Escapar à conjura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/162851 |
Resumo: | Admitindo que enquanto organização do viver em sociedade a política é por condição limitada à prossecução de uma finalidade – a igualdade na incomensurabilidade – para a qual não se pode apresentar qualquer modelo, o que implica sempre movimentos de invenção e por conseguinte um cálculo das consequências que, não podendo ser total, está em permanente alteração, importa pensar a literatura fora desse movimento, isto é, fora de qualquer imposição ou subordinação à política (concretizável como apologia, contestação, exemplaridade) e, embora admitindo as suas implicações políticas, sempre indirectas, compreender como elas não podem ser apresentadas enquanto tais. É pois como imperativo de afirmação do incomensurável que a relação entre literatura e política coloca cada uma delas como anterior à outra e sua condição, tal como o homem é condição do social e o social condição do homem. Uma organização “social” que conduzisse ao fim da literatura seria já des-humana. |
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