Surdez Infantil – a realidade de uma Unidade de Surdos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batalha, Silvia
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Manuel Zarcos, Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4433
Resumo: Introdução: A surdez, congénita ou adquirida na infância, sem uma intervenção precoce e adequada, resulta em défices permanentes a nível da linguagem, cognição e interacção social. As Unidades de Surdos (US) são instituições públicas que apoiam crianças surdas facultando-lhes vários tipos de apoio. Objectivos: Determinar o tempo que decorreu entre a suspeita de surdez, o diagnóstico e a intervenção terapêutica. Avaliar de que forma os apoios recebidos na US influenciaram o desenvolvimento destas crianças. Material e Métodos: Revisão casuística de 29 crianças/adolescentes surdos que frequentavam a US no ano lectivo 2007/08. Resultados: A mediana de idades foi de 9 anos, variando entre 4 e 20 anos, 72% eram do sexo masculino. Existiam factores de risco para surdez em 79% dos casos. A idade média da suspeita de surdez foi aos 17 meses, a da primeira observação por otorrinolaringologista aos 26 meses, a do diagnóstico aos 32 meses e a da intervenção terapêutica aos 33 meses. Usavam dispositivos auditivos 26 crianças/adolescentes, 21 dos quais por surdez grave ou profunda. A idade média de referenciação à US foi aos 5 anos. Todos os pais referem melhoria significativa da linguagem após o inicio do apoio na US e 82% referem melhoria concomitante no desempenho escolar. Conclusões: A suspeita de surdez, a confirmação do diagnóstico e a intervenção terapêutica foram tardias na generalidade dos casos. O apoio recebido na US permitiu, segundo a opinião dos pais, melhorar o desenvolvimento destas crianças.
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