Traumatismo renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Sofia Rosa Moura Gomes da
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/15950
Resumo: Introdução: A realização deste trabalho visa a elaboração de uma revisão sistematizada subordinada à temática da traumatologia renal. Objectivos: Os principais objectivos deste trabalho são: apurar a etiologia, definir a classificação, analisar o diagnóstico e expôr o tratamento e as complicações. Desenvolvimento: Os traumatismos são a principal causa de morte antes dos 40 anos. O rim é o órgão do aparelho génito-urinário mais frequentemente atingido. Os traumatismos renais são mais frequentes no sexo masculino e nos jovens. Os traumatismos podem ser classificados quanto ao mecanismo em abertos e fechados. Os traumatismos fechados são responsáveis pela maioria das lesões e são essencialmente devido a acidentes de viação, quedas e desportos de contacto. Os traumatismos abertos são mais frequentes em meios urbanos e na sua maioria são causados por arma branca e arma de fogo. As lesões renais abertas tendem a ser mais severas e menos previsíveis. Das lesões renais abertas as causadas por arma de fogo causam maior destruição tecidual e devem ser consideradas como contaminadas. A classificação actualmente mais utilizada é a escala de severidade lesional da American Association for the Surgery of Trauma, que apresenta relação conhecida com a mortalidade e necessidade de exploração renal. O diagnóstico deve ser baseado numa história clínica cuidadosa, devendo interrogar sobre possíveis indicadores de lesão renal e um exame físico diligente procurando sinais de hematúria, dor, equimose, massa e distensão abdominal e fractura de costelas. Apesar de ser o sinal mais frequente, a hematúria, não apresenta relação estreita com a severidade da lesão. A tomografia axial computorizada é o exame de eleição na avaliação do doente com traumatismo renal, desde que hemodinamicamente estável. A angiografia é útil na determinação de lesões vasculares assim como, nalguns casos, no seu tratamento através de embolização. As lesões renais de baixo grau devem ser tratadas conservadoramente, desde que devidamente estadiadas. Existe um apoio crescente da literatura emergente para a realização de tratamento conservador das lesões de alto grau, sempre que possível. Algumas das complicações associadas ao traumatismo renal são: hemorragia secundária, urinoma, fístula arterio-venosa, pseudoaneurisma, abcesso peri-renal, hidronefrose, hipertensão e insuficiência renal. Conclusão: A tendência em prol do tratamento conservador tem-se verificado nas últimas décadas. Face a tal o médico tem de estar ciente e munido das ferramentas adequadas que lhe permitam com segurança adoptar esta estratégia.
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