Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/5419 |
Resumo: | Os citotóxicos constituem um grupo farmacoterapêutico que interfere por vários mecanismos de ação com o DNA, levando à destruição celular. Estes agentes terapêuticos são preparados diariamente em Unidades Hospitalares Portuguesas, e utilizados no tratamento de várias doenças, nomeadamente neoplasias. Dependendo do mecanismo de ação, estes fármacos podem ser agrupados em vários subgrupos: agentes alquilantes, antibióticos, antimetabolitos, geradores de radicais livres e inibidores mitóticos (Despacho nº 21 844/2004). Os agentes alquilantes interagem diretamente com o DNA de células tumorais; os antibióticos interferem com a transcrição de DNA; os antimetabolitos bloqueiam a síntese de DNA e RNA; os geradores de radicais livres produzem radicais livres reactivos que se ligam ao DNA e, finalmente, os inibidores mitóticos actuam no mecanismo mitótico necessário à cariocinese. Os fármacos antineoplásicos são cada vez mais utilizados quer na terapêutica de doenças malignas quer com intuitos profiláticos (terapêutica adjuvante) e num espetro crescente de patologia benigna (doenças autoimunes, doenças inflamatórias crónicas do foro gastroenterológico ou reumatológico, entre outras). Têm em comum o facto de poderem lesar o genoma celular (efeito genotóxico). Idealmente, deveriam afetar apenas as células neoplásicas; os fármacos disponíveis, no entanto, embora afetem preferencialmente as células malignas, são relativamente inespecíficos, afetando simultaneamente o genoma das células normais e condicionando assim efeitos adversos para a saúde quer dos doentes tratados quer dos profissionais de saúde a eles expostos. Neste contexto importa aprofundar o saber em 3 vertentes essenciais: a caracterização das exposições, os critérios de avaliação das repercussões sobre o organismo e os processos de organização dos programas preventivos. O estudo que se apresenta visou, assim, desenvolver conhecimento nas 3 vertentes assinaladas, designadamente, a exposição, a monitorização biológica e a programação da prevenção. Julgámos relevante o seu desenvolvimento face a dois grandes aspectos, designadamente a atualidade do estudo científico e a inexistência de estudos sobre esta realidade em hospitais portugueses. O estudo que se propôs pretendeu contribuir para a caracterização da exposição a citotóxicos num contexto profissional específico (salas limpas da Farmácia Hospitalar e Hospitais de Dia), identificando os fatores que a condicionam e os eventuais efeitos para a saúde dos trabalhadores decorrentes dessa exposição. |
id |
RCAP_f6ff7151c897beceb0766ce65a320738 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/5419 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesasSaúde ocupacionalPrevenção na saúdeRisco ocupacionalCondições de trabalhoAvaliação do riscoAvaliação da toxicidadeRisco biológicoRisco químicoMeio hospitalarProfissional de saúdeEquipamentos de protecção individualQuestionárioPortugalOs citotóxicos constituem um grupo farmacoterapêutico que interfere por vários mecanismos de ação com o DNA, levando à destruição celular. Estes agentes terapêuticos são preparados diariamente em Unidades Hospitalares Portuguesas, e utilizados no tratamento de várias doenças, nomeadamente neoplasias. Dependendo do mecanismo de ação, estes fármacos podem ser agrupados em vários subgrupos: agentes alquilantes, antibióticos, antimetabolitos, geradores de radicais livres e inibidores mitóticos (Despacho nº 21 844/2004). Os agentes alquilantes interagem diretamente com o DNA de células tumorais; os antibióticos interferem com a transcrição de DNA; os antimetabolitos bloqueiam a síntese de DNA e RNA; os geradores de radicais livres produzem radicais livres reactivos que se ligam ao DNA e, finalmente, os inibidores mitóticos actuam no mecanismo mitótico necessário à cariocinese. Os fármacos antineoplásicos são cada vez mais utilizados quer na terapêutica de doenças malignas quer com intuitos profiláticos (terapêutica adjuvante) e num espetro crescente de patologia benigna (doenças autoimunes, doenças inflamatórias crónicas do foro gastroenterológico ou reumatológico, entre outras). Têm em comum o facto de poderem lesar o genoma celular (efeito genotóxico). Idealmente, deveriam afetar apenas as células neoplásicas; os fármacos disponíveis, no entanto, embora afetem preferencialmente as células malignas, são relativamente inespecíficos, afetando simultaneamente o genoma das células normais e condicionando assim efeitos adversos para a saúde quer dos doentes tratados quer dos profissionais de saúde a eles expostos. Neste contexto importa aprofundar o saber em 3 vertentes essenciais: a caracterização das exposições, os critérios de avaliação das repercussões sobre o organismo e os processos de organização dos programas preventivos. O estudo que se apresenta visou, assim, desenvolver conhecimento nas 3 vertentes assinaladas, designadamente, a exposição, a monitorização biológica e a programação da prevenção. Julgámos relevante o seu desenvolvimento face a dois grandes aspectos, designadamente a atualidade do estudo científico e a inexistência de estudos sobre esta realidade em hospitais portugueses. O estudo que se propôs pretendeu contribuir para a caracterização da exposição a citotóxicos num contexto profissional específico (salas limpas da Farmácia Hospitalar e Hospitais de Dia), identificando os fatores que a condicionam e os eventuais efeitos para a saúde dos trabalhadores decorrentes dessa exposição.Autoridade para as Condições do TrabalhoRCIPLPrista, JoãoSuspiro, AlexandraVeiga, Ana CostaLadeira, CarinaNunes, CarlaPedro, João de AlmeidaGomes, MárioPádua, MárioBrito, MiguelGato, SaraViegas, Susana2015-12-23T23:00:34Z2015-022015-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/5419porVeiga A, Ladeira C, Gomes M, Pádua M, Brito M, Viegas S, et al. Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas. Lisboa: Autoridade para as Condições do Trabalho; 2015.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:48:46Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/5419Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:14:41.223070Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
