O Papel das Incubadoras no Processo de Internacionalização das PME Incubadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodini, Arialba Carla Abrantes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9698
Resumo: A internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (PME) na Europa faz parte dos assuntos estratégicos da União Europeia (UE), já que o mercado interno de um único país pode não ser capaz de suprir-se em termos de produtos, mão-de-obra, capitais e serviços, sendo essa, a principal linha da política de competitividade do Concelho Europeu e da UE para o mercado interno. Neste contexto, as incubadoras surgiram com o objetivo de apoiar as PME incubadas. As incubadoras propiciam o surgimento de empresas de tecnologias inovadoras, além de manter uma vasta infraestrutura baseada em redes de cooperação, quer nacionais quer internacionais. As incubadoras podem também assumir o papel de intermediárias no processo de cooperação internacional, e permitem organizar recursos, estratégias e suprir as falhas momentâneas de gestão das PME incubadas, assim como potencializar o talento empresarial complementando-o com os recursos necessários. Contudo, a cooperação internacional foge do âmbito básico dos serviços de uma incubadora de empresas, já que esta estratégia faz parte da aceleração dos negócios. Deste modo, o objetivo deste estudo foi compreender o papel das incubadoras, envolvidas em redes de cooperação internacional, no processo de internacionalização das PME incubadas. Assim, a partir de uma pesquisa exploratória, foi utilizado o método de estudos de caso múltiplos, ou seja, foram estudadas três incubadoras (casos), duas em Portugal e uma na Inglaterra. Como técnicas de recolha de dados foram usadas a entrevista, o questionário e a análise documental. A partir de uma análise de conteúdo e descritiva, os resultados deste estudo evidenciam que os objetivos destas incubadoras são o desenvolvimento do empreendedorismo local, através de projetos inovadores, diferenciando-se entre si, pelo impacto positivo, ligado a critérios socioambientais. Todas as incubadoras aqui estudadas têm em comum redes nacionais e internacionais, serviços de apoio, treinamento empresarial, mentoring, admissão seletiva de empreendedores e fornecimento de instalações, consultoria empresarial, acesso a financiamentos, e treinamentos ligados à internacionalização das PME incubadas, bem como acesso a instalações de parceiros e incubação flexível, assim como a participação em feiras e eventos internacionais. Dessa forma, as incubadoras reforçam o comportamento empreendedor e criam um ambiente de inovação e internacionalização às suas PME incubadas. Também foi possivel identificar os principais motivos que levam as PME pesquisadas a Internacionalizar: Acesso a partilha de recursos, competências e conhecimentos complementares; Acesso a clientes; Canais de distribuição; Conhecimento e domínios dos mercados e a racionalização de atividades; Partilha de inovação e incorporação de melhorias e prática em diversos níveis e acesso a fornecedores. Estas atividades são facilitadas pelas incubadoras envolvidas em relações de cooperação internacional. Mais precisamente, este estudo concluiu que, de facto, as incubadoras podem facilitar o processo de internacionalização das PME incubadas. Algumas implicações para a teoria e a prática nesta área de investigação são também apresentadas neste trabalho, bem como algumas sugestões para investigações futuras.
