Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro-Ferreira,Ricardo
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Dias,Paulo Gonçalves, Sampaio,Sérgio Moreira, Rolim,Dalila, Teixeira,José Fernando
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007
Resumo: Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladei- ro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno. Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica trans- porte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior. Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neuro- vascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abor- dagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT.
id RCAP_f9ef13d5d2a89e03719a7988a621f425
oai_identifier_str oai:scielo:S1646-706X2017000400007
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbridaSíndrome do Desfiladeiro TorácicoAneurisma da Artéria SubcláviaAbordagem HíbridaIntrodução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladei- ro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno. Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica trans- porte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior. Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neuro- vascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abor- dagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT.Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular2017-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporttext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007Angiologia e Cirurgia Vascular v.13 n.4 2017reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007Castro-Ferreira,RicardoDias,Paulo GonçalvesSampaio,Sérgio MoreiraRolim,DalilaTeixeira,José Fernandoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:22:48Zoai:scielo:S1646-706X2017000400007Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:29:21.128429Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
title Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
spellingShingle Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
Castro-Ferreira,Ricardo
Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Aneurisma da Artéria Subclávia
Abordagem Híbrida
title_short Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
title_full Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
title_fullStr Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
title_full_unstemmed Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
title_sort Síndrome do desfiladeiro torácico complicada por duplo aneurisma subclávio: uma abordagem híbrida
author Castro-Ferreira,Ricardo
author_facet Castro-Ferreira,Ricardo
Dias,Paulo Gonçalves
Sampaio,Sérgio Moreira
Rolim,Dalila
Teixeira,José Fernando
author_role author
author2 Dias,Paulo Gonçalves
Sampaio,Sérgio Moreira
Rolim,Dalila
Teixeira,José Fernando
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro-Ferreira,Ricardo
Dias,Paulo Gonçalves
Sampaio,Sérgio Moreira
Rolim,Dalila
Teixeira,José Fernando
dc.subject.por.fl_str_mv Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Aneurisma da Artéria Subclávia
Abordagem Híbrida
topic Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Aneurisma da Artéria Subclávia
Abordagem Híbrida
description Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladei- ro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno. Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica trans- porte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior. Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neuro- vascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abor- dagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-12-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/report
format report
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2017000400007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
dc.source.none.fl_str_mv Angiologia e Cirurgia Vascular v.13 n.4 2017
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137361025564672