O destino e a ação divina: uma abordagem à literatura suméria e acádica (III e II milénios a.C.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Rebeca Alves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/141004
Resumo: O presente estudo versa sobre a conceção de destino na Mesopotâmia. A noção de que as divindades, ora individualmente ora em conjunto, decretavam os destinos sobre todo o Cosmos é um motivo comum por toda a literatura suméria e acádica. O destino, como um conceito de amplo uso, remetia à função e ao propósito de tudo o que existia, era também a própria essência de «tempo de vida», marcando, de igual modo, o derradeiro momento de uma existência: a morte. Segundo os mesopotâmios, a outorga de destinos ainda se comprovava na vivência próspera ou na infelicidade experienciada pelos indivíduos e pelas suas cidades. Sob este ângulo, o destino era interpretado como uma recompensa divina por um bom ou um mau serviço oferecido à esfera celeste. Ao longo da dissertação é realizada uma análise sobre a forma como os antigos mesopotâmios dependiam dos seus deuses para os mais variados aspetos da vida. É também traçado um panorama das múltiplas incidências do destino no quadro metafísico desta sociedade. Propomos refletir sobre como os destinos foram um mecanismo pelo qual os deuses mantiveram o controlo ordenado do universo, assumindo, por esse intermédio, uma agência total sobre a sua própria criação.
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