A transmissão do VHB, do VHC e do VIH aos profissionais de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/48051 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, área cientifica de Doenças Infecciosas, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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A transmissão do VHB, do VHC e do VIH aos profissionais de saúdeExposição ocupacionalDoenças infecciosasProfissões de saúdeDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina, área cientifica de Doenças Infecciosas, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA exposição a agentes patogénicos constituiu, desde sempre, um sério risco para os profissionais de saúde, contabilizando-se anualmente mais de 500 000 acidentes ocupacionais potencialmente infetantes. Embora alguns outros microrganismos possam estar envolvidos, são sobretudo três os que maiores preocupações condicionam em termos de proteção/profilaxia da infeção dos referidos profissionais: o vírus da hepatite B (VHB), o vírus da hepatite C (VHC) e o vírus da imunodeficiência humana (VIH). As principais vias de transmissão destes agentes são a via percutânea e o contacto com sangue contaminado. No entanto, estão igualmente relatados casos de transmissão através de outros materiais potencialmente infetantes (OMPI), que não o sangue, e através do atingimento de superfícies mucosas. O risco de transmissão de qualquer destes agentes varia de acordo com a influência de diversos fatores, alguns deles específicos de cada vírus. Estes fatores incluem: 1 - o material orgânico envolvido na exposição; 2 - a origem/natureza da exposição; 3 - o estado infecioso da fonte infetante; 4 - as caraterísticas do agente patogénico envolvido; 5 - os mecanismos de defesa/estado imunológico do profissional de saúde acidentado; 6 - a eficácia das medidas profiláticas pós-exposição. Epidemiologicamente, o VHC parece ser o agente vírico mais comummente implicado neste tipo de exposições acidentais, sendo a classe dos enfermeiros e dos cirurgiões as mais afetadas. Contudo, apenas uma pequena percentagem destes contatos resulta efetivamente em infeção do profissional acidentado. Em contrapartida, uma elevada percentagem dos casos de exposição ocupacional não é reportada às entidades competentes, nomeadas individualmente por cada estabelecimento de saúde. Para a redução do número de acidentes ocupacionais contribuiu, em larga escala, a implementação de diversas medidas preventivas, tais como as precauções padrão, as técnicas de controlo e segurança no trabalho, os dispositivos de segurança e a recomendação da vacinação anti-VHB de todos os profissionais de saúde. No seu conjunto, estas medidas possibilitaram uma prática clínica mais segura e consciente, tanto para o doente, como para o pessoal implicado nos cuidados de saúde. Como complemento desenvolveram-se as medidas profiláticas pós-exposição, que visam evitar a seroconversão do trabalhador acidentado. Contudo, enquanto que para o VHB e o VIH já existem tratamentos profiláticos pós-exposição específicos e com eficácia já comprovada, o mesmo não se verifica para o VHC. Neste sentido, e à luz dos conhecimentos atuais, procurámos analisar o risco atual para transmissão destes três agentes víricos aos profissionais de saúde, no exercício da sua atividade, bem como discutir os dados epidemiológicos até agora identificados, os fatores de risco envolvidos e as medidas preventivas/profiláticas já implementadas e/ou que deveriam ser também equacionadas, para que a prevalência dos casos de infeção pós-acidente ocupacional continue a diminuir.The exposure to patogenic agents has always posed a serious risk for health care workers, with more than 500 000 potentially infectious occupational accidents accountable per year. Although there had been identified many different microorganisms involved in these contacts, those that account for the most cases and that imply the biggest concern are: the hepatitis B virus (HBV), the hepatitis C virus (HCV) and the acquired immune-deficiency virus (HIV). They are mainly transmitted percutaneously and/or through the contact with contaminated blood, although there has also been reported some cases of transmission through other potentially infectious material (OPIM) and through a muco-cutaneous exposure. There are several parameters influencing the risk of transmission of these viruses, some of them specific to each virus. These parameters include: 1 - the organic material involved in the exposure; 2 - the nature of the exposure; 3 - the infectious state of the source; 4 - the specific characteristics of the virus involved; 5 - the affected health care worker defense mechanisms/ immunological state; 6 - the post-exposure measures efficacy. Epidemiologically, the HVC seems to be the most common agent involved in these occupational accidents, the same happening with the nurses and the surgeons, the most affected professional classes. However, only a small percentage of these exposures actually results in the infection of the health care worker, contrary to the high percentage of non-reported cases that occurs. The implementation of several preventive measures resulted in a reduction of the number of occupational accidents. These measures, that include: the standard precautions, new techniques of control and job security; security devices; and the vaccination against the HBV, allowed a more secure and conscious clinical practice for the health care worker, as well as the diseased person. We also assisted at a development of post-exposure prophylactic measures, which complemented the preventive ones, and intend to avoid the seroconversion of the affected health care worker. However, while there are current specific and adequate prophylactic treatments to HBV and HIV, with proven efficacy, the same cannot be said for HCV. With this article we intend to analyze the current risk of transmission of these three viruses to health care workers, during clinical practice, as well as to discuss the epidemiological data compiled until now, the risk factors involved in these exposures, and the preventive and prophylactic measures already implemented and that should be developed, so that the prevalence of these occupational accidents continues to reduce2013-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/48051http://hdl.handle.net/10316/48051porMartins, Ana Cristina Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:47Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/48051Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:01.843310Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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