Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prestes, Afonso Costa Lucas
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/6808
Resumo: Tese de Doutoramento, Ciências Biológicas, 23 de junho de 2022, Universidade dos Açores.
id RCAP_fb63e3fc30323b092dc8fa4ebfa2a2a3
oai_identifier_str oai:repositorio.uac.pt:10400.3/6808
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos AçoresMacroalgasAsparagopsis armataAsparagopsis taxiformisHalopteris scopariaHerbivoriaNativeAlterações ClimáticasAlga InvasoraCiências BiológicasTese de Doutoramento, Ciências Biológicas, 23 de junho de 2022, Universidade dos Açores.As invasões biológicas ocorrem quando uma determinada espécie chega a um local fora de sua área natural de distribuição, expande‐se e passa a ser dominante, constituindo populações autossustentáveis. Quando a espécie ameaça a diversidade biológica do local onde se deu a sua chegada, diz‐se que se trata de uma espécie invasora. A taxa de sucesso da chegada e fixação de novas introduções está dependente de vários vetores, estando o aumento das invasões marinhas registado nas últimas décadas maioritariamente relacionado com o aumento do transporte comercial marítimo e a expansão da aquacultura marinha, actividades que têm contribuído sobremaneira para a transferência de espécies entre diferentes áreas e regiões geográficas. Os processos que facilitam ou inibem a taxa de sucesso das invasão marinhas, bem como a previsão do seu potencial impacte tanto ao nível ecológico, como comercial, são ainda pouco compreendidos. Não obstante, o aumento registado no número de espécies invasoras associado às alterações climáticas é apontado como uma das principais ameaças aos sistemas costeiros, com repercurssões difíceis de prever ao nível da estrutura e funcionamento das comunidades marinhas. Este estudo teve como objectivo investigar o potencial impacte da alga não nativa Asparagopsis armata nos Açores, prever processos de facilitem ou limitem a sua distribuição bem como prever o efeito expectável do aquecimento dos oceanos no seu metabolismo. Neste âmbito, desenvolveram‐se as seguintes tarefas: (1) avaliação das alterações ocorridas a longo prazo nas comunidades algais do litoral da ilha de São Miguel, comparando a estrutura atual com a de há vinte anos; (2) avaliação do potencial efeito das áreas marinhas protegidas nos padrões de distribuição da comunidade algal com enfoque nas espécies A. armata e A. taxiformis; (3) investigação do potencial efeito de macroherbívoros marinhos (ourços e peixes) na comunidade algal de pouca profundidade com enfoque na distribuição de A. armata; (4) comparação da fauna associada a A. armata, A. taxiformis e uma espécie nativa abundante nos Açores, Halopteris scoparia; e (5) avaliação da variação da produtividade e parâmetros fotossintéticos de Asparagopsis spp. e Falkenbergia sp. a diferentes temperaturas. A análise comparativa da estrutura das comunidades algais entre os dados históricos (≈20 anos) e os dados atuais revelou diferenças significativas e consistentes tanto ao nível da composição como da estrutura das comunidades algais, salientando‐se o decréscimo substancial e generalizado na abundância da maior parte dos grupos de algas, entre as quais A. armata. Foi detetado um efeito positivo das Áreas Marinhas Protegidas (AMP) na diversidade das comunidades algais, embora não se tenha registado qualquer efeito ao nível da alga invasora A. armata. O estudo da herbivoria na distribuição de A. armata foi limitado, tendo a experiência sido afetada pela existência de artefactos relacionados com a manipulação experimental que impossibilitaram uma clara interpretação dos resultados. A comparação do biota associado às três espécies de macroalgas examinadas revelou que a alga nativa H. scoparia suporta abundâncias inferiores, mas números de taxa maiores ou semelhantes aos associados às invasoras A. armata e A. taxiformis. Ou seja, H. scoparia revelou suportar uma maior densidade de espécies de macrofauna associada do que o género Asparagopsis. A resposta ao nível da produtividade e dos parâmetros fotossintéticos entre os três taxa testados (A. armata, A. taxiformis e Falkenbergia sp.) foi variável para as diferentes temperaturas testadas. De uma forma geral, os resultados revelaram a elevada adaptabilidade de A. taxiformis a variações no intervalo de temperaturas investigado.ABSTRACT: Biological invasions occur when a given species reaches a location outside its natural range of distribution, expands and becomes dominant, forming a self‐sustaining population. When a species threatens the biological diversity of the place where it arrived, it is considered an invasive species. The success rate of new introductions depends on many factors, with the increasing number of successful establishement of marine invasive species recorded in the last decades being mainly driven by the increasing commercial maritime transport, and the expansion of marine aquaculture. These activies, together, have