Reconhecimento emocional de expressões faciais em indivíduos com sintomatologia depressiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assunção, Maria Joana da Cunha e Silva Clara de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2606
Resumo: O reconhecimento emocional de expressões faciais é uma importante competência social que auxilia e potencia o indivíduo a responder de forma adequada ao meio. É um dispositivo de comunicação no relacionamento com o mundo e com os outros, tendo assim uma função fundamental na sobrevivência da espécie. Os sintomas depressivos podem interferir diretamente na capacidade de identificação de tais emoções. Posto isto, a presente investigação tem como objetivo verificar se a existência de sintomatologia depressiva pode interferir no reconhecimento emocional, bem como comparar esta capacidade com um grupo de referência. Pretende-se também avaliar qual a emoção mais facilmente reconhecida, assim como verificar se existem diferenças no reconhecimento entre as 8 emoções do estímulo feminino e as 8 do estímulo masculino. Para tal, foram avaliados 21 indivíduos com sintomatologia depressiva e 29 indivíduos pertencentes ao grupo normativo. Estes responderam a um questionário sóciodemográfico e posteriormente ao Beck Depression Inventory (BDI), para avaliar a presença de sintomatologia depressiva. O teste de reconhecimento das expressões faciais foi realizado através do programa I-emotions, que consiste na apresentação das 16 fotografias que representam 7 emoções básicas de uma mulher, 7 emoções básicas de um homem e 1 emoção neutra para cada um dos estímulos. A análise estatística indicou que os sujeitos com sintomatologia depressiva apresentam dificuldades no reconhecimento emocional de faces quando comparadas com o grupo de referência, em todas as emoções com exceção da tristeza. A emoção mais facilmente identificada foi a alegria. Verificou-se também que não existem diferenças em relação ao género do estímulo visualizado. Estes resultados comprovam as dificuldades no reconhecimento emocional por parte dos sujeitos com perturbação depressiva, podendo ser úteis para preparar intervenções que melhorem as suas competências sociais.
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