Priorização de ações de restauro de galerias ribeirinhas criando sinergias entre a Diretiva-Quadro da Água e a Diretiva Habitats utilizando métodos de análise espacial multicritério em Portugal continental

• Autor(a) principal: Alvo, Mafalda dos Santos
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/61678
• topic: Corredor ecológico; Galeria ribeirinha; Diretiva Quadro-Água (DQA); Copernicus Riparian Zones 2018; SIG; Geografia; Modelação Espacial; Ordenamento do Território

As galerias ribeirinhas em Portugal, e na Europa, estão sob elevada pressão antrópica e encontram-se fragmentadas e degradadas. Para cumprir as metas de restauro ecológico, definidas no quadro da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030, é crucial aumentar a conectividade ecológica destas áreas. Promovendo a sua ação como corredores ecológicos, bem como a conectividade com áreas classificadas. Para que essas ações possam ser efetuadas, num contexto de recursos limitados, é necessário proceder à priorização de áreas a restaurar. Neste contexto, é proposta uma Análise Multicritério (AMC) com o objetivo de proceder à classificação das galerias ribeirinhas de Portugal continental segundo a sua prioridade de restauro. A metodologia implementada tem em conta várias métricas como: a fragmentação linear no corredor ecológico (galeria ribeirinha); zonas de fragmentação da galeria ribeirinha (uso e ocupação do solo classificado como fragmentação) distância da galeria ribeirinha à área protegida mais próxima (distância pela linha de água à área do Sistema Nacional de Áreas Classificadas mais próxima), assim como uso e ocupação do solo e atributos topográficos. O resultado é um tema espacial onde as galerias ribeirinhas se encontram classificadas de “um” a “cinco”, onde “um” é o valor de maior prioridade de restauro. Os resultados permitem observar que a concentração de áreas afetas ao nível de maior prioridade de restauro localiza-se maioritariamente na bacia hidrográfica do Mondego, e no interior algarvio. Sendo zonas que mais rapidamente ligam um maior número de áreas protegidas e apresentam declives mais acentuados.