Fatores de prognóstico para a dor persistente e incapacitante em utentes com lombalgia que recorrem aos cuidados de saúde primários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/36065 |
Resumo: | Introdução: A lombalgia é a principal causa de anos vividos com incapacidade, causando mais incapacidade do que qualquer outra condição musculoesquelética. É expectável que o seu impacto funcional continue a aumentar no futuro. Após 6 semanas, a probabilidade de desenvolvimento de lombalgia persistente e incapacitante aumenta para 40% dos utentes. Não existem estudos que descrevam quais as atividades funcionais do Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ) mais comprometidas em cada grupo de risco identificado pelo Keele STarT Back Screening Tool (SBST) nem há conhecimento consistente relativamente aos fatores de prognóstico responsáveis pela cronicidade da condição. Objetivo: Identificar as atividades funcionais mais limitadas, verificar se a intensidade dos sintomas está associada à incapacidade funcional e estudar quais os fatores de prognóstico para a dor persistente e incapacitante, em indivíduos com lombalgia que recorrem aos Cuidados de Saúde Primários (CSP). Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospetivo observacional, com a duração de 6 meses e com uma amostra de 203 indivíduos com lombalgia não específica que recorreram aos CSP. Os instrumentos utilizados foram a Escala Númerica da Dor (END) e as versões portuguesas da SBST e do RMDQ, existindo uma reavaliação aos 2 e 6 meses. Resultados: Uma idade avançada, valores elevados de dor e de incapacidade na avaliação inicial, pontuações elevadas na escala total e na escala psicossocial do SBST, o género feminino e a questão 21 do RMDQ são fatores de mau prognóstico para a lombalgia, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de uma condição persistente no tempo. Conclusões: A identificação precoce da presença de fatores de prognóstico deve ser considerada pelos profissionais de saúde que lidam com utentes com lombalgia não específica, promovendo a sua educação em relação ao seu prognóstico de episódio de lombalgia, adequando o tipo de intervenção para cada utente e prevenindo o surgimento de uma condição persistente e incapacitante. |
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Fatores de prognóstico para a dor persistente e incapacitante em utentes com lombalgia que recorrem aos cuidados de saúde primáriosLombalgia não específicaAtividades limitadasIncapacidade persistenteDor persistenteFatores de prognósticoNonspecific low back painLimited activitiesPersistent disabilityPersistent painPrognostic factorsIntrodução: A lombalgia é a principal causa de anos vividos com incapacidade, causando mais incapacidade do que qualquer outra condição musculoesquelética. É expectável que o seu impacto funcional continue a aumentar no futuro. Após 6 semanas, a probabilidade de desenvolvimento de lombalgia persistente e incapacitante aumenta para 40% dos utentes. Não existem estudos que descrevam quais as atividades funcionais do Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ) mais comprometidas em cada grupo de risco identificado pelo Keele STarT Back Screening Tool (SBST) nem há conhecimento consistente relativamente aos fatores de prognóstico responsáveis pela cronicidade da condição. Objetivo: Identificar as atividades funcionais mais limitadas, verificar se a intensidade dos sintomas está associada à incapacidade funcional e estudar quais os fatores de prognóstico para a dor persistente e incapacitante, em indivíduos com lombalgia que recorrem aos Cuidados de Saúde Primários (CSP). Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospetivo observacional, com a duração de 6 meses e com uma amostra de 203 indivíduos com lombalgia não específica que recorreram aos CSP. Os instrumentos utilizados foram a Escala Númerica da Dor (END) e as versões portuguesas da SBST e do RMDQ, existindo uma reavaliação aos 2 e 6 meses. Resultados: Uma idade avançada, valores elevados de dor e de incapacidade na avaliação inicial, pontuações elevadas na escala total e na escala psicossocial do SBST, o género feminino e a questão 21 do RMDQ são fatores de mau prognóstico para a lombalgia, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de uma condição persistente no tempo. Conclusões: A identificação precoce da presença de fatores de prognóstico deve ser considerada pelos profissionais de saúde que lidam com utentes com lombalgia não específica, promovendo a sua educação em relação ao seu prognóstico de episódio de lombalgia, adequando o tipo de intervenção para cada utente e prevenindo o surgimento de uma condição persistente e incapacitante.Background: Low back pain is the leading cause of years lived with disability, causing more disability than any other musculoskeletal condition. It is expected that its functional impact continues to grow in the future. After 6 weeks, the probability of developing a persistent and disabling low back pain increases for 40% of the patients. There are no studies that describe which functional activities of Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ) are more compromised in each risk group identified by Keele STarT Back Screening Tool (SBST) nor is there consistency about the prognostic factors responsible for the chronicity of the condition. Aim: To identify which functional activities are more limited, to verify if the intensity of symptoms is associated with functional disability and to study the prognostic factors for persistent disability and persistent pain, in patients with low back pain seeking primary healthcare. Methods: A observational, prospective cohort study was conducted within 6 months, with a sample of 203 patients with nonspecific low back pain seeking primary healthcare. Numeric Pain Rating Scale (NPRS) and the portuguese versions of SBST and RMDQ were used, patients were followed up at 2 and 6 months. Results: An older age, high levels of pain and disability at the baseline, elevated scores in total scale and psychosocial scale of SBST, female gender and item 21 of RMDQ are poor prognostic factors for low back pain, increasing the probability of developing a persistent condition in the future. Conclusions: An early identification of the presence of prognostic factors must be considered by health professionals who deal with non-specific low back pain patients, improving their education related to low back pain prognosis, adjusting intervention for each patient and preventing a persistent and disabling condition.Cruz, Eduardo BrazeteRepositório ComumCorreia, Daniela Ferreira Gomes da Silva2021-03-30T16:11:19Z2021-022021-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/36065TID:202663884porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T09:56:05Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/36065Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:11:39.725489Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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