Programas de arquitectura militar quinhentista em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo. Italianos, italianização e intervenções até ao século XVIII : a ermida de S. João Batista na fortaleza do Monte Brasil
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/369 |
Resumo: | [...] Assim, mais clara aparece a construção quinhentista de S. Brás, de Ponta Delgada. Iniciada, como se admitiu, depois de 1560 e antes de 1567, porventura sob risco de Isidoro de Almeida, teve plano reformulado enviado em Fevereiro de 1569, cuja autoria não pode deixar de reconhecer-se caber ao engenheiro italiano Tommaso Benedetto, segundo planta de modelo abaluartado de matriz italiana maneirista: a partir de um quadrado desenvolve-se com baluarte poligonal em cada vértice, mas sem orelhões de ligação às cortinas inclinadas e revestidas de silharia (Figs. 3, 3a e 3b). Neles, o cordão abaulado marca a separação das ameias e merlões de fendas estreitas no interior (Fig. 4). Edificação da época sebástica, que antecede de pouco o início da fortaleza de S. João da Foz (1570 ou 71), afirma-se distinta do esquema de transição representado por S. Julião da Barra, sua quase contemporânea, porque na via de actualização tipológica definida, a partir de 1539, pela ampliação determinada para o forte de Santa Bárbara de Pistoia. Elaborada por Giovanni d’Alessio d’Antonio (c.1490-1546), com oficina em Florença e mais conhecido por Nanni Unghero, a obra foi dirigida por Giovanni Battista Bellucci e teve intervenção de Buontalenti, em 1571, no grande baluarte que lhe foi adicionado. Comparando a planta de Pistoia, segundo o desenho de 1749 (Fig. 5), com a de S. Brás, são evidentes as semelhanças de composição planimétrica e de escala, para a função defensiva, acordada com a evolução da tratadística toscana dos princípios do século XVI. [...] |
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Programas de arquitectura militar quinhentista em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo. Italianos, italianização e intervenções até ao século XVIII : a ermida de S. João Batista na fortaleza do Monte BrasilArquitectura militarAngra do Heroísmo (Açores)Ponta Delgada (Açores)[...] Assim, mais clara aparece a construção quinhentista de S. Brás, de Ponta Delgada. Iniciada, como se admitiu, depois de 1560 e antes de 1567, porventura sob risco de Isidoro de Almeida, teve plano reformulado enviado em Fevereiro de 1569, cuja autoria não pode deixar de reconhecer-se caber ao engenheiro italiano Tommaso Benedetto, segundo planta de modelo abaluartado de matriz italiana maneirista: a partir de um quadrado desenvolve-se com baluarte poligonal em cada vértice, mas sem orelhões de ligação às cortinas inclinadas e revestidas de silharia (Figs. 3, 3a e 3b). Neles, o cordão abaulado marca a separação das ameias e merlões de fendas estreitas no interior (Fig. 4). Edificação da época sebástica, que antecede de pouco o início da fortaleza de S. João da Foz (1570 ou 71), afirma-se distinta do esquema de transição representado por S. Julião da Barra, sua quase contemporânea, porque na via de actualização tipológica definida, a partir de 1539, pela ampliação determinada para o forte de Santa Bárbara de Pistoia. Elaborada por Giovanni d’Alessio d’Antonio (c.1490-1546), com oficina em Florença e mais conhecido por Nanni Unghero, a obra foi dirigida por Giovanni Battista Bellucci e teve intervenção de Buontalenti, em 1571, no grande baluarte que lhe foi adicionado. Comparando a planta de Pistoia, segundo o desenho de 1749 (Fig. 5), com a de S. Brás, são evidentes as semelhanças de composição planimétrica e de escala, para a função defensiva, acordada com a evolução da tratadística toscana dos princípios do século XVI. [...]Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresSousa, Nestor de2009-10-20T15:15:52Z20022002-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/369por"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 6 (2002): 53-2240871-7664info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:27:33Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/369Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:23:19.725423Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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