Insónia em Idosos sob Resposta Social e seus Correlatos
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/523 |
Resumo: | Objetivo: Em Portugal poucos estudos abordam o sono e, em particular, a insónia em idosos, embora este processo tenha sofrido alterações marcantes com o envelhecimento e este seja um tema muito importante. São nossos objetivos: avaliar numa amostra de idosos sob resposta social, a prevalência dos diferentes sintomas de insónia e de insónia (sintomas e prejuízo diurno); analisar a associação entre grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e diferentes correlatos (e.g., prática de exercício físico, sintomas depressivos, défice cognitivo, ativação pré-sono, sestas, dores, entre outros). Método: 120 idosos (M = 77,7 anos; DP = 7,44) responderam a um questionário sociodemográfico, sobre saúde, sono e funcionalidade, ao Mini Mental State Examination e à Geriatric Depression Scale. Resultados: Verificou-se uma prevalência de 73,3% de insónia inicial, 75,8% de insónia intermédia e 73,3% de insónia terminal. Em 65% dos idosos as dificuldades em dormir afetavam a vida social/ocupacional e em 69,2% tinham impacto emocional; 62,5% referiu que aquelas dificuldades ocorriam mesmo tendo as condições adequadas para dormir. A maioria dos idosos sofria de insónia (55,0%) vs. 45% apenas apresentava sintomas de insónia (sem prejuízo diurno associado aos sintomas) ou era good sleeper (sem sintomas de insónia ou prejuízo associado). Uma percentagem elevada de idosos apresentou um problema de saúde (95,8%) e uma percentagem considerável apresentou défice cognitivo (57,5%). A maioria manifestou depressão ligeira (38,3%) ou moderada (38,3%). Os insones apresentaram um nível mais elevado de sintomas depressivos e um resultado mais baixo em termos de desempenho cognitivo vs. good sleepers + sintomas de insónia. Encontraram-se associações entre os grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e as variáveis “problema de saúde”, toma de medicamentos para dormir, agitação no corpo, aperto/tensão nos músculos, coração acelerado, prática de exercício físico, dores, pontuação total no GDS e no MMSE. Foram preditores do grupo de sono a que o idoso pertencia a sensação de agitação no corpo, a prática de atividade física, as dores e a pontuação no GDS. Conclusão: Numa amostra de idosos institucionalizados encontraram-se valores preocupantes de sintomas de insónia e de insónia, ainda que na maioria dos casos estes acontecessem em comorbilidade com problemas de saúde, como mostra a literatura. / Objective: Few studies in Portugal address sleep (and in particular insomnia) in elderly people, although sleep suffers significant modification with the ageing process and this is a very important topic. We aim to evaluate, in a sample of elderly people under social response: the prevalence of different insomnia symptoms and of insomnia (symptoms and daytime impairment); analyse the association between sleep groups (Insomniacs vs. Good Sleepers + Insomnia Symptoms) and different correlates (for instance, physical exercise practice; depressive symptoms; cognitive deficit; pre-sleep arousal; naps; pain; among others). Method: 120 elderly (M = 77,7 years; SD = 7,44) answered a sociodemographic questionnaire on health, sleep and functioning, the Mini Mental State Examination and the Geriatric Depression Scale. Results: A prevalence of 73,3% of initial insomnia, 75,8% of middle insomnia and 73,3% of terminal insomnia was observed. 65% of the elderly presenting sleeping difficulties had their social/working life affected and 69,2% referred emotional impact; 62,5% reported that those difficulties occurred even having adequate sleeping conditions. Most elderly suffered from insomnia (55,0%) vs. 45% who only presented insomnia symptoms (no daytime impairment associated to the symptoms) or was a good sleeper (no insomnia symptoms or associated impairment). A high percentage of elderly presented a health problem (95,8%) and a significant percentage presented cognitive deficit (57,5%). Most participants revealed light (38,3%) or moderate depression (38,3%). Insomniacs exhibited a higher level of depressive symptoms and a lower result in terms of cognitive performance vs. good sleepers + insomnia Symptoms. Associations were found between sleep groups (insomniacs vs. good sleepers + insomnia symptoms) and the variables “health problem”, sleep medication, psychomotor agitation (restlessness), muscle tightness/tension, accelerated heart beat, physical exercise practice, pain, GDS total score and MMSE total score. Physical agitation, physical exercise practice, pain and GDS score were predictors of the sleep group (the elderly belonged to). Conclusion: In a sample of institutionalized elderly worrying values of insomnia symptoms and insomnia were observed, although the majority of these cases occurred in comorbidity with health problems, as seen in the literature. |
