Modelação numérica (FEFLOW) e contaminação por intrusão salina do sistema aquífero Mio-Pliocénico do Tejo, na frente ribeirinha do Barreiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zeferino, Joel Filipe Correia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/19143
Resumo: O município do Barreiro é autossustentável no abastecimento de água, que extrai exclusivamente de captações subterrâneas. As necessidades hídricas para consumo humano, indústria e agricultura são correspondidas com recurso à elevada disponibilidade do sistema aquífero da Bacia do Tejo-Sado. Neste concelho, existe conexão hidráulica entre o aquífero e as águas do Tejo, estando este sujeito a fenómenos de intrusão salina na frente ribeirinha. A sobre-exploração agrava o problema e aumenta a vulnerabilidade, constituindo uma forte ameaça à sustentabilidade hídrica da região. A área em estudo, intervencionada por obras hidráulicas e pressupondo o alargamento do Porto de Lisboa, poderá sofrer alterações no equilíbrio químico e hidrodinâmico do meio subterrâneo e substanciais avanços na cunha salina. O aquífero Mio-Pliocénico, no setor norte do Barreiro, é um sistema multicamada complexo, constituído, essencialmente por um aquífero superficial livre e outro confinado mais profundo, separados por um aquitardo. A exploração incide principalmente no aquífero confinado, nos níveis detríticos com carbonatos do Miocénico Marinho. Os níveis piezométricos neste aquífero estão rebaixados em relação ao estuário, em consequência dos caudais extraídos na frente ribeirinha para abastecimento do complexo industrial. O regime de exploração intensivo promove drenância vertical no sentido descendente, transferindo-se águas de menor qualidade para o aquífero confinado. O modelo numérico de fluxo subterrâneo desenvolvido para a frente ribeirinha revela uma forte zona de depressão no aquífero confinado, donde grande parte dos volumes captados deriva das camadas subjacentes ao estuário do Tejo, ainda que confinadas por níveis menos permeáveis. As linhas de fluxo regressivas calculadas para as captações F88 e F97 comprovam esta origem. As simulações efetuadas pelo FEFLOW mostram ligeiros cones de rebaixamento localizados no aquífero livre e inversão no sentido natural da drenância, dos níveis superiores para o aquífero confinado, agravando a elevada vulnerabilidade do sistema à intrusão salina reconhecida neste local.
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