ANÁLISE DA OFERTA DE ALIMENTOS FORTIFICADOS EM MICRONUTRIENTES EM PORTUGAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Ana Pimenta
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Correia2-4,Daniela, Carvalho,Catarina, Lopes,Carla, Gomes,Ana Maria, Torres,Duarte
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-59852022000200010
Resumo: RESUMO INTRODUÇÃO: A fortificação é o processo de adição de nutrientes aos alimentos e tem vindo a ser utilizada para combater a deficiência em micronutrientes em populações. Em Portugal, a fortificação de alimentos é voluntária, não existindo estudos que avaliem o seu impacto quer na ingestão, quer nas prevalências de inadequação de micronutrientes. Para isso, é necessário conhecer-se a oferta de alimentos fortificados em micronutrientes. OBJETIVOS: Identificar e caracterizar a oferta nacional de alimentos fortificados em micronutrientes através da análise de uma base de dados de rótulos alimentares recolhidos no âmbito do IAN-AF 2015-2016. METODOLOGIA: A base de dados utilizada integra informações sobre todos os alimentos que foram consumidos pelos participantes do IAN-AF 2015-2016, juntamente com informações obtidas através dos rótulos dos alimentos relatados como consumidos. Os alimentos fortificados em micronutrientes foram identificados pela presença de quaisquer micronutrientes que podem ser adicionados aos alimentos de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1170/2009. O estudo compreendeu a análise de 5704 rótulos pertencentes a 12 grupos de alimentos do IAN-AF 2015-2016. RESULTADOS: Foram identificados 911 alimentos fortificados em micronutrientes. A maior proporção de alimentos fortificados em micronutrientes foi encontrada no grupo Cereais, derivados e tubérculos (43%), seguido por Bolachas, bolos e doces (15%), Produtos lácteos (14%), Bebidas não alcoólicas (11%), Substitutos de leite e produtos lácteos (10%) e Óleos e gorduras (7%). O número de micronutrientes adicionados variou de 1 a 17, com 37% dos produtos fortificados com um ou dois micronutrientes e os restantes 63% com, pelo menos, três. As vitaminas B2 (49%), B6 (45%), B3 (44%), B9 (43%), D (42%), B1 (37%) e B12 (35%) e os minerais ferro (45%) e cálcio (37%) são os micronutrientes mais usados para fortificar alimentos. CONCLUSÕES: Aproximadamente 16% dos alimentos reportados como consumidos pelos participantes do IAN-AF 2015-2016 são alimentos fortificados em micronutrientes. Este estudo é o primeiro passo para se investigar a contribuição do consumo de alimentos fortificados em micronutrientes para a ingestão habitual de micronutrientes pela população portuguesa ou subgrupos específicos, a sua adequação e os potenciais riscos de ingestão excessiva.
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