Psychological, social and economic burden of covid-19: a comparison of polish and Portuguese young adults

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraczek, Sylwia
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18899
Resumo: Background The Covid 19 pandemic outbreak has affected the entire community, and its effects relate not only to physical health but also to mental health, social relations, and the economic situation of the population all over the world. Purpose This research aims at studying the mental health, economic situation and social relations among Polish and Portuguese young adults before and during the Covid-19 pandemic. The present study also sought to assess the health-related quality of life (HRQoL) among Polish and Portuguese young adults before and during the Covid-19 pandemic. Method A sample of young adults (aged 18-29) coming from Poland (n= 330) and Portugal (n= 189) filled in an online questionnaire composed of the EQ-5D-5L, some chosen questions from the SHARE Covid-19 survey and sociodemographic characteristics such as gender, age, marital status, labour status and residence. The Mann-Whitney U test and the Ch-square test for qualitative variables were used to show differences between Poles and Portuguese. In addition, Student's t-test for independent samples was applied for quantitative variables. Results Almost two years since the beginning of the pandemic, Polish and Portuguese young adults reported a lower level of HRQoL in comparison to the times before the outbreak of Covid-19. Both before and during the pandemic, the Polish respondents rated their HRQoL higher than respondents from Portugal. Polish young adults rated their social and economic situation and mental health lower than their Portuguese peers. Conclusion The results indicate what factors are contributing to the worsening of the general living situation of the respondents and show that governments and health authorities should, in addition to the medical consequences of the virus, take the necessary measures to mitigate the long term consequences of the virus, as well as paying special attention to the group of young adults who, in this uncertain time, are trying to make the most important decisions for their development.
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Method A sample of young adults (aged 18-29) coming from Poland (n= 330) and Portugal (n= 189) filled in an online questionnaire composed of the EQ-5D-5L, some chosen questions from the SHARE Covid-19 survey and sociodemographic characteristics such as gender, age, marital status, labour status and residence. The Mann-Whitney U test and the Ch-square test for qualitative variables were used to show differences between Poles and Portuguese. In addition, Student's t-test for independent samples was applied for quantitative variables. Results Almost two years since the beginning of the pandemic, Polish and Portuguese young adults reported a lower level of HRQoL in comparison to the times before the outbreak of Covid-19. Both before and during the pandemic, the Polish respondents rated their HRQoL higher than respondents from Portugal. Polish young adults rated their social and economic situation and mental health lower than their Portuguese peers. Conclusion The results indicate what factors are contributing to the worsening of the general living situation of the respondents and show that governments and health authorities should, in addition to the medical consequences of the virus, take the necessary measures to mitigate the long term consequences of the virus, as well as paying special attention to the group of young adults who, in this uncertain time, are trying to make the most important decisions for their development.Contexto A Covid-19 tem perturbado a sociedade em muitas áreas. Teve um impacto negativo na saúde e vida humanas e tornou o acesso aos cuidados médicos mais difícil. A necessidade de isolamento social reduziu o contacto interpessoal e aumentou a intensidade das emoções negativas e a incidência de doenças mentais. Além disso, a pandemia destabilizou a economia mundial e contribuiu para a crise económica em muitos países. Há necessidade de mais investigação sobre a situação psicológica, social e económica relacionada com a Covid-19 e a atenuação dos seus efeitos negativos. Embora já existam alguns estudos em Portugal e na Polónia sobre estas não existem estudos que incidam sobre estes dois países e os comparem. Além disso, por conhecimento dos autores, não há nenhum estudo que se concentre nos jovens destes dois países. Objectivo Esta investigação visa estudar a saúde mental, a situação económica e as relações sociais entre jovens adultos polacos e portugueses antes e durante a pandemia de Covid-19. O presente estudo pretende também avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde (HRQoL) entre jovens adultos polacos e portugueses antes e durante a pandemia de Covid-19. Método O Questionário EQ-5D-5L foi utilizado para conduzir a investigação, que visava investigar a medição da qualidade de vida dos polacos e portugueses. Além disso, o estudo utilizou perguntas do questionário SHARE-COVID19 para verificar a situação económica, as relações sociais e a saúde mental dos inquiridos. O questionário foi criado em duas versões - polaco e português. Cada versão tinha as mesmas perguntas e a mesma estrutura. No início do questionário, os participantes foram informados de que ao preencher o questionário consentiam na sua