O corpo e a palavra em Merleau-Ponty
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/6274 |
Resumo: | Dissertação de Doutoramento no ramo de Filosofia Especialidade de Filosofia Contemporânea |
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O corpo e a palavra em Merleau-PontyCorpoPalavraMundaneidadeConsciênciaExperiencialidadePercepçãoDissertação de Doutoramento no ramo de Filosofia Especialidade de Filosofia ContemporâneaA vida é existencialidade que de si ganha consciência aos bochechos, em parcelas, trilhando a linha da história que se faz presente sem visibilidade, mas na visibilidade de toda a concreticidade mundana. A consciência é essa potencialidade de perceber o mundo, de o interpretar, de o constituir. Mas a consciência é uma possibilidade que é consciência de uma impossibilidade: tem o mundo à sua disposição, para o integrar e trabalhar, mas o motor do mundo não lhe pertence, não se lhe subordina, de uma dinâmica sempre volúvel, instável e propícia ao inesperado, cujo início e fim não gere. Todavia, para lhe ser efectivamente acessível a mundaneidade, a minha consciência precisa de algo mundano. Conta com o contributo mediador do corpo próprio que entende a linguagem física do mundo, porque da mesma massa do mundo. Abre-lhe as pálpebras perceptivas mediante a visão e, pela capacidade motriz dá-lhe mobilidade e garantia de execução intencional. Então, pelo corpo acolhida no tecido mundano e uma vez nele instalada, a consciência recebe as significações das coisas, seres e relações que ele fornece, qual ovo bio-geneticamente alimentador que permite a sua maturação. Eu ganho assim uma possibilidade alargada, mas fico circunscrito a uma certa indeterminação, porque definido no perímetro do próprio circuito de existência que me é próximo, fico limitado a uma parcela ínfima de mundo, e o que está para lá do visível e do acessível é fundamentalmente indeterminado. Porém, nesse quinhão de presença mundana não deixo de sentir o palpitar do mundo e terei obrigatoriamente necessidade de o, e com ele, comunicar por intermédio da palavra. Sem a palavra, eu não consigo conciliar o meu interior com o meu exterior, a minha consciência com a minha existência. Ao relacioná-las, ela permite que a reflexão se dê, a reflexão de uma consciência que existe, a reflexão de uma existência que se auto-consciencializa. Contudo, apesar de ser sujeito de palavra e ter a possibilidade e o poder de me expressar, não tenha a chave do processo.Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de LisboaRenaud, IsabelRenaud, MichelRUNFontoura, Amândio2011-12-02T15:05:16Z2011-092011-09-01T00:00:00Zdoctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/6274porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-22T17:09:38Zoai:run.unl.pt:10362/6274Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-22T17:09:38Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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