A vida depois da morte de uma baleia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/38593 |
Resumo: | As baleias são os maiores mamíferos do planeta, do passado e do presente, e ninguém dúvida que são criaturas extraordinárias. Quando uma baleia morre, algo igualmente extraordinário começa. Uma carcaça de baleia que chegue ao fundo oceânico vai servir de base a um diverso e complexo ecossistema. Mais de 400 espécies já foram identificadas, 30 das quais endémicas. Visitas regulares com submersíveis permitiram identificar uma sucessão de três fases de colonização caracterizadas por comunidades biológicas diferentes. Enquanto a primeira fase é dominada por necrófagos e a segunda por oportunistas, na terceira fase os altos níveis de compostos de enxofre e gorduras resultantes da decomposição da matéria orgânica permitem o desenvolvimento de comunidades quimiossintéticas únicas, mas ao mesmo tempo relacionadas com as comunidades características das fontes hidrotermais e das fontes frias. A intensa actividade baleeira dos séculos XIX e XX que dizimou populações inteiras de baleias pode igualmente ter tido um forte impacto nestas comunidades que, segundo o registo fóssil, existem há pelo menos 30 milhões de anos. |
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