Análise do custo-benefício da reabilitação de edifícios com recurso a janelas eficientes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/148837 |
Resumo: | Ao longo dos anos, as questões relacionadas com a otimização do desempenho energético dos edifícios têm ganho especial relevância, tendo em conta o seu elevado contributo para o consumo de energia e as implicações, económicas e climáticas, negativas do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia. Na União Europeia e em Portugal, respetivamente, os edifícios doméstico e de serviços são responsáveis por cerca de 40% e 30% da energia final consumida. O parque edificado envelhecido, com o baixo desempenho térmico da sua envolvente, justifica estes factos e evidencia a relevância e prioridade da reabilitação energética dos edifícios, a qual assume ser indissociável dos objetivos europeu e nacional, em matéria energia e de clima, isto é, de eficiência energética, de descarbonização e de aumento do recurso às fontes de energia renováveis. Cerca de 30% da energia consumida nos edifícios relaciona-se com perdas de calor através de vãos envidraçados não eficientes do ponto de vista térmico, evidenciando-as como fonte de potencial poupança de energia e, consequentemente, de diminuição das emissões de CO2. Assim, a substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes, releva-se uma medida favorável ao clima e à energia, constituindo um elemento-chave para um plano de recuperação sustentável, ao fazer-se uso da energia solar de forma passiva. Nesse contexto, foi desenvolvida a presente dissertação com o objetivo de analisar o impacto no consumo energético da substituição de vãos envidraçados com baixo desempenho térmico por novos eficientes numa fração autónoma de um edifício da década de 70. O comportamento energético da fração foi analisado recorrendo ao programa EnergyPlus e foi realizado para regiões de Portugal com zonamento climático distintos, Lisboa (I1V2), Bragança (I3V2) e Faro (V3I1). As necessidades de aquecimento e arrefecimento obtidas foram posteriormente analisadas em termos de poupança de energia primária e cálculo do custo do ciclo de vida. Concluiu-se que, de acordo com a metodologia da presente dissertação, o custo-benefício da substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes em diferentes regiões de Portugal não é consistente, quando se considera apenas o seu potencial de poupança de energética. As janelas eficientes proporcionam efetivamente uma maior poupança energética quando adaptadas ao clima onde serão implementadas, mas o seu custo pode ser um obstáculo à sua substituição. Entretanto, as vantagens adicionais destes novos vãos envidraçados, tais como maior atenuação acústica, maior segurança anti-intrusão, redução do consumo energético, redução das emissões de CO2 para a atmosfera e valorização do imóvel, bem como os programas de incentivo à substituição, nomeadamente o Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis, podem contribuir para a opção pela substituição. |
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Análise do custo-benefício da reabilitação de edifícios com recurso a janelas eficientesVãos envidraçadosdesempenho energéticoconsumo de energiareabilitação de edifíciosDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia CivilAo longo dos anos, as questões relacionadas com a otimização do desempenho energético dos edifícios têm ganho especial relevância, tendo em conta o seu elevado contributo para o consumo de energia e as implicações, económicas e climáticas, negativas do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia. Na União Europeia e em Portugal, respetivamente, os edifícios doméstico e de serviços são responsáveis por cerca de 40% e 30% da energia final consumida. O parque edificado envelhecido, com o baixo desempenho térmico da sua envolvente, justifica estes factos e evidencia a relevância e prioridade da reabilitação energética dos edifícios, a qual assume ser indissociável dos objetivos europeu e nacional, em matéria energia e de clima, isto é, de eficiência energética, de descarbonização e de aumento do recurso às fontes de energia renováveis. Cerca de 30% da energia consumida nos edifícios relaciona-se com perdas de calor através de vãos envidraçados não eficientes do ponto de vista térmico, evidenciando-as como fonte de potencial poupança de energia e, consequentemente, de diminuição das emissões de CO2. Assim, a substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes, releva-se uma medida favorável ao clima e à energia, constituindo um elemento-chave para um plano de recuperação sustentável, ao fazer-se uso da energia solar de forma passiva. Nesse contexto, foi desenvolvida a presente dissertação com o objetivo de analisar o impacto no consumo energético da substituição de vãos envidraçados com baixo desempenho térmico por novos eficientes numa fração autónoma de um edifício da década de 70. O comportamento energético da fração foi analisado recorrendo ao programa EnergyPlus e foi realizado para regiões de Portugal com zonamento climático distintos, Lisboa (I1V2), Bragança (I3V2) e Faro (V3I1). As necessidades de aquecimento e arrefecimento obtidas foram posteriormente analisadas em termos de poupança de energia primária e cálculo do custo do ciclo de vida. Concluiu-se que, de acordo com a metodologia da presente dissertação, o custo-benefício da substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes em diferentes regiões de Portugal não é consistente, quando se considera apenas o seu potencial de poupança de energética. As janelas eficientes proporcionam efetivamente uma maior poupança energética quando adaptadas ao clima onde serão implementadas, mas o seu custo pode ser um obstáculo à sua substituição. Entretanto, as vantagens adicionais destes novos vãos envidraçados, tais como maior atenuação acústica, maior segurança anti-intrusão, redução do consumo energético, redução das emissões de CO2 para a atmosfera e valorização do imóvel, bem como os programas de incentivo