Proveniência geológica dos esteios de antas no Freixo-Redondo e em Monforte, Centro-Sul de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro, Jorge
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Moita, Patricia, Almeida, Luis, Boaventura, Rui, Nogueira, Pedro
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/17031
Resumo: O projeto geoarqueológico MEGAGEO relaciona a distribuição de antas com os seus materiais de construção e a paisagem geológica, nas áreas do Freixo-Redondo e em Monforte. Estas áreas apresentam contextos geológicos que permitem uma abordagem interdisciplinar de caracterização e proveniência de megálitos. A área do Freixo-Redondo é constituída por rochas metamórficas (gnaisses, micaxistos, filitos e metagrauvaques), que são intruídas pelo maciço ígneo do Redondo [2]. Este, corresponde a um corpo granodiorítico, com uma pequena intrusão de gabro/diorito e frequentes encraves de rochas encaixantes. As antas estão preferencialmente implantadas no substrato granodiorítico, em torno da intrusão de gabro/diorito, ou nos gnaisses encaixantes e são essencialmente constituídas por granodioritos. Destacam-se deste contexto as antas de Godinhos e Candeira, que se localizam mais a norte, na auréola de metamorfismo (gnaisses, xistos porfiroclásticos, micaxistos e granitos moscovíticos) e que são essencialmente constituídas por rochas metamórficas. A área de Monforte é caracterizada pelo granito de Monforte, que corresponde a um granito rosa de grão médio a grosseiro, que intrui e metamorfiza por contacto o encaixante formado por gneisses, metapelitos, anfibolitos, rochas carbonatadas e calcossilicatadas [1]. As antas estão implantadas quer no granito quer no encaixante e são constituídas por granito, gnaisses, rochas carbonatadas e corneanas calcossilicatadas. Em ambas as áreas foram recolhidos dados de natureza arqueológica e realizados levantamentos de campo, envolvendo a caracterização dos esteios e dos prováveis afloramentos de proveniência. Após recolha de amostras representativas dos esteios e dos prováveis afloramentos de proveniência, realizou-se análise petrográfica pelos métodos convencionais de microscopia de luz polarizada e análises semi-quantitativas por SEM-EDS. Por último, foi efetuada a caracterização geoquímica de todas as amostras envolvendo análises geoquímicas elementares (ICP-MS). Os resultados obtidos, permitiram de um modo geral relacionar esteios com os afloramentos selecionados e confirmar a proveniência dos esteios. Para a região do Freixo-Redondo obtiveram-se, em média, distâncias menores aos afloramentos quando comparado com a região de Monforte.
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