Avaliação do comprimento do colo uterino das grávidas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pintor, Inês Fontes Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8344
Resumo: INTRODUÇÃO: o encurtamento do colo uterino pode estar associado a vários fatores maternos. A definição de colo curto é muito variável, mas têm sido aceites valores abaixo de 25mm; a medição deverá ser efetuada por ecografia transvaginal, o método com mais aceitação científica. Dentro dos desfechos prováveis associados ao colo curto na gravidez, aquele que tem mais destaque pela sua prevalência e morbimortalidade é o parto pré-termo. OBJETIVOS: compreender a realidade do Centro Hospitalar Cova da Beira no que concerne à problemática do colo curto na gravidez, fatores que condicionam o encurtamento ou que o previnem, a sua relação com o parto pré-termo e comparar os métodos para a medição do colo, confirmando a vantagem do transvaginal. METODOLOGIA: estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas que tiveram parto com um nado-vivo, nascido entre 1 de julho de 2013 e 30 de junho de 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira. RESULTADOS: a amostra é constituída por um grupo de estudo (118 casos: 17 no grupo de alto risco; 101 no grupo de médio risco) e um grupo de controlo/baixo risco (21 elementos). No grupo de alto risco, a maioria das grávidas era multípara, pertencia ao grupo etário mais elevado e ao grupo de peso mais baixo; Apesar de nenhum resultado ser estatisticamente significativo, fatores como mioma, streptococcus do grupo B, infeção do trato urinário, diabetes gestacional e prematuridade prévia tiveram maior percentagem no grupo de baixo risco; a via mais utilizada para a cervicometria foi a transabdominal (60.4%), mas a maioria (64.7%) dos casos de alto risco foram detetados por via transvaginal. A progesterona foi utilizada em 9 grávidas do grupo de médio risco e 9 do grupo de alto risco; dentro do grupo de médio risco, as grávidas tratadas não tiveram os desfechos adversos estudados, ao contrário das não tratadas. CONCLUSÃO: para diminuir a ocorrência de vieses, deve incentivar-se os trabalhos futuros a: serem elaborados como estudo prospetivo ou mediante questionário; que a amostra seja mais abrangente; utilizar como base para retirada de dados as grávidas que realizaram ecografia e não os nados-vivos. Este estudo não permite tirar conclusões à cerca dos fatores que influenciam o cérvix na população estudada; ainda assim, alerta para a necessidade de continuar a realizar o rastreio do colo curto e a tratar os casos de alto risco com progesterona por via vaginal, para evitar o parto prematuro.
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OBJETIVOS: compreender a realidade do Centro Hospitalar Cova da Beira no que concerne à problemática do colo curto na gravidez, fatores que condicionam o encurtamento ou que o previnem, a sua relação com o parto pré-termo e comparar os métodos para a medição do colo, confirmando a vantagem do transvaginal. METODOLOGIA: estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas que tiveram parto com um nado-vivo, nascido entre 1 de julho de 2013 e 30 de junho de 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira. RESULTADOS: a amostra é constituída por um grupo de estudo (118 casos: 17 no grupo de alto risco; 101 no grupo de médio risco) e um grupo de controlo/baixo risco (21 elementos). No grupo de alto risco, a maioria das grávidas era multípara, pertencia ao grupo etário mais elevado e ao grupo de peso mais baixo; Apesar de nenhum resultado ser estatisticamente significativo, fatores como mioma, streptococcus do grupo B, infeção do trato urinário, diabetes gestacional e prematuridade prévia tiveram maior percentagem no grupo de baixo risco; a via mais utilizada para a cervicometria foi a transabdominal (60.4%), mas a maioria (64.7%) dos casos de alto risco foram detetados por via transvaginal. A progesterona foi utilizada em 9 grávidas do grupo de médio risco e 9 do grupo de alto risco; dentro do grupo de médio risco, as grávidas tratadas não tiveram os desfechos adversos estudados, ao contrário das não tratadas. CONCLUSÃO: para diminuir a ocorrência de vieses, deve incentivar-se os trabalhos futuros a: serem elaborados como estudo prospetivo ou mediante questionário; que a amostra seja mais abrangente; utilizar como base para retirada de dados as grávidas que realizaram ecografia e não os nados-vivos. Este estudo não permite tirar conclusões à cerca dos fatores que influenciam o cérvix na população estudada; ainda assim, alerta para a necessidade de continuar a realizar o rastreio do colo curto e a tratar os casos de alto risco com progesterona por via vaginal, para evitar o parto prematuro.INTRODUCTION: cervical shortening may be associated with several maternal factors. The definition of a short cervix is very variable, but values above 25mm have been accepted; the measurement should be performed by transvaginal ultrasound, the method with the most scientific acceptance. Among the probable outcomes associated with the short cervix during pregnancy, the one that stands out the most, for its prevalence and morbimortality is preterm delivery. OBJECTIVES: to understand the reality of Centro Hospitalar Cova da Beira in relation to the short cervix during pregnancy, factors that may cause the shortening or prevent it, its relation with the preterm birth and also compare the methods for the cervicometry, confirming the advantage of transvaginal ultrasound. METHODS: an observational, analytical and retrospective study was carried out, whose data were collected from the files of pregnant women whose who had a live birth, born between July 1, 2013 and June 30, 2016 at Centro Hospitalar Cova da Beira. RESULTS: the sample consisted of a study group (with 118 cases: 17 in the high-risk group; 101 in the medium-risk group) and a control/low-risk group (21 cases). In the high-risk group, the majority of pregnant women were multiparous, belonged to the highest age group and the lowest weight group; although the lack of statistical significance in the results, factors like myoma, group B streptococcus, urinary tract infection, gestational diabetes and previous prematurity, had the highest percentage in the high risk group; for ultrasound cervicometry, most (60.4%) of the cases were measured with transabdominal route, but most (64.7%) of the high-risk cases were detected by the transvaginal route. Progesterone was used in 9 pregnant women in the medium-risk group and 9 in the high-risk group; within the medium risk group, treated pregnant women did not have the studied outcomes, unlike untreated women. CONCLUSION: In order to reduce the occurrence of bias, future studies should be encouraged to: be prospective or the data collection to be through a questionnaire; to ensuring that the sample used is larger; use a basis for data collection based on the pregnant women who performed ultrasound and not on the live births. This study does not allow to draw conclusions about the factors that influence the cervix in the study population; but still warns for the need to continue to perform the screening of the short cervix and to treat high-risk cases with vaginal progesterone, in order to prevent preterm birth.Meyer, Fernanda Taliberti PeretoOliveira, José António Martinez Souto deuBibliorumPintor, Inês Fontes Almeida2020-01-15T17:06:11Z2018-04-262018-02-162018-04-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8344TID:202362442porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:17Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8344Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:41.918357Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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