O laboratório de André Gonçalves e os programas de pintura no barroco quinto-joanino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isidro, Susana Patrícia Correia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/18374
Resumo: A presente tese sob o título O ‘Laboratório’ de André Gonçalves e os programas do Barroco quinto-joanino, visa suprir o ainda insuficiente reconhecimento da historiografia da arte nacional a sujeito da produção artística de um dos mais importantes pintores do Barroco português, André Gonçalves (1685-1762), criador de uma vasta escola com discípulos e epígonos. Com pretensão de se apresentar as quatro telas atribuídas à fase madura da sua carreira (c.1730-1740), que se encontravam na penúria do conhecimento dos historiadores de arte e da comunidade científica em geral. Estuda-se o conceito de “Laboratório” apoiado numa oficina portuguesa do século XVIII e as suas prerrogativas de trabalho e difusão de modelos. As telas representam a Anunciação, a Visitação, São João Evangelista em Patmos e o Sacrifício de Manoá, medem cerca de 200 cm de altura por cerca de 175 cm de largura, são pinturas a óleo e encontram-se actualmente a ladear a capela-mor da igreja da Nossa Senhora da Conceição, no Seixal. Com base na informação dos Boletins da Academia Nacional de Belas Artes, sobre a exclaustração e dispersão de bens dos conventos, desconfia-se que tenham sido “vítimas” da lei de 1834, e que seriam provenientes, como tudo leva a conjecturar, dos acervos de algum dos antigos conventos do concelho de Vila Franca de Xira. Para compreender as condições de aprendizagem e de produção em que o mestre auto intitulado Pintor ingénuo Ulyssiponense laborou, e se estabeleceu como um dos que mais prosperou na actividade no tempo, estudam-se as linhas da evolução pictórica, os estilemas e as linhas da continuidade discipular que prosseguem até ao último quartel de Setecentos, com nomes como José da Costa Negreiros, João dos Santos Ala, Joana do Salitre e Joaquim Manuel da Rocha. Em paralelo, é importante assimilar o impacto do uso recorrente de gravuras europeias de áureos pintores, como os desta oficina, as quais contribuíram como fontes de unidades iconográficas para o pintor André Gonçalves, o qual transporto-as como modelos para traduzir os valores plásticos, bem como divulgar preceitos artísticos em função de satisfazer uma elite setecentista portuguesa conquistada pelas Academias estrangeiras.
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spelling O laboratório de André Gonçalves e os programas de pintura no barroco quinto-joaninoGonçalves, André, 1685-1762Pintura - Portugal - séc.18Arte barroca - PortugalArte - Portugal - séc.18Teses de mestrado - 2015A presente tese sob o título O ‘Laboratório’ de André Gonçalves e os programas do Barroco quinto-joanino, visa suprir o ainda insuficiente reconhecimento da historiografia da arte nacional a sujeito da produção artística de um dos mais importantes pintores do Barroco português, André Gonçalves (1685-1762), criador de uma vasta escola com discípulos e epígonos. Com pretensão de se apresentar as quatro telas atribuídas à fase madura da sua carreira (c.1730-1740), que se encontravam na penúria do conhecimento dos historiadores de arte e da comunidade científica em geral. Estuda-se o conceito de “Laboratório” apoiado numa oficina portuguesa do século XVIII e as suas prerrogativas de trabalho e difusão de modelos. As telas representam a Anunciação, a Visitação, São João Evangelista em Patmos e o Sacrifício de Manoá, medem cerca de 200 cm de altura por cerca de 175 cm de largura, são pinturas a óleo e encontram-se actualmente a ladear a capela-mor da igreja da Nossa Senhora da Conceição, no Seixal. Com base na informação dos Boletins da Academia Nacional de Belas Artes, sobre a exclaustração e dispersão de bens dos conventos, desconfia-se que tenham sido “vítimas” da lei de 1834, e que seriam provenientes, como tudo leva a conjecturar, dos acervos de algum dos antigos conventos do concelho de Vila Franca de Xira. Para compreender as condições de aprendizagem e de produção em que o mestre auto intitulado Pintor ingénuo Ulyssiponense laborou, e se estabeleceu como um dos que mais prosperou na actividade no tempo, estudam-se as linhas da evolução pictórica, os estilemas e as linhas da continuidade discipular que prosseguem até ao último quartel de Setecentos, com nomes como José da Costa Negreiros, João dos Santos Ala, Joana do Salitre e Joaquim Manuel da Rocha. Em paralelo, é importante assimilar o impacto do uso recorrente de gravuras europeias de áureos pintores, como os desta oficina, as quais contribuíram como fontes de unidades iconográficas para o pintor André Gonçalves, o qual transporto-as como modelos para traduzir os valores plásticos, bem como divulgar preceitos artísticos em função de satisfazer uma elite setecentista portuguesa conquistada pelas Academias estrangeiras.Abstract: The follow thesis titled as André Gonçalves’s ‘Laboratory’ and the Programs of Baroque Quinto-Joanino, aims to supply the still weak recognition of national historiography of art, assigned at the artistic pictorial assets by one of the most important painters of Portuguese Baroque, André Gonçalves (1685-1762), the creator of a vast school with disciples and epigonus. With the pretention to present four new canvas dating to the mature fase of this career (c.1730 – 1740) which were found in the penury of knowledge of art historians and the scientific community in general. Was set to study (develop) the concept of “Laboratory” based in a Portuguese eighteenth century workshop and is prerogative of work and diffusion of models. The canvas represents the Annunciation, the Visitation, the Saint John Evangelist at Patmos and The Sacrifice of Manoah, with measures about 200 cm in height and 175 cm in width, these are oil paintings and currently stand alongside the chapel major at Our Lady of the Conceptions Church, in Seixal. Based on the information retrieved from the Bulletins of National Academy of Fine Arts, which refers about exclaustration and dispersion of convents property, leads to suspicions that these paintings have been “victims” from the law of 1834, originally came, how it all leads to conjecture, from the patrimony of a certain ancient convent of the council of Villa Franca de Xira. To comprehend the conditions of learning and the productions in which the master self-titled Pintor Ingénuo, Ulyssiponense, labored and established as one of the most prosperous active painters in his time, studying the guidelines of the pictorial evolution, and the guidelines of the disciple continuity, that extended until the last quarter of the seven hundred, with well-known references like José da Costa Negreiros, João dos Santos Ala, Joana do Salitre and Joaquim Manuel da Rocha. In parallel, its important to assimilate the impact of recurrent use of master European painter’s engravings, like in this workshop, which source contribute as a iconographic unit for the painter André Gonçalves, as well he reassemble them as standard models for their works, as an effort to try to translate the plastic values, and divulge artistic precepts in a way to satisfy a seven hundred portuguese elite conquered by foreign Academies.Serrão, VítorMoncada, Miguel Cabral deRepositório da Universidade de LisboaIsidro, Susana Patrícia Correia2015-07-03T16:00:44Z2015-03-252014-10-312015-03-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/18374TID:201876574porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:04:41Zoai:repositorio.ul.pt:10451/18374Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:37:58.044039Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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