à substituição, nomeadamente o Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis, podem contribuir para a opção pela substituição.Over the years, issues related to the optimization of the energy performance of build-ings have gained special relevance, considering their high contribution to energy consumption and the negative economic and climatic implications of the use of fossil fuels as energy source. In the European Union and in Portugal, the domestic and service buildings are respon-sible for around 40% and 30% of the final energy consumed, respectively. The aging building stock, with the low thermal performance of its envelope, justifies these facts and highlights the relevance and priority of the energy rehabilitation of buildings, which assumes to be insepara-ble from European and national energy and climate goals, the energy efficiency, decarboniza-tion and increased use of renewable energy sources. Around 30% of the energy consumed in buildings is related to heat losses through glazing that are not thermally efficient, making them a source of potential energy savings and, consequently, a source of CO2 emissions reduction. Thus, replacing old glazing with efficient new ones is a measure favorable to the climate and energy, constituting a key element for a sustainable recovery plan, by making passive use of solar energy. In this context, the present thesis was developed with the objective of analyzing the impact on energy consumption of replacing glazing with low thermal performance with effi-cient new ones in an autonomous fraction of an 70's building. The energy behavior of the fraction was analyzed using the EnergyPlus program and was carried out for regions of Portu-gal with different climate zone, Lisbon (I1V2), Bragança (I3V2) and Faro (V3I1). The heating and cooling requirements obtained were then analyzed for primary energy savings and life cycle cost. It was concluded that, according to the methodology of the present dissertation, the cost-benefit of replacing old windows with efficient new ones in different regions of Portugal is not consistent, when considering only their energy saving potential. Efficient windows effec-tively provide greater energy savings when adapted to the climate where they will be imple-mented, but their cost can be an obstacle to their replacement. However, the additional ad-vantages of these new glazing, such as greater acoustic attenuation, greater anti-intrusion se-curity, reduction of energy consumption, reduction of CO2 emissions into the atmosphere and appreciation of the property, as well as programs to encourage replacing old glazing with ef-ficient new ones, namely the Support Program for More Sustainable Buildings, can contribute to the option for replacement.Aelenei, DanielRUNCorreia, Hersilvio Nestor Medina Da Silva2023-02-08T13:47:54Z2022-062022-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/148837porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:29:47Zoai:run.unl.pt:10362/148837Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:53:20.198015Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Ao longo dos anos, as questões relacionadas com a otimização do desempenho energético dos edifícios têm ganho especial relevância, tendo em conta o seu elevado contributo para o consumo de energia e as implicações, económicas e climáticas, negativas do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia. Na União Europeia e em Portugal, respetivamente, os edifícios doméstico e de serviços são responsáveis por cerca de 40% e 30% da energia final consumida. O parque edificado envelhecido, com o baixo desempenho térmico da sua envolvente, justifica estes factos e evidencia a relevância e prioridade da reabilitação energética dos edifícios, a qual assume ser indissociável dos objetivos europeu e nacional, em matéria energia e de clima, isto é, de eficiência energética, de descarbonização e de aumento do recurso às fontes de energia renováveis. Cerca de 30% da energia consumida nos edifícios relaciona-se com perdas de calor através de vãos envidraçados não eficientes do ponto de vista térmico, evidenciando-as como fonte de potencial poupança de energia e, consequentemente, de diminuição das emissões de CO2. Assim, a substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes, releva-se uma medida favorável ao clima e à energia, constituindo um elemento-chave para um plano de recuperação sustentável, ao fazer-se uso da energia solar de forma passiva. Nesse contexto, foi desenvolvida a presente dissertação com o objetivo de analisar o impacto no consumo energético da substituição de vãos envidraçados com baixo desempenho térmico por novos eficientes numa fração autónoma de um edifício da década de 70. O comportamento energético da fração foi analisado recorrendo ao programa EnergyPlus e foi realizado para regiões de Portugal com zonamento climático distintos, Lisboa (I1V2), Bragança (I3V2) e Faro (V3I1). As necessidades de aquecimento e arrefecimento obtidas foram posteriormente analisadas em termos de poupança de energia primária e cálculo do custo do ciclo de vida. Concluiu-se que, de acordo com a metodologia da presente dissertação, o custo-benefício da substituição de vãos envidraçados antigos por novos eficientes em diferentes regiões de Portugal não é consistente, quando se considera apenas o seu potencial de poupança de energética. As janelas eficientes proporcionam efetivamente uma maior poupança energética quando adaptadas ao clima onde serão implementadas, mas o seu custo pode ser um obstáculo à sua substituição. Entretanto, as vantagens adicionais destes novos vãos envidraçados, tais como maior atenuação acústica, maior segurança anti-intrusão, redução do consumo energético, redução das emissões de CO2 para a atmosfera e valorização do imóvel, bem como os programas de incentivo à substituição, nomeadamente o Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis, podem contribuir para a opção pela substituição. |
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