Epilepsia - maneio terapêutico em cães e gatos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/16784 |
Resumo: | A epilepsia é uma das patologias neurológicas mais comuns em cães e gatos. É uma doença que afeta o sistema nervoso central e que se caracteriza por convulsões e alterações paroxísticas temporais, normalmente recorrentes. Convulsão é um distúrbio no qual se verifica a contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. Uma convulsão epileptiforme típica é caracterizada pelo pródomo (período que antecede a atividade convulsiva), seguido pela aura (manifestação inicial da atividade convulsiva), ictus ou fase ictal (evento convulsivo, em si) e, finalmente pela fase pós-ictal (ou pós ictus). As crises epileptiformes são primariamente classificadas como auto-limitantes (isoladas), em salva ou cluster (duas ou mais convulsões num período de 24h), contínuas (status epilepticus). Dentro de cada uma destas categorias, as convulsões podem ser divididas em focais (parciais) ou generalizadas. As convulsões focais com generalização secundária são o tipo mais comum em cães, sendo as convulsões parciais complexas, as que mais ocorrem nos gatos. A epilepsia pode ser classificada em três categorias principais, epilepsia idiopática, epilepsia sintomática e epilepsia reativa (não classificada como etiologia para epilepsia, devido a ter como causa doenças metabólicas ou tóxicos, na qual o cérebro volta ao seu estado normal, assim que a causa subjacente é tratada). O diagnóstico da epilepsia deve ser feito através de uma história clínica detalhada, exames clínico e neurológico, análises sanguíneas (bioquímica e hemograma) e imagiologia. A terapêutica para controlar a atividade convulsiva tem como principais objectivos a redução da severidade, duração e frequência da mesma. Existem, atualmente, diversos fármacos para o controlo das convulsões, sendo o mais usado o fenobarbital, mas muitas vezes é necessário conjugar um segundo fármaco, como por exemplo, o brometo de potássio. No entanto, em casos refratários, em que a resposta a estes fármacos não é a ideal, existem fármacos anticonvulsivos, de segunda geração, alternativos, nomeadamente a gabapentina, felbamato, levetiracetam, zonisamida e imepitoina, entre outros. Este trabalho tem como principal finalidade rever as estratégias na decisão da terapia anticonvulsiva, a aplicabilidade da terapia anticonvulsiva atual, assim como referir os principais avanços na terapêutica anticonvulsiva. Convém referir que, os ataques em salva ou clusters e o status epilepticus são emergências médicas e que deverão ser tratados de forma rápida e ágil, de modo a diminuir/prevenir futuras sequelas que poderão advir de uma atividade cerebral anormal frequente ou contínua. |
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As crises epileptiformes são primariamente classificadas como auto-limitantes (isoladas), em salva ou cluster (duas ou mais convulsões num período de 24h), contínuas (status epilepticus). Dentro de cada uma destas categorias, as convulsões podem ser divididas em focais (parciais) ou generalizadas. As convulsões focais com generalização secundária são o tipo mais comum em cães, sendo as convulsões parciais complexas, as que mais ocorrem nos gatos. A epilepsia pode ser classificada em três categorias principais, epilepsia idiopática, epilepsia sintomática e epilepsia reativa (não classificada como etiologia para epilepsia, devido a ter como causa doenças metabólicas ou tóxicos, na qual o cérebro volta ao seu estado normal, assim que a causa subjacente é tratada). O diagnóstico da epilepsia deve ser feito através de uma história clínica detalhada, exames clínico e neurológico, análises sanguíneas (bioquímica e hemograma) e imagiologia. A terapêutica para controlar a atividade convulsiva tem como principais objectivos a redução da severidade, duração e frequência da mesma. Existem, atualmente, diversos fármacos para o controlo das convulsões, sendo o mais usado o fenobarbital, mas muitas vezes é necessário conjugar um segundo fármaco, como por exemplo, o brometo de potássio. No entanto, em casos refratários, em que a resposta a estes fármacos não é a ideal, existem fármacos anticonvulsivos, de segunda geração, alternativos, nomeadamente a gabapentina, felbamato, levetiracetam, zonisamida e imepitoina, entre outros. Este trabalho tem como principal finalidade rever as estratégias na decisão da terapia anticonvulsiva, a aplicabilidade da terapia anticonvulsiva atual, assim como referir os principais avanços na terapêutica anticonvulsiva. Convém referir que, os ataques em salva ou clusters e o status epilepticus são emergências médicas e que deverão ser tratados de forma rápida e ágil, de modo a diminuir/prevenir futuras sequelas que poderão advir de uma atividade cerebral anormal frequente ou contínua.Epilepsy is one of the most common neurological conditions in dogs and cats. It’s a disease that affects the central nervous system and is characterized by seizures and paroxysmal temporal changes, usually recurrent. Convulsion is a disorder characterized by involuntary muscle spasm of the whole body or part of it, caused by excessive increase in electrical activity in certain brain