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Resultados: Verificou-se uma prevalência de 73,3% de insónia inicial, 75,8% de insónia intermédia e 73,3% de insónia terminal. Em 65% dos idosos as dificuldades em dormir afetavam a vida social/ocupacional e em 69,2% tinham impacto emocional; 62,5% referiu que aquelas dificuldades ocorriam mesmo tendo as condições adequadas para dormir. A maioria dos idosos sofria de insónia (55,0%) vs. 45% apenas apresentava sintomas de insónia (sem prejuízo diurno associado aos sintomas) ou era good sleeper (sem sintomas de insónia ou prejuízo associado). Uma percentagem elevada de idosos apresentou um problema de saúde (95,8%) e uma percentagem considerável apresentou défice cognitivo (57,5%). A maioria manifestou depressão ligeira (38,3%) ou moderada (38,3%). Os insones apresentaram um nível mais elevado de sintomas depressivos e um resultado mais baixo em termos de desempenho cognitivo vs. good sleepers + sintomas de insónia. 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We aim to evaluate, in a sample of elderly people under social response: the prevalence of different insomnia symptoms and of insomnia (symptoms and daytime impairment); analyse the association between sleep groups (Insomniacs vs. Good Sleepers + Insomnia Symptoms) and different correlates (for instance, physical exercise practice; depressive symptoms; cognitive deficit; pre-sleep arousal; naps; pain; among others). Method: 120 elderly (M = 77,7 years; SD = 7,44) answered a sociodemographic questionnaire on health, sleep and functioning, the Mini Mental State Examination and the Geriatric Depression Scale. Results: A prevalence of 73,3% of initial insomnia, 75,8% of middle insomnia and 73,3% of terminal insomnia was observed. 65% of the elderly presenting sleeping difficulties had their social/working life affected and 69,2% referred emotional impact; 62,5% reported that those difficulties occurred even having adequate sleeping conditions. Most elderly suffered from insomnia (55,0%) vs. 45% who only presented insomnia symptoms (no daytime impairment associated to the symptoms) or was a good sleeper (no insomnia symptoms or associated impairment). A high percentage of elderly presented a health problem (95,8%) and a significant percentage presented cognitive deficit (57,5%). Most participants revealed light (38,3%) or moderate depression (38,3%). Insomniacs exhibited a higher level of depressive symptoms and a lower result in terms of cognitive performance vs. good sleepers + insomnia Symptoms. Associations were found between sleep groups (insomniacs vs. good sleepers + insomnia symptoms) and the variables “health problem”, sleep medication, psychomotor agitation (restlessness), muscle tightness/tension, accelerated heart beat, physical exercise practice, pain, GDS total score and MMSE total score. 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Conclusion: In a sample of institutionalized elderly worrying values of insomnia symptoms and insomnia were observed, although the majority of these cases occurred in comorbidity with health problems, as seen in the literature.ISMTRepositório ISMTTestas, Lília Naír OsórioMarques, Mariana (Orientadora)2016-05-05T15:10:54Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/523porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-14T13:55:23Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/523Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-14T13:55:23Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Objetivo: Em Portugal poucos estudos abordam o sono e, em particular, a insónia em idosos, embora este processo tenha sofrido alterações marcantes com o envelhecimento e este seja um tema muito importante. São nossos objetivos: avaliar numa amostra de idosos sob resposta social, a prevalência dos diferentes sintomas de insónia e de insónia (sintomas e prejuízo diurno); analisar a associação entre grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e diferentes correlatos (e.g., prática de exercício físico, sintomas depressivos, défice cognitivo, ativação pré-sono, sestas, dores, entre outros). Método: 120 idosos (M = 77,7 anos; DP = 7,44) responderam a um questionário sociodemográfico, sobre saúde, sono e funcionalidade, ao Mini Mental State Examination e à Geriatric Depression Scale. Resultados: Verificou-se uma prevalência de 73,3% de insónia inicial, 75,8% de insónia intermédia e 73,3% de insónia terminal. Em 65% dos idosos as dificuldades em dormir afetavam a vida social/ocupacional e em 69,2% tinham impacto emocional; 62,5% referiu que aquelas dificuldades ocorriam mesmo tendo as condições adequadas para dormir. A maioria dos idosos sofria de insónia (55,0%) vs. 45% apenas apresentava sintomas de insónia (sem prejuízo diurno associado aos sintomas) ou era good sleeper (sem sintomas de insónia ou prejuízo associado). Uma percentagem elevada de idosos apresentou um problema de saúde (95,8%) e uma percentagem considerável apresentou défice cognitivo (57,5%). A maioria manifestou depressão ligeira (38,3%) ou moderada (38,3%). Os insones apresentaram um nível mais elevado de sintomas depressivos e um resultado mais baixo em termos de desempenho cognitivo vs. good sleepers + sintomas de insónia. Encontraram-se associações entre os grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e as variáveis “problema de saúde”, toma de medicamentos para dormir, agitação no corpo, aperto/tensão nos músculos, coração acelerado, prática de exercício físico, dores, pontuação total no GDS e no MMSE. Foram preditores do grupo de sono a que o idoso pertencia a sensação de agitação no corpo, a prática de atividade física, as dores e a pontuação no GDS. Conclusão: Numa amostra de idosos institucionalizados encontraram-se valores preocupantes de sintomas de insónia e de insónia, ainda que na maioria dos casos estes acontecessem em comorbilidade com problemas de saúde, como mostra a literatura. / Objective: Few studies in Portugal address sleep (and in particular insomnia) in elderly people, although sleep suffers significant modification with the ageing process and this is a very important topic. We aim to evaluate, in a sample of elderly people under social response: the prevalence of different insomnia symptoms and of insomnia (symptoms and daytime impairment); analyse the association between sleep groups (Insomniacs vs. Good Sleepers + Insomnia Symptoms) and different correlates (for instance, physical exercise practice; depressive symptoms; cognitive deficit; pre-sleep arousal; naps; pain; among others). Method: 120 elderly (M = 77,7 years; SD = 7,44) answered a sociodemographic questionnaire on health, sleep and functioning, the Mini Mental State Examination and the Geriatric Depression Scale. Results: A prevalence of 73,3% of initial insomnia, 75,8% of middle insomnia and 73,3% of terminal insomnia was observed. 65% of the elderly presenting sleeping difficulties had their social/working life affected and 69,2% referred emotional impact; 62,5% reported that those difficulties occurred even having adequate sleeping conditions. Most elderly suffered from insomnia (55,0%) vs. 45% who only presented insomnia symptoms (no daytime impairment associated to the symptoms) or was a good sleeper (no insomnia symptoms or associated impairment). A high percentage of elderly presented a health problem (95,8%) and a significant percentage presented cognitive deficit (57,5%). Most participants revealed light (38,3%) or moderate depression (38,3%). Insomniacs exhibited a higher level of depressive symptoms and a lower result in terms of cognitive performance vs. good sleepers + insomnia Symptoms. Associations were found between sleep groups (insomniacs vs. good sleepers + insomnia symptoms) and the variables “health problem”, sleep medication, psychomotor agitation (restlessness), muscle tightness/tension, accelerated heart beat, physical exercise practice, pain, GDS total score and MMSE total score. Physical agitation, physical exercise practice, pain and GDS score were predictors of the sleep group (the elderly belonged to). Conclusion: In a sample of institutionalized elderly worrying values of insomnia symptoms and insomnia were observed, although the majority of these cases occurred in comorbidity with health problems, as seen in the literature. |
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