Endoscopia versus cirurgia na remoção de corpos estranhos esofágicos e gástricos em animais de companhia: análise de casos clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Ana Patrícia Maciel Moreira de Campos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11523
Resumo: Os corpos estranhos esofágicos e gástricos são frequentemente diagnosticados em clínica de animais de companhia e podem resultar em quadros clínicos distintos, dependendo da natureza e da localização dos corpos estranhos, assim como da extensão da obstrução e do tempo ocorrido desde a ingestão. A maior parte dos corpos estranhos esofágicos e gástricos são passíveis de remoção endoscópica, evitando os riscos associados a um procedimento cirúrgico. A cirurgia envolve um período de convalescença inevitável, traduzindo-se num maior custo financeiro, tempo de hospitalização e mais frequentemente está associada a complicações relativamente à endoscopia e a um pior prognóstico. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica acerca da abordagem ao animal com corpos estranhos esofágicos e/ou gástricos, e comparar os métodos de remoção endoscópica e cirúrgica de corpos estranhos esofágicos e gástricos quanto à duração de hospitalização e complicações associadas a cada um dos métodos. Para tal, foram avaliados retrospetivamente os registos médicos de cães e gatos com diagnóstico de corpo estranho esofágico e/ou gástrico recebidos no Hospital Referência Veterinária Montenegro entre outubro de 2020 e março de 2021, e confrontados com a bibliografia existente. Neste trabalho, a taxa de complicações associada à endoscopia foi 3,5%, enquanto a taxa de complicações associada à cirurgia foi de 33,3%. Nos animais em que a remoção foi feita por endoscopia apresentaram a duração de hospitalização variou entre 2 e 39 horas, enquanto em animais com remoção do corpo estranho por gastrotomia a duração de hospitalização variou entre 23 e 168 horas. Os resultados obtidos demonstram que a endoscopia é, em conclusão, um procedimento que oferece várias vantagens relativamente à cirurgia, traduzindo-se num menor tempo de hospitalização e ainda num menor desenvolvimento de complicações.
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