areas. A typical epileptic seizure is characterized by a prodrome (period preceding the seizure activity), followed by aura (initial manifestation of seizure activity), ictus or ictal phase (convulsive event itself), and finally the post-ictal phase or (post-ictus). Epileptiform seizures are primarily classified as self-limiting (isolated), cluster (two or more seizures in a 24 hour period) and continuous (status epilepticus). Within each of these categories, seizures can be divided into focal (partial) or generalized. Focal seizures with secondary generalization are the most common type in dogs, comparing with complex partial seizures, those that occur more in cats. Epilepsy can be classified into three main categories idiopathic epilepsy, symptomatic epilepsy and reactive epilepsy (not classified as an etiology of epilepsy due to be caused by metabolic or toxic diseases, in which the brain returns back to its normal state, by the time the underlying cause is treated). The diagnosis of epilepsy should be done through a detailed medical history, clinical and neurological examination, blood tests (complete blood count and biochemistry) and imaging. Therapy to control seizure activity aims primarily to reduce the severity, duration and frequency. Nowadays there are many drugs for seizure control, the most used is phenobarbital, but often requires the addition of a second drug, being potassium bromide the most used. However, in refractory cases where the response to these drugs is not the ideal, there are other alternative anticonvulsant drugs, particularly gabapentin, felbamate, levetiracetam, zonisamide and imepitoin. This paper aims to review the strategies in the anticonvulsant therapy decision, the applicability of the current anti convulsive therapy and also refer the major advances in anticonvulsant therapy. It should be noted, that clusters and status epilepticus are medical emergencies and should be treated as fast as possible, in order to reduce/prevent future sequel that may result from repeated or continuous abnormal brain activity.Gonzalez, Ana Cristina CastejonRepositório ComumTeixeira, Ana Sofia Martins Blanco2016-12-14T16:23:06Z2014-06-16T00:00:00Z2014-06-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/16784201073072por201073072info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T13:56:45Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/16784Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:11:17.865038Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A epilepsia é uma das patologias neurológicas mais comuns em cães e gatos. É uma doença que afeta o sistema nervoso central e que se caracteriza por convulsões e alterações paroxísticas temporais, normalmente recorrentes. Convulsão é um distúrbio no qual se verifica a contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. Uma convulsão epileptiforme típica é caracterizada pelo pródomo (período que antecede a atividade convulsiva), seguido pela aura (manifestação inicial da atividade convulsiva), ictus ou fase ictal (evento convulsivo, em si) e, finalmente pela fase pós-ictal (ou pós ictus). As crises epileptiformes são primariamente classificadas como auto-limitantes (isoladas), em salva ou cluster (duas ou mais convulsões num período de 24h), contínuas (status epilepticus). Dentro de cada uma destas categorias, as convulsões podem ser divididas em focais (parciais) ou generalizadas. As convulsões focais com generalização secundária são o tipo mais comum em cães, sendo as convulsões parciais complexas, as que mais ocorrem nos gatos. A epilepsia pode ser classificada em três categorias principais, epilepsia idiopática, epilepsia sintomática e epilepsia reativa (não classificada como etiologia para epilepsia, devido a ter como causa doenças metabólicas ou tóxicos, na qual o cérebro volta ao seu estado normal, assim que a causa subjacente é tratada). O diagnóstico da epilepsia deve ser feito através de uma história clínica detalhada, exames clínico e neurológico, análises sanguíneas (bioquímica e hemograma) e imagiologia. A terapêutica para controlar a atividade convulsiva tem como principais objectivos a redução da severidade, duração e frequência da mesma. Existem, atualmente, diversos fármacos para o controlo das convulsões, sendo o mais usado o fenobarbital, mas muitas vezes é necessário conjugar um segundo fármaco, como por exemplo, o brometo de potássio. No entanto, em casos refratários, em que a resposta a estes fármacos não é a ideal, existem fármacos anticonvulsivos, de segunda geração, alternativos, nomeadamente a gabapentina, felbamato, levetiracetam, zonisamida e imepitoina, entre outros. Este trabalho tem como principal finalidade rever as estratégias na decisão da terapia anticonvulsiva, a aplicabilidade da terapia anticonvulsiva atual, assim como referir os principais avanços na terapêutica anticonvulsiva. Convém referir que, os ataques em salva ou clusters e o status epilepticus são emergências médicas e que deverão ser tratados de forma rápida e ágil, de modo a diminuir/prevenir futuras sequelas que poderão advir de uma atividade cerebral anormal frequente ou contínua. |
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