Experiências de vitimação na infância e práticas parentais atuais: O papel mediador da ansiedade e depressão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Inês Sofia Botelho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/21485
Resumo: As experiências de vitimação durante a infância têm sido associadas a diversas consequências negativas para o ajustamento das crianças e jovens, sendo que, algumas destas consequências, podem perdurar ao longo da idade adulta. Neste caso, as experiências de vitimação têm sido associadas tanto aos problemas de saúde mental, nomeadamente a depressão e ansiedade, como às práticas parentais menos ajustadas. No entanto, o papel mediador da saúde mental não tem sido explorado de forma sistemática. Assim, este estudo pretende explorar a relação entre as experiências de vitimação na infância e as práticas parentais atuais (rejeição, suporte emocional, tentativa de controlo) e, especificamente, explorar o papel mediador da depressão e ansiedade nesta relação. Neste estudo participaram um total de 257 mães, com idades compreendidas entre os 26 e os 54 anos (M = 38.73; DP = 5.116). Foi-lhes pedido o preenchimento de um conjunto de questionários que englobava o Questionário de Vitimação Juvenil (JVQ), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) e o EMBU-P. Os resultados revelam efeitos totais não significativos entre a vitimação e a parentalidade, não obstante, foi obtido um efeito indireto significativo da psicopatologia nesta relação. Mais especificamente, concluiu-se que as experiências de vitimação estão associadas a níveis mais elevados de depressão na idade adulta que, por sua vez, estão associados a mais comportamentos parentais de rejeição. Estes resultados sugerem que mães com história de vitimação durante a infância podem beneficiar de intervenções que promovam estratégias de regulação emocional adaptativas, assim como que reduzam a sintomatologia e promovam as suas competências parentais.
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