Infeções Urinárias em Doentes com Diabetes Mellitus Tipo 2 Tratados com Inibidores do SGLT2: Uma Revisão Baseada na Evidência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha-Castro,Carlos
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Vaz,Pedro Lopes, Gomes,Carla Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-06282022000400325
Resumo: Resumo Introdução: O mecanismo de ação dos inibidores do co-transportador de sódio-glicose 2 (iSGLT2) consiste no aumento da glicosúria. Existe evidência da associação entre a sua toma e a ocorrência de infeções genitais. Porém, a associação com infeções do trato urinário (ITU) não está bem estabelecida. Pretende-se analisar a evidência atual sobre a associação entre iSGLT2 em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e a ocorrência de ITU. Métodos: Pesquisadas normas de orientação clínica, meta-análises (MA), revisões sistemáticas e ensaios clínicos controlados e aleatorizados (ECCA) entre outubro de 2011 e outubro de 2021 na The National Institute for Health and Care Excellence, The Cochrane Library e PubMed. Utilizados os termos MeSH “urinary tract infection”, “sodium-glucose transporter 2 inhibitors” e “diabetes mellitus, type 2”. Para atribuição dos níveis de evidência (NE) foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians. Resultados: Dos 331 resultados identificados, 6 cumpriram os critérios de inclusão: 5 ECCA e 1 MA. Todos classificados com NE 2. A evidência da associação entre a toma de iSGLT2 e ITU foi apenas demonstrada, de forma estatisticamente significativa, na MA e relativamente à dapagliflozina na dosagem de 10 mg. Conclusão: Os estudos apresentam resultados heterogéneos, inconsistentes e de qualidade moderada. Os iSGLT2 têm afirmado o seu lugar no tratamento de múltiplas patologias pelo que impera a realização de estudos dirigidos à ocorrência de efeitos adversos como a frequência de ITU. Devem ainda compreender amostras de maior dimensão, diferentes moléculas e posologias, para a obtenção de evidência robusta.
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