participação no estudo. O questionário continha 4 secções - HRQoL, Saúde Mental, Relações Sociais, e Situação Económica. A versão de 5 níveis EQ-5D (EQ-5D-5L) foi utilizada para medir a HRQoL. Os dados obtidos com o questionário EQ-5D-5L permitem comparar os estados de saúde dos inquiridos com a avaliação da qualidade de vida da população em geral. As secções 2, 3 e 4 do questionário basearam-se no questionário SHARE-COVID19. A última parte do questionário centrou-se em aspectos sociodemográficos, tais como sexo, idade, estado civil, situação laboral e residência O estudo foi realizado em Janeiro e Fevereiro de 2022, entre polacos e portugueses, com idades compreendidas entre os 18-29 anos, utilizando amostras de bola de neve. Como a investigação teve lugar durante a pandemia de Covid-19, os questionários foram distribuídos aos inquiridos electronicamente utilizando o formulário Google, através de redes sociais. As respostas obtidas às perguntas do inquérito foram introduzidas no programa estatístico SPSS da IBM, versão 26. A análise foi realizada com base nos dados recolhidos a partir dos questionários acima mencionados. No estudo foram utilizadas estatísticas descritivas para as variáveis quantitativas dadas - média, desvio padrão, valores mínimos e máximos e enviesamento. O teste Mann-Whitney U e o teste Ch-square para variáveis qualitativas foram utilizados para investigar a existência de diferenças entre polacos e portugueses. Além disso, o teste t de Student para amostras independentes foi aplicado para variáveis quantitativas. Para apresentar diferenças estatisticamente significativas, foi assumido um nível de significância de p<0,05. Resultados O estudo envolveu 519 inquiridos de 18-29 anos (com uma idade média de 25,27 anos), incluindo 330 da Polónia e 189 de Portugal. Entre os sujeitos, havia 225 (43,4%) mulheres polacas e 117 (22,5%) mulheres portuguesas. Havia menos homens - 105 (20,2%) polacos e 72 (13,9%) portugueses. É de notar que o grupo mais numeroso era constituído por pessoas solteiras - 180 (34,7%) dos inquiridos de origem polaca e 125 (24,1%) de origem portuguesa. 133 (25,6%) dos polacos e 55 (10,6%) dos portugueses eram casados ou em parceria civil. A maioria dos inquiridos estava empregada. Entre eles, havia 238 (45,9%) inquiridos de origem polaca e 103 (19,8%) de origem portuguesa. Entre os inquiridos, a maioria dos polacos vivia em áreas metropolitanas (23,1%), enquanto que os portugueses viviam em grandes cidades (14,1%). Em geral, entre os inquiridos, havia 342 mulheres (65,9%) e 177 homens (34,1%). A maioria dos inquiridos tinha o estatuto de donzela ou solteiro - 305 pessoas (58,8%). Além disso, 341 inquiridos (65,7%) estavam empregados. O local de residência mais frequentemente declarado era uma metrópole (174; 33,5%) e uma grande cidade (141; 27,2%). Resultados revelam que quase dois anos desde o início da pandemia de adultos jovens polacos e portugueses relataram um nível mais baixo de HRQoL em comparação com os tempos antes do surto de Covid-19. As pontuações do índice EQ-5D-5L mostram que tanto antes como durante a pandemia, os inquiridos polacos classificaram a sua HRQoL mais alta do que os inquiridos de Portugal. É de notar que tanto polacos como portugueses durante a pandemia sentiram níveis mais elevados de ansiedade e depressão, bem como de dor e desconforto em comparação com o tempo antes da pandemia. Ao comparar a saúde mental, é evidente que a pandemia afectou os hábitos de sono dos jovens adultos polacos mais do que os portugueses. São também os polacos que se sentem mais solitários, mas isto também era perceptível antes da pandemia. Este resultado parece estar relacionado com as relações sociais - os polacos eram menos propensos do que os portugueses a realizar as suas actividades diárias, tais como ir às compras ou passear. Como era de esperar dado o público-alvo - 59,7% de todos os inquiridos não estavam empregados na altura do surto. É notável que embora a maioria dos inquiridos polacos não tenha reduzido o seu horário de trabalho, a situação económica das famílias polacas deteriorou-se. No entanto, a maioria dos polacos está bem financeiramente e não se queixam do estado do seu orçamento familiar durante a COVID-19, mas a pandemia esgotou parte dele. Conclusão Devido às restrições recorrentes e à crescente incerteza, os jovens adultos portugueses e polacos estão em maior risco de depressão e ansiedade. O objectivo do estudo era acompanhar as mudanças que ocorreram durante a pandemia a diferentes níveis entre os jovens adultos em dois países europeus. Os resultados podem indicar quais os factores que estão a contribuir para o agravamento da situação geral de vida dos respondentes e mostrar que os governos e as autoridades sanitárias devem, para além das consequências médicas do vírus, tomar as medidas necessárias para mitigar as consequências a longo prazo do vírus, bem como prestar especial atenção ao grupo de jovens adultos que, neste tempo de incerteza, estão a tentar tomar as decisões mais importantes para o seu desenvolvimento.Ferreira, Lara NSapientiaFraczek, Sylwia2023-01-23T16:46:55Z2022-07-192022-07-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/18899TID:203143485enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:31:16Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/18899Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:08:36.443412Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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