Metodologias de combate a incêndios florestais, baseadas na modelação da programação

• Autor(a) principal: Matias, Ana
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/42569
• topic: Incêndios Florestais; Métodos de Combate, Estratégia, Despacho de meios, Modelação Computacional

O combate aos incêndios florestais tem sido efetuado no nosso país, com base em protocolos e normas de operacionais permanentes que definem o despacho de meios, a metodologia da intervenção e o modo como atuar, com base em conhecimentos fundamentados na experiência e no que se verificava ser adequado em cada situação, nomeadamente em função do tempo de duração das ocorrências ou em função de condições meteorológicas adversas. Nos últimos tempos, as alterações climáticas vieram expor o património e as populações do nosso país a eventos extremos que têm condicionado de forma muito negativa o combate e a extinção de incêndios florestais. De facto, as vagas de calor, a reduzida humidade do ar, os ventos ciclónicos e a acumulação sucessiva de combustível que se tem associado aos incêndios, fizeram deles, o centro de atenções de 2017, em dois complexos mega-incêndios que correram o mundo como exemplos trágicos de devastação. Estes acontecimentos vieram provar que não é possível continuar a combater os incêndios da mesma forma. A gestão dos meios aéreos, a utilização de mão de obra para trabalho sapador, mesmo durante o evento dos incêndios, a abertura de aceiros com máquinas de rasto durante o combate, têm de passar a ser vistos de forma diferente. Neste trabalho, pretende-se apoiar uma metodologia de combate a incêndios, englobando todos estes aspetos, que serão estudados com base em software de simulação de propagação de incêndio FlamMap. Neste software, serão utilizados modelos digitais do terreno, modelos de combustíveis e dados meteorológicos como temperatura, humidade do ar, intensidades e direções de vento, para que, com base na evolução do incêndio se possa em tempo real, decidir pela melhor estratégia de combate e consequentemente os métodos de supressão a aplicar. O resultado esperado, será uma melhoria da prevenção e combate aos incêndios florestais, e a integração destes softwares como ferramentas de apoio à decisão, apurando a sua aplicação perante a evolução de um incêndio florestal, em contexto real.