Príncipe

O arquipélago de São Tomé e Príncipe tem uma área marítima 160 vezes superior à área terrestre. Do setor da pesca e das atividades costeiras depende e usufrui uma grande parte da população. A economia do Mar contém potencial que poderia beneficiar a população e contribuir para o desenvolvimento sustentável do arquipélago. No território terrestre encontram-se vestígios do património arquitetónico de matriz portuguesa, as roças, assentamentos agrícola-industriais que desde meados do século XIX produziam e exportavam via marítima café e cacau. O assentamento de Fernão Dias destaca-se pela sua estratégica localização, acessibilidade, pontos de interesse e pela importância e ligação à sede da roça Agostinho Neto (1920-1975). Fernão Dias funcionava como porto-de-mar, para armazenar e enviar produtos por via marítima, através de um edificado e organização que o distinguem por essa função específica. As problemáticas que abrangem o território marítimo santomense verificam-se a várias escalas: o difícil desembarque de mercadorias e a falta de adequadas infraestruturas de produção, processamento e comércio do pescado. Paralelamente, grande parte da população santomense vive sem condições mínimas de habitabilidade, e sem acesso a saneamento básico e eletricidade. Partindo da análise da ligação histórico-cultural da roça Fernão Dias com o mar, dos elementos marcantes e das suas fragilidades, foi definida uma estratégia de intervenção multiescalar, baseada na requalificação do património arquitetónico e paisagístico, como resposta às necessidades habitacionais da população piscatória. O projeto pretende ser um motor de requalificação sustentável, justo e inclusivo, proporcionando um desenvolvimento abrangente do território e fortalecendo a ligação ao mar.