Maloclusões em crianças : associação com dados demográficos, socioeconómicos, hábitos orais deletérios e qualidade de vida relacionada a saúde bucal

• Autor(a) principal: Loureiro, Marcelo Araripe
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/42694
• topic: Maloclusão; Pré-escolar; Criança; Associação; Qualidade de vida; Maloclusion; Preschooler; Children; Association; Quality of life; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

Introdução: A maloclusão é o terceiro maior problema na área da Medicina Dentária e acomete crianças cada vez mais precocemente. O manejo do problema requer conhecimento dos fatores relacionados à maloclusão. Objetivos: Este estudo avaliou a prevalência de maloclusão e sua associação com variáveis sociodemográficas, hábitos orais deletérios e qualidade de vida relacionada à saúde bucal em uma população de crianças portuguesas. Materiais e métodos: Foram incluídas crianças de 3 a 12 anos assistidas pelo Projeto “Ser Criança” e seus responsáveis legais. Os dados sociodemográficos, hábitos orais deletérios e qualidade de vida aferida pelos instrumentos ECOHIS-Pt ou P-CPQ-Pt foram obtidos por entrevista com os pais. Os dados clínicos foram obtidos pelo exame das crianças. Estes foram descritos e os grupos comparados pelos testes Qui-quadrado de Pearson e Teste t de igualdade entre as médias com nível de significância de 5% (P < 0,05). Resultados: A amostra de 63 crianças, foi predominantemente do sexo feminino, de 6 a 12 anos e renda familiar superior a um salário mínimo. Chucha e biberão foram os hábitos mais comuns. A prevalência de maloclusão variou de 1,6% a 20,6%, sendo a sobremordida e mordida cruzada posterior unilateral as mais prevalentes. Os escores médios de qualidade de vida pelo ECOHIS-Pt e P-CPQ-Pt foram, respectivamente 14,59(±2,13) e 16,12(±14,86). A maloclusão não foi associada às características demográficas, socioeconômicas e aos hábitos orais deletérios. Houve associação entre maloclusão e algum aspecto da qualidade na vida. Conclusão: A prevalência de maloclusão em crianças variou de 1,6% a 20,6% não foi associada a variáveis demográficas, socioeconômicas e hábitos orais deletérios. Em crianças de 3 a 5 anos, a mordida aberta foi associada qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Entre as crianças de 6 a 12 anos as malcoclusões associadas foram a sobremordida, mordida cruzada anterior e mordida cruzada posterior unilateral.