contributed to drastically increase the transference of species among different geographical areas. The process of marine invasion as well as its ecological and economical impact is still poorly understood. Yet, the spread of invasive species associated with climate change has been identified as one of the main threats to coastal systems, with impacts that are hard to predict. In this work I undertook to investigate the potential impact of the non‐native Asparagopsis armata in the Azores, investigate the role of some ecological processes that can facilitate or hamper its establishment, as well as predict the effect of ocean warming on its metabolism. To achieve these goals I undertook the following tasks: (1) investigate the long‐term changes in shallow‐water macroalgal communites; (2) investigate the role of marine protected areas in the structure of shallow‐water marine macroalgal assemblages and, specifically, on the distribution of A. armata; (3) investigate the role of native macroherbivores (sea‐urchins and fish) on the structure of shallow‐water marine algal assemblages and specifically the distribution of A. armata; (4) compare the fauna associated with A. armata, A. taxiformis and the native Halopteris scoparia; and (5) investigate the productivity and photosynthetic parameters of Asparagopsis spp. and Falkenbergia sp. at different temperatures. Comparing with historical data (≈20 years) significant changes in the structure of shallow‐water marine algal assemblages were observed. It is noteworthy to highlight the substantial decline observed in the biomass of most algal groups, including that of A. armata. Marine Protected Areas proved to positively influence the diversity of marine macroalgal assemblages but had no discernible effect on the distribution of A. armata. The effect of herbivores on the distribution of A. armata was limited. However, the interpretation of results in this task was hampered, for the most part, by the existence of artefacts associated with the experimental manipulation used to exclude herbivores. The macrofauna associated with the three macroalgal species investigated revealed that the native Halopteris scoparia supports a lower number of animals but similar numbers of species compared to A. armata e A. taxiformis. H. scoparia therefore supports a greater species density compared to the Asparagopsis genus. The productivity as well as the photosynthetic response of the three taxa investigated (A. armata, A. taxiformis e Falkenbergia sp.) was variable among the temperatures tested. Generally, results highlighted the strong ability of A. taxiformis to adapt to the range of temperatures used.Neto, Ana Isabel de Melo AzevedoAzevedo, José Manuel Viegas de Oliveira NetoCacabelos, EvaMartins, Gustavo Oliveira de MenezesRepositório da Universidade dos AçoresPrestes, Afonso Costa Lucas2023-12-19T10:57:33Z2022-06-232022-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/6808TID:101707932porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-23T02:00:40Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/6808Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:55:43.585336Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
title Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
spellingShingle Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
Prestes, Afonso Costa Lucas
Macroalgas
Asparagopsis armata
Asparagopsis taxiformis
Halopteris scoparia
Herbivoria
Native
Alterações Climáticas
Alga Invasora
Ciências Biológicas
title_short Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
title_full Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
title_fullStr Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
title_full_unstemmed Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
title_sort Impacte da alga invasora Asparagopsis armata nas comunidades litorais dos Açores
author Prestes, Afonso Costa Lucas
author_facet Prestes, Afonso Costa Lucas
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Neto, Ana Isabel de Melo Azevedo
Azevedo, José Manuel Viegas de Oliveira Neto
Cacabelos, Eva
Martins, Gustavo Oliveira de Menezes
Repositório da Universidade dos Açores
dc.contributor.author.fl_str_mv Prestes, Afonso Costa Lucas
dc.subject.por.fl_str_mv Macroalgas
Asparagopsis armata
Asparagopsis taxiformis
Halopteris scoparia
Herbivoria
Native
Alterações Climáticas
Alga Invasora
Ciências Biológicas
topic Macroalgas
Asparagopsis armata
Asparagopsis taxiformis
Halopteris scoparia
Herbivoria
Native
Alterações Climáticas
Alga Invasora
Ciências Biológicas
description Tese de Doutoramento, Ciências Biológicas, 23 de junho de 2022, Universidade dos Açores.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-06-23
2022-06-23T00:00:00Z
2023-12-19T10:57:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.3/6808
TID:101707932
url http://hdl.handle.net/10400.3/6808
identifier_str_mv TID:101707932
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136443434532864