O enquadramento teórico conceptual da acção da DGEMN no contexto europeu (1931-1975)

• Autor(a) principal: Camacho, Joana Cristina Pestana
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/19294
• topic: História cultural; Património cultural; Estado Novo; Património arquitetónico; Monumentos nacionais; Restauro; Propaganda; Portugal; Europa; DGEMN; Architectural heritage; National monuments; Restoration; International organizations; Europe

O presente estudo tem como objetivo apresentar uma nova visão relativamente à atuação da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. A par da sua vertente nacional, procurase interpretar o seu conhecimento da realidade internacional e da forma como se aplicou, ou não, esse conhecimento. A DGEMN, foi durante o século XX, a principal entidade com responsabilidade patrimonial em Portugal, nomeadamente entre 1931 e 1975, período em estudo nesta dissertação. A sua intervenção restauradora, que acompanhou todo o período do Estado Novo, é encarada enquanto uma ação de propaganda deste regime, a vários níveis. Nesta perspetiva, o património cultural português, principalmente o património arquitetónico, simbolizado nos Monumentos Nacionais foram a peça central desta ação. Simultaneamente, no panorama europeu/internacional, as questões de preservação e de salvaguarda do património foram gradualmente alteradas e alargadas. O regime de Salazar, focado em si próprio e fechado ao exterior, demorará a incorporar nas intervenções em monumentos as alterações internacionais aprovadas nas diversas Conferências e Convenções realizadas ao longo do século. Desta forma, verifica-se que, a par das questões políticas e relações internacionais, o Estado Novo manteve-se, em termos patrimoniais, na “cauda da Europa”.