Relação entre a imunidade passiva e a ocorrência de diarreia neonatal e doença respiratória em vitelos neonatos

• Autor(a) principal: Costa, Pedro Maria dos Santos A. Telhada da
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/12677
• topic: MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA; MEDICINA VETERINÁRIA; VETERINÁRIA; BOVÍDEOS; SISTEMA IMUNITÁRIO; DOENÇAS; COLOSTRO; VETERINARY MEDICINE; BOVIDS; IMMUNE SYSTEM; DISEASES; COLOSTRUM

A ingestão de um colostro de boa qualidade desempenha um papel fundamental em assegurar o sucesso da transferência imunitária passiva em vitelos neonatos, sendo que, a qualidade do colostro será definida pelo seu teor de imunoglobulinas e outros compostos. O presente estudo teve como objetivo determinar o estado imunitário em vitelas de aptidão leiteira após a ingestão de dois tipos de colostro: um de qualidade controlada (concentração de IgG do colostro conhecida na altura da alimentação) fornecido ao grupo I, e outro de qualidade não controlada (concentração de IgG do colostro desconhecida na altura da alimentação) fornecido ao grupo II. O estado imunitário foi determinado através da análise sérica de brix com recurso a um refratómetro digital e atribuída a classificação de falha ou sucesso na transferência imunitária de acordo com os valores medidos. Posteriormente, relacionou-se a classificação imunitária com a ocorrência e severidade da diarreia neonatal ou da doença respiratória. Foi realizada a monitorização da saúde dos 2 grupos de vitelas ao longo das primeiras 4 semanas de vida, avaliando os seguintes parâmetros: temperatura rectal, estado de hidratação, globo ocular, auscultação pulmonar, classificação respiratória, descarga nasal e consistência fecal. Verificou-se que no grupo I, 74% da amostra apresentou sucesso enquanto os restantes 27% obteve falha, já no grupo II, 100% da amostra apresentou falha na transferência imunitária. A ocorrência de alterações clínicas foi significativamente diferente (p<0.05) entre os grupos, com uma maior probabilidade de desenvolver menos alterações clínicas no grupo I. Apesar de não ter sido estabelecida a relação entre o estado imunitário e as alterações clínicas detetadas em todas as semanas do estudo, os dados da terceira semana indicam que a relação entre as variáveis foi significante (p<0.05) nesta semana. Foi ainda possível observar que em casos de falha ocorrem mais alterações clínicas, indicando um maior grau de severidade da doença. Ainda, na primeira semana do estudo foi determinada uma relação significante (p<0.05) no grupo I entre as variáveis qualidade do colostro e a severidade da doença. A prevalência de falha detetada neste estudo foi superior no grupo II enquanto a prevalência de sucesso foi superior no grupo I.