Emergency endoscopy in upper digestive tract hemorrhage: a persistent controversy.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3787 |
Resumo: | A endoscopia de urgência têm-se revelado uma técnica de grande rigor no diagnóstico da causa e local da hemorragia em doentes com H.D.A., claramente superior à radiologia convencional. Daí que a endoscopia tivesse passado a ser considerada um método indispensável na avaliação e tratamento destes doentes, com a convicção de que o diagnóstico precoce e correcto da causa da lesão sangrante conduzisse a diminuição da mortalidade e morbilidade. Todavia, em nenhum dos 8 estudos prospectivos e controlados surgidos na literatura sobre o valor da endoscopia na H.D.A., foi possível demonstrar que esta técnica tivesse alterado significativamente a mortalidade e morbilidade destes doentes. Apesar de tudo, não há dúvida de que a endoscopia é susceptível de, em certos casos, particularmente em situações que requerem terapêutica específica (doentes com rotura de varizes esofágicas ou submetidos a cirurgia), modificar a nossa atitude clínica e ser eventualmente útil, muito embora, em termos globais, esses benefícios não tivessem sido cabalmente demonstrados. Isto pode ser devido ao facto deste sub-grupo de doentes, que poderia beneficiar da endoscopia, ser um pequeno número quando comparado com o grande grupo de doentes no qual a endoscopia não e seguida de terapêutica específica. É possível que, em qualquer estudo, seja difícil obter, para este subgrupo de doentes, resultados com significado estatístico. Estes ensaios controlados são ainda objecto de outras criticas, discutidas no texto. Apesar de não ter sido ainda possível demonstrar que a endoscopia de urgência é benéfica para a globalidade dos doentes com H.D.A. todos estão de acordo em que há dois grupos de doentes em que a endoscopia está formalmente indicada: os doentes com sinais de doença hepática crónica e os doentes nos quais a hemorragia continua ou recorre. No grande grupo de doentes em que a hemorragia pára espontaneamente, a controvérsia persiste. |
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