Rotura do ligamento cruzado cranial: discussão de casos clínicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11571 |
Resumo: | A rotura do ligamento cruzado cranial no cão é uma das doenças ortopédicas mais abordadas no ramo da ortopedia veterinária, sendo a causa mais comum de claudicação do membro pélvico do cão e a causa mais frequente de osteoartrite da articulação do joelho nesta espécie. Com os grandes avanços científicos, muito se tem vindo a descobrir sobre a Doença do Ligamento Cruzado Cranial, de modo a diagnosticar a patologia num estado inicial e proceder ao tratamento mais indicado para cada animal. Detentora de um enorme impacto, quer a nível científico, quer a nível económico, a despeito dos diversos estudos e descobertas realizadas, é um tema atual com algumas lacunas ainda por desvendar. Na Medicina Veterinária desconhece-se a etiopatogenia exata da Doença do Ligamento Cruzado Cranial, sendo ainda um tema controverso, considerando tratar-se de uma patogenia multifatorial. Devido à elevada complexidade da articulação do joelho, é necessário realizar um bom exame físico e ortopédico, de modo a avaliar a estabilidade da articulação do joelho e proceder a um correto diagnóstico. O tratamento mais indicado é cirúrgico e estão descritas várias técnicas sendo compostas por três grandes grupos: técnicas intracapsulares, extracapsulares e técnicas de osteotomia da tíbia proximal. Ao contrário da Medicina Humana, na Medicina Veterinária não existe, até ao momento, uma técnica cirúrgica considerada Gold Standard, devido à incapacidade de as técnicas cirúrgicas atuais restaurarem a cinemática normal da articulação do joelho num cão com rotura do ligamento cruzado cranial, não havendo consenso científico e cirúrgico por parte da comunidade científica veterinária. Na maioria dos casos clínicos, ocorre lesão do menisco concomitante à Rotura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr), várias técnicas cirúrgicas projetadas para prevenir ou tratar a lesão meniscal também estão descritas; no entanto, ainda existe muita controvérsia nomeadamente na realização das técnicas cirúrgicas preventivas de libertação meniscal e na realização de meniscectomia, em vez de sutura meniscal como se realiza na Medicina Humana. No cômputo geral, o prognóstico após tratamento cirúrgico da Rotura do Ligamento Cruzado Cranial é favorável, dependendo se há presença ou não de lesão meniscal e doença articular degenerativa. O objetivo deste trabalho consiste numa revisão bibliográfica acerca dos importantes avanços e das recentes descobertas do LCCr e da importância da resolução cirúrgica da RLCCr no cão. Serão analisados e discutidos 10 casos clínicos de cães que apresentavam esta patologia e da sua resolução cirúrgica, a qual acompanhei e em que participei ativamente no Hospital Veterinário de Trás-os-Montes (HVTM) e no Hospital Veterinário Universitário de Coimbra (HVUC), sendo as técnicas utilizadas: TPLO; TTO e sutura fabelotibial lateral com fio de Nylon. |
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Na maioria dos casos clínicos, ocorre lesão do menisco concomitante à Rotura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr), várias técnicas cirúrgicas projetadas para prevenir ou tratar a lesão meniscal também estão descritas; no entanto, ainda existe muita controvérsia nomeadamente na realização das técnicas cirúrgicas preventivas de libertação meniscal e na realização de meniscectomia, em vez de sutura meniscal como se realiza na Medicina Humana. No cômputo geral, o prognóstico após tratamento cirúrgico da Rotura do Ligamento Cruzado Cranial é favorável, dependendo se há presença ou não de lesão meniscal e doença articular degenerativa. O objetivo deste trabalho consiste numa revisão bibliográfica acerca dos importantes avanços e das recentes descobertas do LCCr e da importância da resolução cirúrgica da RLCCr no cão. Serão analisados e discutidos 10 casos clínicos de cães que apresentavam esta patologia e da sua resolução cirúrgica, a qual acompanhei e em que participei ativamente no Hospital Veterinário de Trás-os-Montes (HVTM) e no Hospital Veterinário Universitário de Coimbra (HVUC), sendo as técnicas utilizadas: TPLO; TTO e sutura fabelotibial lateral com fio de Nylon.Cranial Cruciate Ligament Rupture in the dog is one of the most addressed orthopedic diseases in the veterinary field, being the most common cause of lameness of the pelvic limb and the most frequent cause of osteoarthritis of the knee joint. With the great scientific advances, much has been discovered about cranial cruciate ligament disease, in order to diagnose the pathology at an early stage and proceed with the most appropriate treatment for each animal. Although this topic has an enormous impact, both at a scientific and economic level, despite the various studies and discoveries made, it is still a topic with some gaps to fill. In veterinary medicine, the exact etiopathogenesis of cranial cruciate ligament disease ins still unknown, and it is still a controversial topic, considering its multifactorial pathogenesis. Due to the high complexity of the knee joint, it is necessary to perform a good physical and orthopedic examination, in order to assess the stability of the knee joint and proceed with a correct diagnosis. The surgical treatment is the most appropriate one, and several techniques are described, they can be divided in three large groups, intracapsular, extracapsular and proximal tibial osteotomy techniques. Contrary to Human Medicine, in veterinary practice there is no surgical technique considered Gold Standard, due to the inability of the current techniques to restore normal joint kinematics in a dog with rupture of the cranial cruciate ligament, so there is no scientific or surgical consensus in this matter in the veterinary community. In most clinical cases, meniscus injury occurs concurrent with cranial cruciate ligament rupture, several surgical techniques were designed to prevent or treat meniscal injury, however, there is still a lot of controversy in this topic, mainly in surgical techniques to free the menisci and the performance of meniscectomy, instead of suturing the menisci, as performed in Human Medicine. Overall, the prognosis after surgical treatment of cranial cruciate ligament rupture is favorable, depending on the presence or absence of meniscal injury and degenerative joint disease. This report is a bibliographic review about the important advances and recent discoveries of the LCCr and the Importance of the Surgical Treatment of the RLCCr in the dog. Ten clinical cases of dogs that presented this pathology, which I followed and participated actively durig my externship in Hospital Veterinário de Trás-os-Montes (HVTM) and in Hospital Veterinário Universitário de Coimbra (HVUC), and its surgical resolution will be analyzed and discussed. The techniques used were: TPLO; TTO and lateral fabelotibial suture with Nylon wire.2023-05-22T17:36:00Z2023-01-30T00:00:00Z2023-01-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11571porSousa, Alfredo da Costa einfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:52:11Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11571Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:24.075309Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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