Investigação clínica no internato: a realidade da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Natacha
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Sarabando,Rita, Borges,Ana Catarina, Correia,Cátia, Nogueira-Silva,Cristina, Reis,Isabel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302020000400217
Resumo: Resumo Introdução: A investigação clínica (IC) é essencial para a formação médica, além de requisito obrigatório do currículo de Ginecologia e Obstetrícia (GO). Contudo, a literatura acerca da atitude dos internos portugueses relativamente à IC é escassa. O objetivo deste estudo foi avaliar obstáculos e incentivos à IC no internato de GO em Portugal. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com realização de um questionário, anónimo, aos internos portugueses de GO, avaliando dados demográficos, experiência e perceções acerca dos obstáculos e incentivos à IC. Resultados: Dos 65 (25,5%) internos que responderam ao questionário, 90,8% eram mulheres. Destes, 58,5% provinham de hospital central e 41,5% de periférico. Todas as regiões do país e anos de internato estiveram representados. A maioria respondeu que: o seu hospital não disponibilizava centro de bioestatística de apoio (66,2%), mas que esta medida seria importante (96,9%), e não oferecia formação em bioestatística (93,8%). A maioria dos centros (81,5%) tem uma reunião científica semanal e 9,2% referiu ter mais que duas. Na análise da perspetiva relativamente à IC, 80% considerava uma experiência positiva, contudo que o ambiente do seu serviço não a promovia (60%). Os obstáculos à investigação mais apontados foram: tempo disponível insuficiente, falta de apoio em bioestatística e dificuldade no acesso aos registos clínicos. A formação num hospital central associou-se significativamente a disponibilização de apoio em bioestatística (p=0,03), maior número de artigos publicados (p=0,001) e de reuniões científicas (p=0,006). Discussão e Conclusão: O conhecimento dos fatores que influenciam a motivação dos internos relativamente à investigação é fulcral para a implementação de medidas de otimização da produção científica.
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