title |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
spellingShingle |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas Prista, João Saúde ocupacional Prevenção na saúde Risco ocupacional Condições de trabalho Avaliação do risco Avaliação da toxicidade Risco biológico Risco químico Meio hospitalar Profissional de saúde Equipamentos de protecção individual Questionário Portugal |
title_short |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
title_full |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
title_fullStr |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
title_full_unstemmed |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
title_sort |
Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas |
author |
Prista, João |
author_facet |
Prista, João Suspiro, Alexandra Veiga, Ana Costa Ladeira, Carina Nunes, Carla Pedro, João de Almeida Gomes, Mário Pádua, Mário Brito, Miguel Gato, Sara Viegas, Susana |
author_role |
author |
author2 |
Suspiro, Alexandra Veiga, Ana Costa Ladeira, Carina Nunes, Carla Pedro, João de Almeida Gomes, Mário Pádua, Mário Brito, Miguel Gato, Sara Viegas, Susana |
author2_role |
author author author author author author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
RCIPL |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Prista, João Suspiro, Alexandra Veiga, Ana Costa Ladeira, Carina Nunes, Carla Pedro, João de Almeida Gomes, Mário Pádua, Mário Brito, Miguel Gato, Sara Viegas, Susana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Saúde ocupacional Prevenção na saúde Risco ocupacional Condições de trabalho Avaliação do risco Avaliação da toxicidade Risco biológico Risco químico Meio hospitalar Profissional de saúde Equipamentos de protecção individual Questionário Portugal |
topic |
Saúde ocupacional Prevenção na saúde Risco ocupacional Condições de trabalho Avaliação do risco Avaliação da toxicidade Risco biológico Risco químico Meio hospitalar Profissional de saúde Equipamentos de protecção individual Questionário Portugal |
description |
Os citotóxicos constituem um grupo farmacoterapêutico que interfere por vários mecanismos de ação com o DNA, levando à destruição celular. Estes agentes terapêuticos são preparados diariamente em Unidades Hospitalares Portuguesas, e utilizados no tratamento de várias doenças, nomeadamente neoplasias. Dependendo do mecanismo de ação, estes fármacos podem ser agrupados em vários subgrupos: agentes alquilantes, antibióticos, antimetabolitos, geradores de radicais livres e inibidores mitóticos (Despacho nº 21 844/2004). Os agentes alquilantes interagem diretamente com o DNA de células tumorais; os antibióticos interferem com a transcrição de DNA; os antimetabolitos bloqueiam a síntese de DNA e RNA; os geradores de radicais livres produzem radicais livres reactivos que se ligam ao DNA e, finalmente, os inibidores mitóticos actuam no mecanismo mitótico necessário à cariocinese. Os fármacos antineoplásicos são cada vez mais utilizados quer na terapêutica de doenças malignas quer com intuitos profiláticos (terapêutica adjuvante) e num espetro crescente de patologia benigna (doenças autoimunes, doenças inflamatórias crónicas do foro gastroenterológico ou reumatológico, entre outras). Têm em comum o facto de poderem lesar o genoma celular (efeito genotóxico). Idealmente, deveriam afetar apenas as células neoplásicas; os fármacos disponíveis, no entanto, embora afetem preferencialmente as células malignas, são relativamente inespecíficos, afetando simultaneamente o genoma das células normais e condicionando assim efeitos adversos para a saúde quer dos doentes tratados quer dos profissionais de saúde a eles expostos. Neste contexto importa aprofundar o saber em 3 vertentes essenciais: a caracterização das exposições, os critérios de avaliação das repercussões sobre o organismo e os processos de organização dos programas preventivos. O estudo que se apresenta visou, assim, desenvolver conhecimento nas 3 vertentes assinaladas, designadamente, a exposição, a monitorização biológica e a programação da prevenção. Julgámos relevante o seu desenvolvimento face a dois grandes aspectos, designadamente a atualidade do estudo científico e a inexistência de estudos sobre esta realidade em hospitais portugueses. O estudo que se propôs pretendeu contribuir para a caracterização da exposição a citotóxicos num contexto profissional específico (salas limpas da Farmácia Hospitalar e Hospitais de Dia), identificando os fatores que a condicionam e os eventuais efeitos para a saúde dos trabalhadores decorrentes dessa exposição. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-12-23T23:00:34Z 2015-02 2015-02-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/book |
format |
book |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.21/5419 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.21/5419 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Veiga A, Ladeira C, Gomes M, Pádua M, Brito M, Viegas S, et al. Exposição profissional a citostáticos: caracterização da exposição em unidades hospitalares portuguesas. Lisboa: Autoridade para as Condições do Trabalho; 2015. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Autoridade para as Condições do Trabalho |
publisher.none.fl_str_mv |
Autoridade para as Condições do Trabalho |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133405499097088 |