Otomicose : uma revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neto, Maria Inês Dinis
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/43294
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2019
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spelling Otomicose : uma revisãoOtomicoseOtite externa fúngicaOtorrinolaringologiaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2019O termo otomicose é principalmente utilizado para descrever infecções fúngicas não invasivas do ouvido externo, sendo que estas representam 9% a 30% dos casos de otite externa. É uma patologia com distribuição mundial, com prevalência superior em regiões tropicais. Embora as espécies fúngicas mais comuns variem de acordo com a localização geográfica e o clima, a literatura é praticamente unânime ao considerar Aspergillus niger o agente patogénico mais frequente, seguido por Candida albicans. Geralmente, esta condição é unilateral, afecta predominantemente mulheres e tem maior incidência na terceira década de vida. Os principais factores de risco são i) humidade e calor, sendo que o risco é cinco vezes superior em nadadores; ii) presença de corpos estranhos no ouvido; iii) inoculação traumática; iv) ausência de cerúmen; v) alterações da imunidade e doenças de pele sistémicas; vi) procedimentos otológicos prévios; e vii) tratamento prolongado com antibioterapia de largo espectro ou esteróides. Quanto ao diagnóstico, este é baseado na história clínica, exame objectivo, achados da otoscopia, exame microscópico directo e exame cultural. Em pacientes imunocompetentes desenvolvem-se geralmente infecções superficiais, sendo que os principais sintomas são prurido, otalgia, sensação de plenitude auricular, hipoacusia, otorreia e acufenos. No exame objectivo é comum encontrar inflamação e descamação do CAE, congestão da membrana timpânica, massas de detritos contendo hifas, otorreia e sensibilidade tragal. Por outro lado, pacientes imunocomprometidos podem desenvolver formas invasivas de infecção fúngica. No respeitante ao tratamento, em pacientes com infeções superficiais este é baseado na limpeza cuidada do ouvido e aplicação de antifúngicos tópicos, existindo boa resposta terapêutica na maioria dos pacientes. Existem inúmeras classes de antimicóticos, sendo que o clotrimazol é o agente mais utilizado devido à sua eficácia e ausência de ototoxicidade. Por último, o prognóstico é favorável em doentes imunocompetentes, existindo, no entanto, uma elevada probabilidade de recorrência.The term otomycosis is mainly used to describe non-invasive fungal infections of the external ear. It represents 9% to 30% of all otitis externa cases and has a worldwide distribution with higher prevalence in tropical areas. Although the most common fungal species varies according to geographical location and climate, the literature is almost unanimous in considering Aspergillus niger the most frequent agent, followed by Candida albicans. Usually it is a unilateral infection that affects more females than males and has higher incidence in the third decade of life. The main predisposing factors are i) exposure to moisture and warmth, with a five times higher risk of infection in swimmers; ii) foreign bodies in the ear canal; iii) traumatic inoculation; iv) absence of cerumen; v) immunity changes of the host and systemic skin diseases; vi) previous ear surgery; and vii) long-term treatment with broad-spectrum antibiotics or steroids. As for the diagnosis, it is based on the clinical history, physical exam, otoscopy findings, direct microscopy and cultural exam. Immunocompetent patients usually develop superficial, non-invasive infections in which the main symptoms are itching, ear pain, aural fullness, hearing loss, ear discharge and tinnitus. On physical examination, it’s common to find inflammation and superficial epithelial exfoliation, congestion of the tympanic membrane, masses of debris containing hyphae, suppuration and tragal tenderness. On the other hand, immunocompromised patients can develop invasive fungal infections. Regarding the treatment, in patients with superficial infections it is based in a thorough cleansing of the ear and topical antifungal medications which most patients respond well to. There are several antimycotic classes and clotrimazole is the most used antifungal due to its efficacy and lack of ototoxicity. At last, the prognosis is good in immunocompetent patients. However, there is a high recurrence rate.Simão, Marco António Alveirinho CabritaRepositório da Universidade de LisboaNeto, Maria Inês Dinis2020-05-04T14:42:03Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/43294TID:202415910porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:43:40Zoai:repositorio.ul.pt:10451/43294Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:56:07.747923Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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