Lisboa nos anos de 1778 segundo o Diário de William Beckford
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/94868 |
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Lisboa nos anos de 1778 segundo o Diário de William BeckfordImaginabilidadeWilliam Beckfordliteratura de viagemCidadeLisboaUID/PAM/00417/2019William Beckford (1760-1844) é uma personalidade fascinante da cultura inglesa na transição do século XVIII para o século XIX, celebrizado pelo modo como exibia a sua imensa riqueza, pelo escândalo provocado pela sua denunciada homossexualidade, mas também pelas obras literárias que escreveu, particularmente Vatheck, onde manifesta a atracção e o gosto pelo exotismo orientalista, característico da estética romântica. Este homem extraordinário - que, na infância, tocou piano com Mozart, foi aluno do arquitecto William Chambers e do pintor Alexandre Cozens – aportou a Lisboa, em 1787, interrompendo uma viagem apenas começada que o devia ter conduzido à Jamaica onde residia o essencial da riqueza da família. Durante esta primeira estadia, entre 1787 e 1788, Beckford manteve um diário que publicou parcialmente, com consideráveis alterações, quase no final da vida (Italy; with Sketches of Spain and Portugal, 1834). Em 1954, Boyd Alexander, o seu mais importante biógrafo, publicou The Journal of William Beckford in Portugal and Spain, 1787-88, divulgando, pela primeira vez a fonte de onde os Sketches foram retirados. Neste trabalho, utilizarei a tradução portuguesa do referido Journal (realizada por João Gaspar Simões e revista para a 2ª edição de 1983) para detectar a imagem de Lisboa que ele nos propõe. Surpreendentemente, Beckford parece não ter compreendido a reconstrução de Lisboa depois do Terramoto a que, aliás, nunca se refere. Para ele, a alma da cidade é arcaica, simultaneamente fradesca e mourisca, exprimindo-se no brilho cenográfico das igrejas, onde vai ouvir música, ou nos interiores dos palácios, onde os rituais de vida são marcados por uma proximidade chocante entre senhores e serviçais. A aproximação a Lisboa, através de um texto eminentemente literário tem os seus riscos. No entanto, dispõe de ampla bibliografia que usarei com liberdade. Cite-se, por exemplo, a obra clássica de Kevin Linch, A imagem da cidade de 1960, nomeadamente conceito de “imaginabilidade” como determinante da apreensão e fruição do espaço público. Outra obra fundamental, para a mesma questão, é a reflexão de Bruno Zevi, no artigo “L’Urbanisme” da Encyclopédie Universalis, 1968, que estruturou em conjunto com Françoise Choay. Nestes, e noutros textos fundadores, detecto uma coincidência desafiante entre a “alma” e a “imagem” das cidades históricas, como é o caso de Lisboa. Beckford captou-as com eficácia, utilizando para isso dois poderosos instrumentos: a vista e a escrita, articuladas com falante energia.Instituto de História da Arte (IHA)Departamento de História da Arte (DHA)RUNSilva, Raquel Henriques da2020-03-23T23:26:20Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article14application/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/94868por2526-2963PURE: 17159347https://doi.org/10.24978/mod.v3i2.4202info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:42:50Zoai:run.unl.pt:10362/94868Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:38:07.375077Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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