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As incubadoras podem também assumir o papel de intermediárias no processo de cooperação internacional, e permitem organizar recursos, estratégias e suprir as falhas momentâneas de gestão das PME incubadas, assim como potencializar o talento empresarial complementando-o com os recursos necessários. Contudo, a cooperação internacional foge do âmbito básico dos serviços de uma incubadora de empresas, já que esta estratégia faz parte da aceleração dos negócios. Deste modo, o objetivo deste estudo foi compreender o papel das incubadoras, envolvidas em redes de cooperação internacional, no processo de internacionalização das PME incubadas. Assim, a partir de uma pesquisa exploratória, foi utilizado o método de estudos de caso múltiplos, ou seja, foram estudadas três incubadoras (casos), duas em Portugal e uma na Inglaterra. Como técnicas de recolha de dados foram usadas a entrevista, o questionário e a análise documental. A partir de uma análise de conteúdo e descritiva, os resultados deste estudo evidenciam que os objetivos destas incubadoras são o desenvolvimento do empreendedorismo local, através de projetos inovadores, diferenciando-se entre si, pelo impacto positivo, ligado a critérios socioambientais. Todas as incubadoras aqui estudadas têm em comum redes nacionais e internacionais, serviços de apoio, treinamento empresarial, mentoring, admissão seletiva de empreendedores e fornecimento de instalações, consultoria empresarial, acesso a financiamentos, e treinamentos ligados à internacionalização das PME incubadas, bem como acesso a instalações de parceiros e incubação flexível, assim como a participação em feiras e eventos internacionais. Dessa forma, as incubadoras reforçam o comportamento empreendedor e criam um ambiente de inovação e internacionalização às suas PME incubadas. Também foi possivel identificar os principais motivos que levam as PME pesquisadas a Internacionalizar: Acesso a partilha de recursos, competências e conhecimentos complementares; Acesso a clientes; Canais de distribuição; Conhecimento e domínios dos mercados e a racionalização de atividades; Partilha de inovação e incorporação de melhorias e prática em diversos níveis e acesso a fornecedores. Estas atividades são facilitadas pelas incubadoras envolvidas em relações de cooperação internacional. Mais precisamente, este estudo concluiu que, de facto, as incubadoras podem facilitar o processo de internacionalização das PME incubadas. Algumas implicações para a teoria e a prática nesta área de investigação são também apresentadas neste trabalho, bem como algumas sugestões para investigações futuras.The internationalization of small and medium-sized enterprises (SMEs) in Europe is one of the strategic issues of the European Union (EU), since the internal market of a single country may not be able to supply itself in terms of products, labour, capital and services. This is the main line of the competitiveness policy of the European Council and the EU for the internal market. In this context, incubators have emerged with the aim of supporting incubated SMEs. Incubators foster the emergence of innovative technology companies, as well as maintaining a vast infrastructure based on national and international cooperation networks. Incubators can also take on the role of intermediaries in the international co-operation process, and enable them to organize resources, strategies and address the short-term management failures of incubated SMEs, as well as boost business talent by complementing it with the necessary resources. However, international cooperation escapes the basic scope of business incubator services, as this strategy is part of the acceleration of business. Thus, the objective of this study was to understand the role of incubators, involved in international cooperation networks, in the process of internationalization of incubated SMEs. Thus, from an exploratory research, the method of multiple case studies was used, that is, three incubators (cases) were studied, two in Portugal and one in England. The interviews, the questionnaire and the documentary analysis were used as data collection techniques. From a descriptive and content analysis, the results of this study show that the objectives of these incubators are the development of local entrepreneurship through innovative projects; differentiating between them, by the positive impact, linked to socio-environmental criteria. All the incubators studied here have in common national and international networks, support services, business training, mentoring, selective admission of entrepreneurs and provision of facilities, business consulting, access to financing, and training aimed at the internationalization of incubated SMEs, as well as access to partner facilities and flexible incubation furthermore, as participation in international fairs and events. In this way, incubators reinforce entrepreneurial behaviour and create an environment of innovation and internationalization for their incubated SMEs. It was also possible to identify the main reasons that lead the surveyed SMEs seek for internationalization: Access to shared resources, skills and complementary knowledge; customer access; distribution channels; knowledge and domains of markets and rationalization of activities; sharing innovation and incorporating improvements and practice at various levels and access to suppliers. These activities are facilitated by incubators involved in international cooperation relations. More precisely, this study concluded that in fact incubators can facilitate the internationalization process of incubated SMEs. Some implications for theory and practice in this area of research are also presented in this paper, as well as some suggestions for future research.Franco, Mário José BaptistauBibliorumRodini, Arialba Carla Abrantes2020-03-03T17:06:35Z2018-06-292018-06-112018-06-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9698TID:202333752porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:56Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9698Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:47.948296Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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